3.27.2015

É mesmo minha filha!! (gulosa! gulosa!)




Hoje faço anos.
Trinta e sete anos!

De manhã:
- Bom dia meu amor!! Hoje a mamã faz anos!! Vamos cantar os parabéns?!

Vem a correr feliz, para o que antecipo ser um mega abraço.
De sorriso rasgado no rosto, exclama:
- BOLO!!!!!

E passado este tempo todo (37 anos!!), aquece-me o coração esta mini-eu do presente.

3.25.2015

Profissão: Mãe



Estava a actualizar o meu CV e achei muito injusto não se poder listar "Mãe" como qualificação. Vontade não me faltava, pois é um outro emprego, tão ou mais exigente do que qualquer outro. Não se condói com nada, é 24h, 7 dias por semana! E temos e queremos ser as melhores, as mais, as muito, as sempre!

Não é para me gabar, mas ser mãe sozinha, lá longe, sem família e conjugar trabalho, filhota e vida em geral sem qualquer ajuda (e de bicicleta, faça chuva ou faça sol) é digno de um medalha, diploma ou qualquer estatueta para pôr em grande destaque na prateleira.

Escrevendo "Mãe", não tinha que se entrar naquela lenga-lenga de "hard-working, team player, organized, thrives in fast paced environment, quick learner, dedicated...."

É Mãe, é Mãe!! É isso tudo e muito mais! É super mulher :)

3.20.2015

Vida Social


Ontem uma das amiguinhas de escola da Elis veio cá passar a noite. Este fim de semana a Elis vai para a neve (chique!) com outro amiguinho da escola. Gostava de ter uma vida social como a da minha filha :)

3.18.2015

Fraldas do Elmo


As crianças têm coisas que só elas.

A última da Elis é fazer questão de escolher qual é a fralda que vai usar (sim, ainda de fraldas... teimosa como é, está determinada a não as largar. Tem que me apanhar numa onda de determinação ainda maior, mas o Inverno não me tem dado para isso :)).

Assim, quando chega a hora de a trocar, tenho que lhe passar o cesto cheio de fraldas, todas elas iguais e, após uns momentos de observação e avaliação, eis que a Elis escolhe a fralda felizarda.

Tem que ter o Elmo!!
Que todas têm!

Só comigo!

3.17.2015

Elis, a Esquiadora

Do jeito que posso, tenho-me esforçado por que a Elis seja exposta ao maior número de experiências possíveis e me acompanhe nas coisas que eu gosto (e que, se tudo correr bem, venha a gostar também :)). Assim, este fim de semana foi a vez de experimentarmos o ski.

Fomos para o Maine, dois estados a norte, para o resort de Sundayriver, o meu preferido mas que já não visitava há 5 anos, fruto de ter dado cabo do meu joelho. Fomos com o melhor amigo da Elis, colega de escola, e a mãe dele e ambos os miúdos nos surpreenderam com a facilidade com que, em menos de nada, estavam a deslizar com os esquis nos pés. Foi giro vê-los a experimentar as botas de ski pela primeira vez e a andarem tipo astronautas. Estavam felicíssimos e nós, mães babadas, também.









 Esquiámos sábado e domingo e logo no primeiro dia inscrevi a Elis numa aula, pese embora seja só a partir dos 3 anos. A Elis está com 2 anos e quase 7 meses mas, talvez porque ela é alta e toda despachada, olharam para ela e disseram que sim, que podia fazer a aula. No primeiro dia não correu nada bem porque não houve um período de transição entre o chegar 'a escolinha e deixá-la, garantindo que ela sabia com quem ia ficar e que eu também sabia e que tínhamos estado todos juntos um bocadinho. Até eu fui apanhada de surpresa. Sem mais nem menos ela foi levada pelo professor, eu desapareci de vista e, obviamente, a cachopa ficou desconsolada. Sei bem que eles 'as vezes choram quando saímos da vista deles mas que passados 2 minutos já estão finos. E não me importo que ela chore quando assim é (já o fiz na creche). Mas, desta vez, eu sabia que a Elis não estava bem. De longe, de onde ela não me visse, fiquei sempre a olhá-la. No início ela olhava para todo o lado 'a minha procura, mas depois, quando perdeu a esperança de me encontrar, começou a chorar desesperada e implorava: mamãaaaaa!! mamãaaa!!!

Qualquer mãe fica com o coração partido numa situação destas, e eu não fui excepção. Era a Elis a chorar por mim e eu a chorar por ela. Mesmo assim, ainda esperei que a levassem no carrinho que transporta os miúdos até ao topo da pista das crianças, com esperança que a coisa melhorasse. Não melhorou e ela continuou desconsolada e a partir o coração de qualquer um que a ouvisse (excepto do professor, que me pareceu pouco talhado para aquilo). Assim, em menos de 20 minutos já eu a tinha ido buscar e abraçado muito e dado muitos beijinhos e dito que a amava infinitas vezes para tranquilizar aquela respiraçãozinha tão aflita. Foi tão pouco o tempo que ela ficou na aula que até me reembolsaram o valor da mesma.

Como percebi que a coisa não funcionou mesmo por uma questão de tato (ou falta dele), decidi que a Elis faria a aula do dia seguinte mas que trataria de fazer uma transição como deve ser. Dito e feito, no Domingo ela não só conheceu o professor (outro) comigo, como ficámos a falar todos um pouco eu expliquei-lhe que ela iria com ele, o que ia fazer e que havia mais meninos. Também acabei por incluir na conversa o condutor do snowmobile que leva os miúdos, porque reparei que no dia anterior, quando ele lhe pegou para a trazer de volta, ela parou de chorar, ficou mais calma e até pôs a mãozinha no ombro dele. Claramente engraçou com aquele motorista gigante, de barba e barrigudo, qual urso grandalhão e bonacheirão (se calhar por causa da mascote do resort :))

(enquanto estávamos a tirar esta foto, saiu um tipo pela porta atrás da Elis que imitou o barulho do urso. A Elis assustou-se e deu um salto tão grande que quase experimentou uma nova modalidade: base jumping.)

E assim, já pela mão do Jason (condutor), lá foi ela tranquilamente para o grupo. Segui-a 'a distância de novo e ela não chorou e já era de novo a minha Elis, sorridente e social, a falar com todos e a dar hi5 quando lhe pediam. A aula correu super bem e se, até então, quando esquiava comigo não o fazia sem ser a dar-me a mão ou entre as minhas pernas, quando voltou, já ia sozinha...





... 'as vezes até sozinha demais :)


O que é certo é que, em menos de 24h, os miúdos já estavam a esquiar. São um espectáculo! Aposto que mais uns fins de semana disto e eu já não vou conseguir acompanhar a Elis nas pistas. A prova de que o dia foi bem passado e que a actividade satisfez foi que, a seguir ao primeiro dia, assim que acordou, a primeira coisa que a Elis disse foi: ski! ski! Ah, e também que, mal entravam no carro, o cenário era este:




(A Elis adormeceu com o carro ainda parado e, mesmo nós tendo chegado ao restaurante e eu a tendo tirado da cadeira, continuou a dormir... e a dormir ficou durante todo o jantar)

3.10.2015

Diferenças Culturais



Nada como ser Português para saber o quão bem faz uma bela sopinha. Assim sendo, volta e meia lá mando a Elis com sopa para a escola. Pese embora o faça amiúde, no relatório diário ainda recebo notas a dizer algo como "comeu o puré de vegetais todo!".
Vê-se mesmo que estes Americanos não sabem o que é bom (e que nunca viram sopa de verdade 'a frente!)

O que os filhos dizem, o que as mães ouvem

- Mamã, vamos brincar com os Legos?
Tradução: mamã, tu fazes, eu destruo!