11.28.2008

Regueifinha Azul

Ora, a nossa Regueifinha, esperta e inteligente como é, já escolheu o clube do seu coração.

PUUOOORRTOOO!!! :)







11.27.2008

Dia do Peru
































Hoje é o dia do peru e da malta agradecer - o Thanksgiving.
Para mim não é preciso haver um dia especial para agradecer.
Eu todos os dias dou graças pelo "piru" que tenho lá em casa ;)

11.17.2008

Calexico


A noite de ontem terminou ao som dos Calexico, uma banda que já sigo há alguma tempo mas que nunca tinha tido oportunidade de ouvir ao vivo.
Não desiludiram! Com um humor aguçado, divertiram a plateia e deixaram toda a gente a dançar (o que por estas bandas é obra, uma vez que o pessoal não levanta o rabo da cadeira por nada).
Excelente!

PS - Se quiserem saber um pouquinho mais sobre os Calexico, este senhor tem muito bom gosto musical e descreve-os bem.

11.13.2008

Siglas (cont.)


Aqui está a lista de siglas usadas por estas bandas, agora mais actualizada dada a contribuição da Ana Rita, da Sara, da Joana, da Jerusa e da Ana:

- DUI = driving under the influence (conduzir alcoolizado)
- STD = sexual transmitted diseases (doenças sexualmente transmissíveis)
- UTI = urinary tract infection (infecções do tracto urinário)
- XYZ = examine your zipper (fechar a braguilha)
- FYI = for your information (para sua informação)
- AKA = also known as (também conhecido por)
- ASAP = as soon as possible (assim que possível)
- BLT = bacon lettuce tomato (bacon, alface e tomate)
- BTW = by the way (já agora)
- BRB = be right back (venho já)
- 24/7 = twenty-four-seven (24h, 7 dias por semana)
- BFF = best friends forever (melhores amigos/as para sempre)
- OMG = oh my god (oh meu deus)
- DIY = do it yourself (faça você mesmo)
- BO = body odor (odor corporal)
- RSVP = répondez s'il vous plaît (responder por favor) - notem que até o Francês eles metem ao barulho
- BYOB = bring your own booze (traga a sua bebida) - usado para festas
- PDA = public display of affection (demonstração pública de afecto) - usado para casais
- TMI = too much information (informação a mais)
- TBD = to be determined (a ser determinado)
- OJ = orange juice (sumo de laranja)
- ICU = intensive care unit (unidade de cuidados intensivos)
- PD = police department (departamento da polícia)
- TGIF = thank god it's Friday (graças a deus é 6a feira) - esta eu acho linda!! (obrigada Ana)

O Marco também contribuiu com uma sigla que usam lá pela Alemanha, se bem que nesse país até faz sentido, uma vez que as palavras nunca mais têm fim:

- GE = para enunciar a empresa, que deve ter um nome impronunciável
- TLA = three letter acronym (acrónimo de 3 letras)

Pelo menos agora, se vierem para estas bandas, já sabem qual é a tradução para muitas das TLAs que pos aqui polulam sem legendas ;)

11.12.2008

Late in the Evening



Já vos aconteceu, do nada, lembrarem-se de uma música que já não ouvem há séculos e depois ficarem com uma vontade louca de a ouvir? Isso aconteceu-me ontem.
Acho que escrever a tese está a ter os seus efeitos e, inventar as coisas mais bizarras para me distrair e interromper a escrita, tem sido o prato do dia.

Lembrei-me de uma música da minha infância, de um dos vinis dos meus pais e que, gravada em cassete, nos acompanhou em muitas viagens e momentos. Nem sequer tinha a certeza de quem era o cantor. Paul Simon, acho eu... mas só isso não me ia levar muito longe.
E' uma música que me faz mexer, e querer dançar, e sorrir... deixa-me sempre com um certo quê de euforia. E em menos de nada já estava ao telefone a cantar para o meu pai:

- Lembras-te desta música Fatino? - e cantarolei.

Do outro lado, já o meu pai cantarolava, identificando-a de imediato e, de repente, já era um redemoinho de emoções e lembranças.

