6.29.2014

Ser mãe (solteira e sem família por perto) é...

- passar a fazer jogging com um carrinho de bebé e o seu respectivo ocupante
- ter poucas ou nenhumas fotografias com o rebento
- ansiar por aquele momento bem ao fim do dia (depois do trabalho, buscar o rebento ao infantário, compras, jogging, brincar, fazer jantar, dar de comer e banho ao rebento, ler uma história, deitar o rebento, tratar das roupas, da casa, das refeições para o dia seguinte, do meu banho, do meu jantar), em que se espera que seja para ver um filme ou ler um livro para, afinal, ser para adormecer nos primeiros 5 minutos seja de que actividade fôr
- não tomar banho ou ir 'a casa de banho sozinha
- não conseguir dormir só mais um pouquinho aos fins de semana e passar a dormir a sesta, quando o rebento está a dormir, para recuperar um bocadinho
- chegar ao Domingo 'a noite, após 48h seguidas de rebento, feliz por amanhã ser 2a feira e o infantário estar aberto
- questionar se fins de semana prolongados são desejáveis ou não

Ser mãe é...

- ter o joelho sujo, de o pousar no chão para ficar ao nível do nosso rebento
- aquela música que não nos sai da cabeça passar a ser uma música infantil

6.13.2014

Devagar, devagarinho!



Bem que eu estava bem intencionada e cheia de vontade de começar a postar com regularidade, para compensar os quase 2 anos de silêncio mas o certo é que, o tempo escasseia, o cansaço impera e a coisa está mais lenta do que eu desejava.

No entanto, a vontade mantém-se pelo que, quem foi paciente e esperou até aqui, concerteza consegue levar isto a passo de caracol :)

Cocó!


O dia em que percebi que estava na hora de voltar ao blog foi, literalmente, um dia de merda.

A Elis, agora com 21 meses e uma pequena diabinha da Tasmânia, passou a dormir com o berço convertido em cama (ou seja, com um dos lados abertos, para que possa entrar e sair por ela própria) há coisa de mês e meio, lá por meados de Abril.

Nessa noite, depois do banho e contrariamente ao que é normal, foi para a cama de fralda e blusa. Recusou-se veementemente a vestir os calções e, porque estava calor e eu não estava com energia para andar a correr atrás dela ou para a contrariar, acedi ao capricho e lá foi ela para a cama de pernocas ao léu. Se eu soubesse o que dali vinha, bem que teria valido mais a pena fazer o esforço para a vestir naquela altura, do que gastar energia, tempo e paciência no dia seguinte... mas uma pessoa nunca consegue prever o que passa na cabecinha desta criancinha!

Pus o despertador para as 6:00, para que pudesse tomar o meu banho tranquilamente, antes da Elis acordar. Já a secar-me, percebi que a Elis já estava acordada no quarto ao lado, pelo tanto de palrar e tagarelar que dali vinha. Não resisti e, ainda nua, fui até ao quarto vê-la. É sempre tão bom beijar a nossa cria pela manhã, sentir aquele cheiro a sozinho quente e sorrir do olhar estremunhado e sorriso tonto com que nos presenteiam!!

Esta é a perspectiva romântica da coisa. Naquele dia, já estão mesmo a ver que não foi esse o caso. Abri a porta e a Elis já me esperava em pé. Baixei-me para a abraçar. Na penumbra do quarto percebi que algo estava diferente, mas não entendi imediatamente o quê. Mais próxima da Elis, exclamei:
- que tens no cabelo filhota?!

E enquanto terminava de pronunciar estas palavras, senti o cheiro e soube de imediato qual era a resposta 'a minha pergunta.

Cocó!! A Elis tinha cocó no cabelo, no pijama, nas mãos, no cebolinho preferido. Cocó em todo o lado. Dado que o acesso 'a fralda estava logo ali, 'a mão de semear, pese embora não a tenha tirado, entreteve-se a enfiar a mão por onde pode e a sacar o que por lá encontrou. Azar dos azares, estava num dia de produção em alta.

Confesso que, depois de uma banhoca e de estar toda limpinha, já para não falar que o dia estava apenas a começar, isto era tudo o que eu não precisava. Mas, uma pessoa aprende a rir destas coisas, pois os pequenotes são exímios a terem ideias brilhantes como esta. Claro está que aprendi uma lição e, esteja que calor estiver e esteja eu cansada até aos píncaros, nunca mais a Elis dormiu sem calções ou calças.

Quem ganhou com isto tudo? Quem lê o blog.. se é que ainda há alguém :)

6.03.2014

Sacudir o pó e as teias de aranha



Ao fim de quase dois anos, eis que me parece que, finalmente, o Blog poderá voltar 'a vida. Tal como, naturalmente, se esvaiu e andou desaparecido, naturalmente também me reapareceu a vontade de escrever e de contar. Vamos ver por quanto tempo dura :)