8.30.2009

B.B.King

Na passada 6a feira, quase ia matando o maridão do coração.
Sem qualquer aviso prévio, preparei-lhe uma surpresa: levá-lo ao concerto do B.B. King, que ele adora e venera desmesuradamente.

O Rei dos Blues tocou em New Hampshire, a 1 hora daqui. Durante o caminho todo, o David ia me pulgas... recesoso até do que poderia vir desta surpresa tão misteriosa. Volta e meia dizia-me: eu não quero fazer nada radical, nada de saltos de aviões, montanhas russas ou parques aquáticos!!

Eu, sorria malandra e só respondia: eu não digo nem que sim, nem que não. Espera e vais ver! Vais cair para o lado. E o David ficava cada vez mais ansioso, hehehe.

Chegados a Hampton Beach, pedi ao David que me esperasse, enquanto fui 'a bilheteria levantar os bilhetes. Finalmente, revelei-lhe ao que íamos:

- Pega! - e estendi-lhe o bilhete.

O David aceitou, começou a ler até que bateu com os olhos no nome: B.B. King!!!
Arregalou os olhos! Susteve a respiração! Olhava para mim, olhava para o bilhete, incrédulo:

- Amor!!!!! B.B.KING?!?!?!? E' SERIO?!?!?!?! NAO PODE SER!!!!

Ficou tão emocionado que nem se conseguia expressar, como se estivesse em choque!
Foi lindo! De facto, o David caiu para o lado e foi, segundo ele, a melhor surpresa que alguma vez recebeu na vida.







Embora com já 83 anos e com dificuldade em andar, uma vez sentado na sua cadeira em posse da sua Lucille (guitarra), o B.B. King é 100% o artista que sempre foi. Para além de cantar e tocar maravilhosamente, ainda dança.

A banda dele é excelente e ele... é um espectáculo!! Dono de um sentido de humor aguçado (vejam o vídeo abaixo, onde ele canta sobre aquela mulher que o deixou e em como ele chora, enquanto lê a carta que lhe revela a triste notícia), fez-nos rir, fez-nos dançar e encheu-nos de toda aquela sensualidade e sexualidade que só os Blues têm. Cantou-nos e contou-nos os blues, histórias dele e de toda a gente, exaltou a mulher... "the ladies" como tantas vezes se dirigiu a nós. Invejou os "young men" naquela sala... não pela sua idade, mas por estarem acompanhados de "beautiful ladies". Mal disse o rap... porque tratam muito mal "the ladies". Confessou que nunca tinha conhecido "an uggly lady because laddies are always beautiful". Foi extraordinário!!

From B.B.King


E o público, estava ao rubro, em completo extase, rendido ao Rei dos Blues. Afinal, não é todos os dias que se está na presença de uma lenda viva.
Vejam só como se despediram dele, quando, já na sua cadeirinha de rodas, o B.B. King ia para o autocarro.

From B.B.King

8.24.2009

Primeira viagem da Mila

Há uns fins de semana atrás a minha nova bicicleta, Mila, estreou-se numa volta maior.

Foram, no total, cerca de 90km e fomos até 'a praia de Manchester by the Sea. Portou-se muito bem e esteve 'a altura do evento (só o meu amigo Maurício é que não esteve, chegando atrasado quase 1 hora... daí a minha cara de "ggrrrrr" na foto :))... mas pronto, como é bom mocinho, eu perdoo-o!







Há umas semanas atrás...

Fomos ouvir Leny Andrade, acompanhada de César Camargo Mariano e Romero Lubambo.
Muito bom!

8.15.2009

West Coast - Los Angeles (parte II)

Após termos estado em Redondo Beach, seguimos para o Griffith Observatory, de onde tivemos uma vista previlegiada sobre a cidade e das famosas letras de Hollywood.

No largo principal existe um monumento a homenagear grande cientistas como Newton, Galileo, etc... e, no chão, podemos encontrar um modelo, 'a escala, do sistema solar. Passando os portões (com indicações algo contraditórias, diga-se - ver fotos) deparamo-nos com um pêndulo de Foucault, 'a volta do qual os visitantes podem ouvir uma explicação detalhada sobre como este aparato demonstra a rotação da terra. Para quem não estivesse convencido, estavam lá uns pinoquecos que, gradualmente, iam sendo deitados abaixo pelo pêndulo, 'a medida que este se ia deslocando.

Dentro do edifício, existem várias exposições, todas bastante interessantes. De igual forma, o programa apresentado pelo planetário foi, até 'a data, o melhor que já vi e recomendo vivamente. Visualmente está extraordinário, provocando-nos até a sensação de vertigem ao longo da projecção. De igual forma, o que nos é explicado é feito de forma correcta, completa mas, ao mesmo tempo, bastante acessível para um leigo na matéria (como é o meu caso). Muito, muito bom! Se estiverem no obsrvatório, não percam a oportunidade!

Cá fora, existem vários áreas por onde se pode passear, ver a cidade de LA e até dar uma espreitadela a um dos telescópios.

O conjunto de edifícios que constituem o observatório são bastante bonitos e, não estivessemos nós em LA, servem também de cenário para modelos/actores exercerem as suas profissões. Não vimos nenhum filme a ser feito por lá mas, ao assistirmos ao programa do planetário, tivemos o prazer de ouvirmos todo o programa não por uma gravação mas sim pela voz de um actor (uma excelente voz, diga-se) que, tal como quando vemos as apresentações nos filmes no cinema, trouxe bastante emoção e intensidade ao que dizia. Aliás, a frase "we are going home" nunca mais será a mesma para mim, depois de a ter ouvido dita por aquela voz e com tamanho sentimento, referindo-se obviamente ao facto de todos sermos feitos de estrelas... mas já estão a ver que a frase dá para muitas variações, hehehe.

