4.01.2009

Super... nem sei


Este país tem coisas que não lembram a ninguém.

No que toca a concursos há-os para todos os gostos, desde ver quem perde mais peso, mudar a aparência de uma pessoa através de operações plásticas e sei lá que mais outras intervenções, trocar de esposas e ver como cada casal se mata durante uma semana, arranjar um(a) namorado(a) para um(a) milionário(a) que, coitadinho(a), tem tanto dinehiro e é tão giro(a) mas não consegue arranjar isso sozinho(a), pôr 25 gajas a disputar um gajo que, de repente, é o homem mais apetecido deste mundo e do outro e que no fim tem que pedir uma em casamento... como disse, há de tudo.

Aposto que há muitos mais mas este, sem dúvida, que foi o que me deixou mais espantadinha nos últimos tempos: America's Psychic Challenge!!

Tchanam!!! Ou sejam, pegam em 16 gatos pingados, cada um com uma panca maior que o outro e todos tendo em comum a capacidade (so they claim) sobrenatural de percepcionar coisas que o comum mortal não consegue. Autodenominam-se de espíritas, mediuns, receptores... já estão a ver a coisa. Depois, sujeitam-nos a provas e vêem qual deles conseguiu melhores resultados.

As provas passam por adivinhar em que carro está um pessoa metida na mala de entre 30 carros, associar 5 noivas com os seus respectivos noivos ou descrever o crime que se passou num determinado local para onde os levam. E depois e' um fartote de riso!

Cada um manda os seus bitates. No que eu me rio mais é quando eles tentam descrever o crime... há pessoal realmente com muita imaginação mas, daí até terem poderes de adivinhação, vai um grande caminho. Claro que há aqueles que de facto dizem bastantes coisas acertadas mas, a maioria... meu deus!!! Aquilo de certeza que é um programa de comédia. Mais de metade do desempenho dos concorrentes é baseado na fantática teroira de "deixa-me lá atirar o barro 'a parede a ver se pega". E o mais giro é que quando erram e ouvem a resposta certa dizem sempre: ah pois, eu estava a receber essa informação mas pensei que fosse interferência de outros espíritos, ou uma coisa qualquer do género.

Tanto é que o melhor ainda está para vir. Nos intervalos, sujeitam o próprio espectador a um teste, para ver se nós também temos poderes psíquicos. E então, por exemplo, mostram uma senhora e três carros e perguntam-nos qual é o carro dela... pelos vistos, quando acertamos, significa que temos poderes. Não é o máximo!?

Já estou mesmo a ver quando este programa chegar a Portugal. E' a Maya e a Simara a mandarem bitates a ver quem acerta mais! Vai ser lindo!

A culpa não foi minha


Quando ha uns fins de semana atrás fomos esquiar e entrámos na loja para alugar skis, a J. saiu disparada atrás dele.

- Olha só, tão giro!!!

O casaco era de facto muito giro. Ela gostou do laranja, eu gostei do azul, mas ambas concordámos que era "muita" giro. Olhámos para a etiqueta, vimos que estava em promoção. Mais um ponto a favor do dito. A coisa estava a tornar-se tentadora mas, assim que o meu diabinho tentou aparecer para dizer "compra! compra!", logo o anjinho apareceu para dizer "não, agora não precisas de uma casaco!".

E fomos embora, e voltámos a namorar o casaco quando devolvemos os skis, mas a coisa ficou por ali.

A semana passada, quando voltei 'aquela montanha, entrámos na mesma loja para alugar o equipamento. Mal entro, lá está o casaco escarrapachado a chamar por mim.
Não resisti a mostrá-lo ao David, que achou também que a peça era muito gira, mas mais uma vez ganhou o anjinho e voltei a pendurar o casaco no cabide.

No dia seguinte, na altura da devolução dos skis, a mesma história: lá estava o casaquinho a olhar para mim, de bracinhos abertos como quem diz: "abraça-me!! leva-me!!"

Exclamei para o ar: oh pah, é mesmo giro!
Ao que o David respondeu: porque é que não experimentas??
Pronto, aí o diabinho ficou muito mais forte que o anjinho e em menos de nada já me estava admirar dentro do casaco azul. Ainda por cima, estava ainda mais barato do que da outra vez.
Fica-te mesmo bem, continuava o David, porque não o levas?
O anjinho ainda esperneou mais um pouco e eu respondi: não, não preciso neste momento.
Mas, perante mais uma insistência do David, lá vim eu com o casaco... finalmente!

Mas, que fique bem claro, a culpa não foi minha: foi do casaco e do David :)

Viva o improviso



Hmmm, tenho ali aquela carne picada.... vou cozinha-la em molho de tomate. Depois cozo um esparguete e está feito o jantar.

Mas, espera lá... está ali aquele pacote de canelones. E se eu fizese isso? Não deve ser assim tão difícil. E' só enfiar a carne lá para dentro e fazer um molho.

Molho, molho... deixa cá ver... posso fazer de tomate com esta sopa de cogumelos concentrada. Deve ficar bem. Para dar mais gosto, posso por coentros... passo tudo pela varinha-mágica e ponho por cima dos canelones.

Canelones cozidos, carne, molho... queijo. E' preciso queijo! Deixa ver o que tenho para aqui... Mozzarela, perfeito.

Queijo para cima de tudo, forno.... plim!

E não é que ficou uma delícia?