- Eu tenho esse disco!! - senti o entusiasmo na voz do meu pai - até já estou a ver a capa! Espera aí que eu já vou ver. Já, já, já!

E foi mesmo já. Largou o telefone, passou-o 'a minha irmã e vai de começar logo a procurar. Em barulho de fundo, já o ouvia a ele e 'a minha mãe, na tarefa de encontrar "O" disco e "Aquela" música.

- Que música é que é? - perguntou-me a minha mana.
- E' aquela... ta ta ra ta ta ta...
- Aahhhh!!! Aquela que depois faz tum tum tum tum?!?!
- Sim!!
- Eeehhh, essa música! - exclamou ela.

E começámos a cantar juntas.

- Lembra-me sempre as nossas viagens, da carrinha Mazda!...
- A mim também, a mim também!! - respondia-me ela, sorridente.

Acho que a lembrança daquela música agitou os espíritos da família e ficámos embuídos em recordações boas e doces.

E hoje já tenho a música comigo, e hoje até a ouvi aqui no meu computador enquanto o meu papi a ouvia também na nossa casa em Portugal e, pelo chat, íamos cantando em uníssono. Sorri muito e quase que via o meu pai, do outro lado do oceano e de todos estes quilómetros, a sorrir também. Passado um bocado, o meu pai escrevia-me de novo para me dizer que pôs a música de novo e dançou com a Clara ao colo, a minha regueifinha, e que ela o abraçou e gostou muito. E ficámos ainda mais ligados... tudo por causa desta música e das boas vibrações e energias que nos passa.

O meu contador do iTunes diz-me que já ouvi 29 vezes em menos de 24 horas. Pouco saudável, dirão muitos... eu digo que são precisas estas massagens de Alma, de sentimentos, de conforto e carinho.... e de sentirmos que as distâncias não existem e que o Amor impera e nos une.

E que é tão simples e fácil sentirmos tudo isto. Basta uma música, por exemplo.

C'um caneco!

C'um caneco!

Então, a musiqueta aqui ao lado... agora deu-lhe para não tocar?!
Alguém sabe de um host para mp3 que dê um link para pôr aqui no blog?
Está visto que o que encontrei foi sol de pouca dura!

A gerência agradece.

Siglas


Acho que este é o país que mais siglas usa.
Para tudo e nada há um conjuntinho de letras que abrevia a expressão original e, o mais engraçado, é que é esperado que toda a gente saiba o que querem dizer. Encontram-se em todo o lado: no discruso coloquial, nas notícas da TV, nos restaurantes, no diálogo com médico....
Vejam lá se conhecem as que por aqui enuncio:

- DUI = driving under the influence (conduzir alcoolizado)
- STD = sexual transmitted diseases (doenças sexualmente transmissíveis)
- UTI = urinary tract infection (infecções do tracto urinário)
- XYZ = examine your zipper (fechar a braguilha)
- FYI = for your information (para sua informação)
- AKA = also known as (também conhecido por)
- ASAP = as soon as possible (assim que possível)
- BLT = bacon lettuce tomato (bacon, alface e tomate)
- BTW = by the way (já agora)
- BRB = be right back (venho já)
- 24/7 = twenty-four-seven (24h, 7 dias por semana)
- BFF = best friends forever (melhores amigos/as para sempre)
- OMG = oh my god (oh meu deus)

Só me lembro destas. Se souberem mais alguma, avisem... não custa andar informada :)

11.09.2008

Falta de Imaginação


Deve haver mesmo muita falta de imaginação. A maioria das pessoas que chega a este blog fá-lo após a busca de "jogos gay" ou "jogos para gays".

11.07.2008

Bom fim de semana

Ironia


Ironicamente, o melhor discurso de McCain foi o último que deu.

de Campos-Baptista


Se fizerem uma busca na PubMed por "Campos-Baptista", o meu artigo já está disponível online.
Done!!

Conforto



Cama feita de lavado, com lençóis de flanela.

11.06.2008

YES WE CAN!


Acreditamos. Podemos.
Agora, mãos ao trabalho!