Saídos do obervatório (digo saídos porque, por esta altura, eramos 3 miúdas - Edina, Diana e eu - e o Cameron, couch-surfer da Inglaterra, que se juntou a nós) levámos a cabo o empreendimento do dia: chegar até 'as letras de Hoolywood.
Foi divertido, pois não fazíamos ideia de como lá chegar mas, ao vermos montes de sinais a dizer "This road is not a way to the Hollywood Sign" (esta estrada/rua não dá acesso 'as letras) optámos pela regra de ouro que foi: ir sempre por essas ruas!

Pelo caminho encontrámos quem nos desse instruções, referindo até que iriamos passar pela casa desta ou daquela pessoa famosa. Não vimos nenhuma celebridade, mas percebemos claramente que o pessoal nestas redondezas está completamente traumatizado com os papparazzi. Vejam só a cena: a determinada altura, quando íamos por entre as colinas de Hollywood, decidimos trocar de motorista. Assim, o Cameron parou junto 'a berma e saiu do carro, para passar para trás e dar o lugar 'a Edina. Isto foi coisa que demorou menos de 30 segundos mas, foi tempo suficiente para que um velhote viesse imediatamente cá para fora, barafustar connosco:
- Saiam já do meu driveway!!!
- Calma, estamos só a trocar de motorista!!
- Vocês são papparazzis, não são? - dizia o velhote, com um ar algo tresloucado. A mulher dele até pediu desculpas por ele, mas já deu para ver que não deve ser nada agradável viver assim todos os dias, com pessoas sempre 'a procura daquela foto que lhe trará muito dinheiro.

Bem, continuando, conseguímos chegar bem perto das letras. Não fomos mesmo até lá, mas já estávamos perto o suficiente para podermos tirar fotos e dizer que sim, estivemos lá :)

Aproveitámos também para ver um belo pôr do sol!



















































8.11.2009

West Coast - Los Angeles (parte I)

Nos próximos posts vou pôr pequenos relatos do que foram os dias na viagem que fiz recentemente 'a West Costas. Uma vez que se passou tanta coisa, perdia os meus leitores todos se aqui pusesse um testamento que contivesse tudo :)

Assim, vamos começar!

A primeira paragem na viagem 'a West Coast foi LA, cidade que já conhecia um pouco mas que não me importei de rever. Deste vez fui viajar com a Diana, amiga dos tempos da faculdade, e com quem tive a felicidade de experimentar algo que revolucionou a minha vida: o couchsurfing.

Nunca tinha ouvido falar de tal coisa até a Diana ter usufruido desta "mafia" na China e, desde então, não imaginar outra maneira de viajar que não seja como couch-surfer. Eu passo a explicar.

Existe na net uma comunidade, a comunidade do couchsurfing, que consiste num conjunto de pessoas que, alegremente, põem um qualquer sofá (leia-se, um local para dormir) na sua casa 'a disposição de um qualquer visitante (leia-se, qualquer pessoa inscrita na comunidade). Ah, e claro está, de graça! Quando inscrita na página, uma pessoa preenche o seu perfil e recebe comentários e "classificação" dos couch-surfers com quem já interagiu. Da mesma forma, aqueles que disponibilizam o sofá, conhecidos por hosts, também são "avaliados" por quem lá fica. O esquema funciona maravilhosamente e, porque a Diana está inscrita, ficámos as 2 sempre em casa de alguém, sem pagar nada, em LA, em Las Vegas e no Grand Canyon.

Para além da óbvia vantagem que é não ter que pagar hospedagem, há também o grande previlégio que é conhecer pessoas que moram nos sítios que visitamos, que conhecem muito melhor os pequenos quês dos locais do que os guias e que, de uma maneira geral, estão sempre super disponíveis para te ajudar e também eles curiosos por saber mais sobre ti, o teu país e a tua cultura. Com muito pouco esforço ganha-se também das melhores coisas, que são amigos.

Adorei a experiência e recomendo vivamente!

Ora, a nossa primeira host foi a Edina, uma moça fantástica, super simpática e prestável. Para quem conhece LA, sabe que aquilo é só asfalto e que tem que se ir de carro para quase todo o lado. A mínima deslocação demora longos minutos, se não horas. Pois, mesmo assim, a Edina foi-nos buscar ao aeroporto, não uma mas duas vezes, em noites consecutivas, porque o meu vôo foi cancelado e transferido para o dia seguinte. Note-se que o que estou a dizer é que ela teve que gastar, no mínimo, 2 horas em cada viagem. Não é espantoso encontrar-se pessoas assim???

A casa dela era fenomenal e ficámos muito bem instaladas, cada uma no seu sofá, sofás estes tão largos que quase pareciam camas. A Edina fez o favor de passear connosco todos os dias que estivemos com ela e de nos levar aqui e ali. Muito e muito obrigada, Edina!

O primeiro passeio foi até Redondo Beach. O tempo estava óptimo onde a Edina mora mas, após uma hora no carro, virou completamente e, quando lá chegámos, fechou e ficou frescote. Estava bom o suficiente para fazermos um belo pic-nic na praia, que nos soube pela vida.

Depois passeámos pelo pontão, onde se encontram vários pescadores e transeuntes.

Achei piada a um casal que, romanticamente, se passeava nas suas cadeiras motorizadas... tempos modernos!

Havia por lá também um pelicano que, aqui e ali, tentava a sua sorte e via se conseguia algum peixe dos pescadores. Habituado aos humanos, ficava ali ao pé de nós, impávido e sereno.

Também havia algumas sinaléticas interessantes sobre o que se pode pescar e consumir ou não. Mas, depois de ver uma fábrica logo ali, do outro lado da praia, eu não me arriscava era a comer nada!

Seguem aqui as fotos deste dia: