10.31.2011

A criatura



Eu jurei para mim mesma que não ia desenvolver sobre a criatura referida neste post.
Contudo, a burrice é tanta e tão inimaginável, que não resisto a partilhar algumas pérolas. O desespero já virou riso, então, eis 2 momentos que me deixaram a gargalhar:

1) passei por um bancada onde um alarme avisava que o tempo marcado já se tinha esgotado.

Pi-pi! Pi-pi! Pi-Pi! - estridente.

O que qualquer pessoa normal fazia era desligar o aparelhómetro, por forma a parar com aquele barulho infernal imediatamente. Caso contrário, a coisa toca por um minuto inteiro, que mais parece uma eternidade.
Pois a criatura estava junto ao aparelho, a olhar para ele, de braços cruzados.

Pi-pi! Pi-pi! Pi-Pi! - estridente.

Pelo sim pelo não, arrisquei dizer o óbvio:
- O teu alarme está a tocar.
- Eu sei, estou só 'a espera que pare.
- Eeerrr... mas podes pará-lo quando quiseres. Basta carregares em qualquer botão!
- Ah, sim?! Pensei que tinha que tocar até ao fim.

Juro que eu acho que a criatura não sabe que aquilo só serve para a avisar que já passou determinado tempo e que não acontece nenhuma catástrofe se aquilo fôr parado antes de estar aos berros por 1 minuto.

2) Aqui nos EUA quase não há número de telefone nenhum para onde se telefone em que não apareça uma maquineta a falar connosco, a dizer "pressione 1" ou "pressione 2" consoante o que pretendemos. Ou então, a pedir que digamos "Sim", "Não" ou qualquer outra coisa, para nos direccionar para o departamento indicado (que, qual Murphy's law, é sempre o errado).

Por natureza, as maquinetas não percebem bem o que a malta diz, pelo que temos que falar devagar e espaçadamente. 'As vezes é desesperante mas, como é com uma máquina que estamos a falar, há que repetir o processo até que a coisa se decida a avançar.

Hoje de manhã a criatura começou a falar com uma dessas máquinas. A determinada altura, já respondia enfastiada "Já disse que sim!!". Óbvio que a máquina a mandava repetir, uma vez que só aceita "sim" ou "não"... e pronto, ficou nisto parte da manhã. A discutir com uma máquina.

Se eu quisesse inventar estas histórias, não conseguia.
Só comigo....

10.20.2011

Amor 'a Camisola

A New York Choral Society ensaia todas as 3as feiras, das 19h 'as 22h.
Sem falta, tenho comparecido a todos os ensaios e saído de lá toda satisfeita, a cantarolar por tudo quanto é lado e enquanto pedalo para casa.

Porque se aproximam concertos importantes, tal como o do Carnegie Hall, em Dezembro, mas também a Richard Tucker Music Foundation Gala, em que vamos cantar com solista todos mariquitas e de renome internacional (tão mariquitas que são prima donnas que se dão ao desplante de anunciar o que vão querer cantar somente uns dias antes do evento e nós que nos desenrasquemos), este Sábado há novo ensaio, desta vez de 6 horas. E, mesmo sendo fim de semana, em Nova Iorque, com sol e montes de eventos aqui e ali, lá vou estar eu, toda empenhada.

Para além disso, já comprei a indumentária para os concertos, já escuto diariamente no meu iPod as gravações de cada peça e, volta e meia, lá consigo mandar uns berritos também em casa, quando consigo ensaiar.

A isto é o que eu chamo amor 'a camisola (sempre do FCP, carago!) :)

Desabafos



O meu último emprego, que eu julguei que ia ser um paraíso, rapidamente se revelou um inferno. Livrei-me dele em 3 meses (bem como mais 3 pessoas que também se despediram), e julguei que a coisa nunca poderia ser pior.

Entre vários aspectos, o facto de ter um hippie gordo a peidar-se todos os dias e a toda a hora, fosse onde fosse, 'a frente de quem fosse, batia, para mim, o fundo do quão mau um local de trabalho podia ser. No início ainda duvidei. "Será que ele acabou de se peidar?!?". Mas, após uma reunião com ele e com a Presidente, em que a criatura de deu ao desplante de alçar a perna e largar uma valente farpa, não restaram dúvidas.

Mas, enganei-me. Pior do que levar diriamente com os flatos de uma bufadeira ambulante é ter que lidar diariamente com a burrice extrema de uma das funcionárias aqui do laboratório.

A criatura é tão burra, mas tão burra, que digo com toda a certeza que estou diante da anta mais anta 'a face da terra.

A exasperação, frustração e estado de nervos em que me deixa tamanha burrice em nada se comparam com a violentação odorífica a que era sujeita. Agora, em perspectiva, vejo que era cheiro a rosas.

Só comigo.....

10.15.2011

Parabéns DANI



Hoje faz anos a Dani, a Sorriso Maracanã!!

E digo "faz" porque, embora nos tenha deixado há pouco mais de 3 meses, a Dani continua presente em todos nós, aqueles que tiveram o privilégio de, algures nas suas vidas, verem o seu caminho cruzar-se com o Dela, dona do Sorriso mais lindo que o mundo alguma vez conheceu.



E se jamais alguma vez foi esquecida desde o dia 9 de Julho deste ano, a semana que passou foi de ainda maior lembrança e intensidade de sentimentos, face ao derramar de Confissões e Amor que partilhou connosco o Edu, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui, em antecipação deste dia tão especial.



Hoje faz anos a Dani, a Sorriso Maracanã!!

E há minutos liguei ao Edu, para o encontrar em Copacabana, rodeado por Amigos e Familiares que, com Ele, celebram a Sorriso Maracanã e os seus 40 anos. E o tanto que queria dizer ao Edu neste dia, por Ela e por Ele, acabou por ficar por dizer, ao ser colmatado pela emoção.

Nas poucas palavras que proferi, partilhámos as lágrimas, o carinho e a lembrança e quis que soubesse que, também aqui, em Nova Iorque, a Dani está a ser lembrada e celebrada no dia Dela.

Em Nova Iorque, cidade que ocupa um espacinho especial no coração Dela, a Dani juntou-se a nós para o pequeno-almoço. Na mesa, um lugar para Ela, sob o sol da cidade que nunca dorme.
E nesta Luminosa Manhã demos os Parabéns 'a Dani e brindámos com Ela.









Ouvimos Bethânia, Chico, Caetano.
Cantou Maria Rita, cantou Beth, cantou Teresa.
Samba, Chorinho.
Tudo foi Brasil, tudo foi Rio, tudo foi Maracanã... Sorriso Maracanã!

Muita Saudade.




(Último encontro, Rio de Janeiro, Abril 2010)

Parabéns Dani!!
Parabéns Crida!!