Essência

Image Hosted by ImageShack.us
Sabendo que ia passar pela rua da casa deles, ligou-lhe para pedir um docinho:

- Quando eu passar por aí 'cê pode me dar um chocolate?
- Claro! Até já.

Passado nem 1 minuto, ele já lá estava e ela já o esperava.
Subiu as escadas do camião, empuleirou-se na porta e entregou-lhe o chocolate... e também um beijo.
- Hmmm, que cheiro gostoso... 'cê cheira a casa, conforto!

11.05.2008

Barack Obama: Presidente do EUA

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(foto NY Times)
Há 4 anos, quando o Bush foi reeleito, aqui e ali viam-se algumas pessoas na rua. Muitas choravam, noutras lia-se o desalento no rosto. E neste "silêncio", Nova Iorque mergulhava em tristeza.

Ontem foi bem diferente.
Houve lágrimas, mas de muita felicidade e, acima de tudo, de esperança renascida.
Nas ruas de Cambridge, muitos vieram para as ruas e... foi lindo! Foi único!

Após assistirmos ao discurso esmagador de Obama, saímos para a rua e pedalámos para Harvard Square. Pelo caminho, as campainhas das nossas bicicletas já se juntavam 'as buzinas dos carros e 'as celebrações das pessoas. Chegados lá, festejava-se. Até os polícias se juntavam 'a multidão!


(foto de Zach Bouzan)

E as pessoas riam-se umas para as outras, abraçavam-se sem se conhecerem. Cantou-se o hino dos EUA, em uníssono e com um brilho nos olhos, e pela primeira vez tocou-me. Aquele momento dizia-me respeito. A mim e a todos, nos EUA, no mundo.

A felicidade de presencear e viver momentos tão únicos na história foi indescritível.
E foi muito emocionante, muito, muito!

Discurso de Obama


Ainda hoje, ao reler, fico emocionada!
in PUBLICO

"Boa noite, Chicago. Se ainda houver alguém que duvida que a América é o lugar onde todas as coisas são possíveis, que questiona se o sonho dos nossos fundadores ainda está vivo, que ainda duvida do poder da nossa democracia, teve esta noite a sua resposta.

É a resposta dada pelas filas de voto que se estendiam em torno de escolas e igrejas em números que esta nação jamais vira, por pessoas que esperaram três e quatro horas, muitas pela primeira vez na sua vida, porque acreditavam que desta vez tinha de ser diferente, que as suas vozes poderiam fazer essa diferença.

É a resposta dada por jovens e velhos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, asiáticos, nativos americanos, homossexuais, heterossexuais, pessoas com deficiências e pessoas saudáveis. Americanos que enviaram uma mensagem ao mundo, a de que nunca fomos apenas um conjunto de indivíduos ou um conjunto de Estados vermelhos e azuis.

Somos e sempre seremos os Estados Unidos da América.

É a resposta que levou aqueles, a quem foi dito durante tanto tempo e por tantos para serem cínicos, temerosos e hesitantes quanto àquilo que podemos alcançar, a porem as suas mãos no arco da História e a dobrá-lo uma vez mais em direcção à esperança num novo dia.

Há muito que isto se anunciava mas esta noite, devido àquilo que fizemos neste dia, nesta eleição, neste momento definidor, a mudança chegou à América.

Há pouco recebi um telefonema extraordinariamente amável do Senador McCain.

O Senador McCain lutou longa e arduamente nesta campanha. E lutou ainda mais longa e arduamente pelo país que ama. Fez sacrifícios pela América que muitos de nós não conseguimos sequer imaginar. Estamos hoje melhor devido aos serviços prestados por este líder corajoso e altruísta.

Felicito-o e felicito a governadora Palin por tudo aquilo que alcançaram. Espero vir a trabalhar com eles para renovar a promessa desta nação nos próximos meses.

Quero agradecer ao meu parceiro neste percurso, um homem que fez campanha com o seu coração e falou pelos homens e mulheres que cresceram com ele nas ruas de Scranton e viajaram com ele no comboio para Delaware, o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.

E eu não estaria aqui hoje sem o inabalável apoio da minha melhor amiga dos últimos 16 anos, a pedra angular da nossa família, o amor da minha vida, a próxima Primeira Dama do país, Michelle Obama.

Sasha e Malia, amo-vos mais do que poderão imaginar. E merecem o novo cachorro que virá connosco para a nova Casa Branca.

E embora ela já não esteja entre nós, sei que a minha avó está a observar-me, juntamente com a família que fez de mim aquilo que sou. Tenho saudades deles esta noite. Reconheço que a minha dívida para com eles não tem limites.

Para a minha irmã Maya, a minha irmã Alma, todos os meus outros irmãos e irmãs, desejo agradecer-vos todo o apoio que me deram. Estou-vos muito grato.

E ao meu director de campanha, David Plouffe, o discreto herói desta campanha, que, na minha opinião, concebeu a melhor campanha política da história dos Estados Unidos da América.

E ao meu director de estratégia, David Axelrod, que me tem acompanhado em todas as fases do meu percurso.

Para a melhor equipa alguma vez reunida na história da política: tornaram isto possível e estou-vos eternamente gratos por aquilo que sacrificaram para o conseguir.



Mas acima de tudo nunca esquecerei a quem pertence verdadeiramente esta vitória. Ela pertence-vos a vós. Pertence-vos a vós.

Nunca fui o candidato mais provável para este cargo. Não começámos com muito dinheiro nem muitos apoios. A nossa campanha não foi delineada nos salões de Washington. Começou nos pátios de Des Moines, em salas de estar de Concord e nos alpendres de Charleston. Foi construída por homens e mulheres trabalhadores que, das suas magras economias, retiraram 5 e 10 e 20 dólares para a causa.

Foi sendo fortalecida pelos jovens que rejeitavam o mito da apatia da sua geração e deixaram as suas casas e famílias em troca de empregos que ofereciam pouco dinheiro e ainda menos sono.

Foi sendo fortalecida por pessoas menos jovens, que enfrentaram um frio terrível e um calor sufocante para irem bater às portas de perfeitos estranhos, e pelos milhões de americanos que se ofereceram como voluntários, se organizaram e provaram que mais de dois séculos depois, um governo do povo, pelo povo e para o povo não desaparecera da Terra.

Esta vitória é vossa.

E sei que não fizeram isto apenas para vencer uma eleição. E sei que não o fizeram por mim.

Fizeram-no porque compreendem a enormidade da tarefa que nos espera. Porque enquanto estamos aqui a comemorar, sabemos que os desafios que o amanhã trará são os maiores da nossa vida – duas guerras, uma planeta ameaçado, a pior crise financeira desde há um século.

Enquanto estamos aqui esta noite, sabemos que há americanos corajosos a acordarem nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para arriscarem as suas vidas por nós.

Há mães e pais que se mantêm acordados depois de os seus filhos adormecerem a interrogarem-se sobre como irão amortizar a hipoteca, pagar as contas do médico ou poupar o suficiente para pagar os estudos universitários dos filhos.

Há novas energias para aproveitar, novos empregos para serem criados, novas escolas para construir, ameaças para enfrentar e alianças para reparar.

O caminho à nossa frente vai ser longo. A subida vai ser íngreme. Podemos não chegar lá num ano ou mesmo numa legislatura. Mas América, nunca estive tão esperançoso como nesta noite em como chegaremos lá.

Prometo-vos. Nós, enquanto povo, chegaremos lá.

Haverá reveses e falsas partidas. Há muitos que não concordarão com todas as decisões ou políticas que eu tomar como presidente. E sabemos que o governo não consegue solucionar todos os problemas.

Mas serei sempre honesto para convosco sobre os desafios que enfrentarmos. Ouvir-vos-ei, especialmente quando discordarmos. E, acima de tudo, pedir-vos-ei que adiram à tarefa de refazer esta nação da única forma como tem sido feita na América desde há 221 anos – pedaço a pedaço, tijolo a tijolo, e com mãos calejadas.

Aquilo que começou há 21 meses no rigor do Inverno não pode acabar nesta noite de Outono.

Somente a vitória não constitui a mudança que pretendemos. É apenas a nossa oportunidade de efectuar essa mudança. E isso não poderá acontecer se voltarmos à forma como as coisas estavam.

Não poderá acontecer sem vós, sem um novo espírito de empenho, um novo espírito de sacrifício.

Convoquemos então um novo espírito de patriotismo, de responsabilidade, em que cada um de nós resolve deitar as mãos à obra e trabalhar mais esforçadamente, cuidando não só de nós mas de todos.

Recordemos que, se esta crise financeira nos ensinou alguma coisa, é que não podemos ter uma Wall Street florescente quando as Main Street sofrem.

Neste país, erguemo-nos ou caímos como uma nação, como um povo. Resistamos à tentação de retomar o partidarismo, a mesquinhez e a imaturidade que há tanto tempo envenenam a nossa política.

Recordemos que foi um homem deste Estado que, pela primeira vez, transportou o estandarte do Partido Republicano até à Casa Branca, um partido fundado em valores de independência, liberdade individual e unidade nacional.

São valores que todos nós partilhamos. E embora o Partido Democrata tenha alcançado uma grande vitória esta noite, fazemo-lo com humildade e determinação para sarar as divergências que têm atrasado o nosso progresso.

Como Lincoln disse a uma nação muito mais dividida do que a nossa, nós não somos inimigos mas amigos. Embora as relações possam estar tensas, não devem quebrar os nossos laços afectivos.

E àqueles americanos cujo apoio ainda terei de merecer, posso não ter conquistado o vosso voto esta noite, mas ouço as vossas vozes. Preciso da vossa ajuda. E serei igualmente o vosso Presidente.

E a todos os que nos observam esta noite para lá das nossas costas, em parlamentos e palácios, àqueles que estão reunidos em torno de rádios em cantos esquecidos do mundo, as nossas histórias são únicas mas o nosso destino é comum, e uma nova era de liderança americana está prestes a começar.

Aos que querem destruir o mundo: derrotar-vos-emos. Aos que procuram a paz e a segurança: apoiar-vos-emos. E a todos aqueles que se interrogavam sobre se o farol da América ainda brilha com a mesma intensidade: esta noite provámos novamente que a verdadeira força da nossa nação não provém do poder das nossas armas ou da escala da nossa riqueza, mas da força duradoura dos nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e uma esperança inabalável.

É este o verdadeiro génio da América: que a América pode mudar. A nossa união pode ser aperfeiçoada. O que já alcançámos dá-nos esperança para aquilo que podemos e devemos alcançar amanhã.

Esta eleição contou com muitas estreias e histórias de que se irá falar durante várias gerações. Mas aquela em que estou a pensar esta noite é sobre uma mulher que depositou o seu voto em Atlanta. Ela é muito parecida com os milhões de pessoas que aguardaram a sua vez para fazer ouvir a sua voz nestas eleições à excepção de uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos.

Ela nasceu apenas uma geração depois da escravatura, numa época em que não havia automóveis nas estradas nem aviões no céu; em que uma pessoa como ela não podia votar por duas razões – porque era mulher e por causa da cor da sua pele.

E esta noite penso em tudo o que ela viu ao longo do seu século de vida na América – a angústia e a esperança; a luta e o progresso; as alturas em que nos foi dito que não podíamos e as pessoas que não desistiram do credo americano: Sim, podemos.

Numa época em que as vozes das mulheres eram silenciadas e as suas esperanças destruídas, ela viveu o suficiente para se erguer, falar e votar. Sim, podemos.

Quando havia desespero e depressão em todo o país, ela viu uma nação vencer o seu próprio medo com um New Deal, novos empregos, e um novo sentimento de um objectivo em comum. Sim, podemos.

Quando as bombas caíam no nosso porto e a tirania ameaçava o mundo, ela esteve ali para testemunhar uma geração que alcançou a grandeza e salvou uma democracia. Sim, podemos.

Ela viu os autocarros em Montgomery, as mangueiras em Birmingham, uma ponte em Selma, e um pregador de Atlanta que dizia às pessoas que elas conseguiriam triunfar. Sim, podemos.

Um homem pisou a Lua, um muro caiu em Berlim, um mundo ficou ligado pela nossa ciência e imaginação.

E este ano, nestas eleições, ela tocou com o seu dedo num ecrã e votou, porque ao fim de 106 anos na América, tendo atravessado as horas mais felizes e as horas mais sombrias, ela sabe como a América pode mudar.

Sim, podemos.

América, percorremos um longo caminho. Vimos tanto. Mas ainda há muito mais para fazer. Por isso, esta noite, perguntemos a nós próprios – se os nossos filhos viverem até ao próximo século, se as minhas filhas tiverem a sorte de viver tantos anos como Ann Nixon Cooper, que mudança é que verão? Que progressos teremos nós feito?

Esta é a nossa oportunidade de responder a essa chamada. Este é o nosso momento.

Este é o nosso tempo para pôr o nosso povo de novo a trabalhar e abrir portas de oportunidade para as nossas crianças; para restaurar a prosperidade e promover a causa da paz; para recuperar o sonho americano e reafirmar aquela verdade fundamental de que somos um só feito de muitos e que, enquanto respirarmos, temos esperança. E quando nos confrontarmos com cinismo e dúvidas e com aqueles que nos dizem que não podemos, responderemos com o credo intemporal que condensa o espírito de um povo: Sim, podemos.

Muito obrigado. Deus vos abençoe. E Deus abençoe os Estados Unidos da América"

11.04.2008

11.03.2008

Conforto


Um par de palmilhas novas.

Já agora...






Se não foram a tempo de comprar o PUBLICO no Sábado, podem sempre ler sobre o meu trabalho amanhã, no Diário de Notícias :)

(PS - Não se preocuem que este ataque de narcisismo já está a acabar)

11.01.2008

Artigo

Se comprarem o PUBLICO de hoje, lerão o seguinte:
(sabem que é a Inês Baptista, certo? ;))

" Investigadores revelam genes determinantes na formação do coração saudável
01.11.2008, Andrea Cunha Freitas

O estudo feito em peixes-zebra, pode ajudar na prevenção de defeitos congénitos do coração
A família de genes que foi alvo de todas as atenções dos investigadores chama-se Nodal. Inês Campos-Baptista, investigadora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e associada ao Instituto Gulbenkian de Ciências, e Alexander Schier, da Universidade de Harvard (EUA), mostraram como estes genes asseguram que o coração tenha a assimetria correcta, necessária ao seu bom funcionamento. O estudo, cujos resultados serão publicados na edição de Dezembro da publicação norte-americana Development Dynamics, pode ajudar na prevenção de doenças congénitas do coração humano, com recurso a terapia genética.
Inês Campos-Baptista e Alexander Schier focaram-se no coração de peixes-zebra, pequenos animais vertebrados frequentemente usados como modelo em investigações. A cientista explicou ao PÚBLICO que o estudo de embriões destes peixes mostrou como os genes Nodal (já associados ao estabelecimento da assimetria humana) "dão intruções às células sobre a velocidade a que estas se devem mover e em que direcção devem ir". "Estes genes são expressos no embrião só no lado esquerdo e fazem com que o coração vá para o lado esquerdo", acrescenta. Ainda que possam existir outros genes envolvidos na formação de um coração assimétrico (quando os genes Nodal não estão presentes forma-se um coração viável mas com malformações), esta família de genes desempenhará um papel crucial no desenvolvimento de um coração saudável.
A terapia génica neste nível está longe de ser algo rotineiro, porém, Inês Campos-Baptista admite que, no futuro, seja possível, por exemplo, fazer um despiste a uma mulher grávida que permita detectar a mutação do gene Nodal no embrião e, desta forma, agir preventivamente evitando futuros problemas congénitos (defeitos no septo, transposição das grandes artérias, refluxo venenoso anómalo, entre outros riscos). "A longo prazo, saber o que os genes estão a dizer às células vai ser útil para se saber a que nível actuar geneticamente por forma a impedir deformações congénitas", precisa a bióloga."