7.08.2008

De volta do 4 de Julho



Como referi no post anterior, o fim de semana grande foi passado no parque nacional de Acadia. Fui na melhor companhia: Maurício, Mayra, Glauce, Juliana e Juliana.

Para além disso, fomos também fazer rafting em Millinocket, no estado do Maine, onde descemos o rio Penobscot, com descidas de classe 5 (classe 6 são rápido impraticáveis... ou então só mesmo feitos por aqueles sem amor nenhum 'a vida).

Foi tudo pura e simplesmente espectacular!!!
Até o facto de termos chegado a Bar Harbor no dia 4 de Julho, com todos os alojamentos mais que lotados, e de nos termos deparado com um problema na nossa reserva do Motel onde, em vez de 2 quartos só tivemos um 'a nossa espera, se revelou uma mais valia para o fim de semana. Foi muito mais giro ter os 6 "Pirolitos" todos no mesmo espaço. Ganda festa!

Acadia National Park


Acadia National Park (by others)


Como podem ver pelas fotos que coloco, fizemos várias trilhas no parque de Acadia, algumas delas incluindo subidas verticais, por rochas e mais rochas, só auxiliados por pegas de ferro aqui e ali, que nos ajudavam na escalada. Alturas houve em que tivemos que prosseguir coladinhos 'a parede, tendo nas nossas costas o precipício e nos nossos pés uma grade que substituia a falta de solo no local. Mas fomos os reis dos pedregulhos, chegando orgulhosa e efusivamente ao topo, onde a vista nos tirou o pouco fôlego que nos restava, de tão bonita.
Eis algumas passagens desta escalada:




(peço desculpa aos mais sensíveis pela linguagem inapropriada mas, se virem nas fotos, percebem o que eu quis dizer :P)





Por todas estas razões e mais algumas é que somos os "Pirolitos" (piro=fogo; lithos=pedra)! Aposto que é muito mais justo chamarem-nos os "calhaus em fogo" do que "pedras rolantes" aos Rolling Stones. Somos imparáveis :)

Estas grandes escaladas foram no Sábado mas, quando chegámos na 6a feira, também fizemos um pouco da trilha da Sand Beach, bem perto da praia e do mar. Até avistámos uma foca que, alegremente, alternava entre mergulhos e emersões aqui e ali. Eu bem tentei filmá-la mas, como podem ver, a tentativa saiu frustrada:



Durante o fim de semana vimos muita vida selvagem, desde pássaros, a esquilos, rãs, veados, a foca (já acima referida), uma tartaruguinha e houve até quem visse um alce, mas eu não tive essa sorte:







Também vimos muitas lagostas, mas essas foi mais nos nosso pratos uma vez que nesta região é um pitéu muito abundante e em conta.

Felizmente, não vimos nenhum urso, se bem que os há por aquelas bandas e, a determinada altura das nossas caminhadas, eu até ouvi um "ggrraaauuu" que bem podia ser de um desses bichinhos. O Maurício, que ia ao meu lado, não ouviu nada mas, pelo sim pelo não, comecámos a caminhar mais rápido e a estrapolar sobre o que deveríamos fazer caso tal acontecesse (só chegámos 'a conclusão que ia ser uma stituação "ai que meeeedo!!! e salve-se quem puder").



07.06.08 - Rafting the Penobscot River


Como disse, foi tudo muito bom, mas.... o que foi verdadeitamente ES-PEC-TA-CU-LAR foi o rafting! Foi das maiores emoções por que já passei. Adrenalina pura! Basta dizer que nunca tinha feito nada semelhante (nem os outros pirolitos) e em menos de nada vimo-nos num barco insuflável a descer águas rapidíssimas, com quedas de águas fortíssimas, de escala de dificuldade/perigo máxima. Ainda bem que eu não vi os filmes que estão no youtube sobre descidas do rio Penobscot, caso contrário não tinha posto sequer um pezinho dentro do barco, quanto mais do rio mas, nada como ser ingénuo e inocente, hehehe.

Obvio que os vídeos que por lá poem são sempre das situações mais extremas, mas consegui encontrar este que é muito semelhante 'a nossa descida, se bem que tenhamos feito esse rápido de costas. Foi a loucura!!!!!
Só o nome do rápido já impunha respeito: o Exterminator!!!! E foi o máximo sentir aquela água toda pegar no barco e ouvir o guia gritar "Forward!! forward!!!" enquanto nós dávamos aos remos freneticamente, ao mesmo tempo que tentávamos não cair borda fora:



O nosso guia era o Billy, que aparece brevemente neste vídeo, enquanto iamos de autocarro para o início do rio:



Ao ver um grupo tão catita como o nosso, disse logo que ficava connosco, e ainda bem que assim foi. Ele era super experiente e, embora nos tenhamos divertido imenso e sentido aquele friozinho na barriga, o nosso barco nunca virou e só caiu uma pessoa 'a água, uma vez (mas esse estava mesmo a pedi-las, pois não parava de se empoleirar).

Durante a descida do rio fizemos algo que eu não sabia ser possível. Após passarmos a queda de água, comecávamos a remar para trás, em direcção 'a mesma e depois colocávamos o barco naquela região onde a água cai com toda a força. Com alguma perícia, o guia conseguia manter o barco estável e ali ficávamos nós a surfar, com aquela queda de água imensa mesmo ali 'a frente. Um outro ponto alto foi quando, num desses momentos de surf, o Billy se aproximou de uma rocha e sai disparado da parte de trás do barco para a parte da frente, saltou para cima da rocha, puxou uma corda e, com a cascata a tocar-lhe na mão, nos disse que havia uma galeria por trás dela e que, se quisessemos, poderiamos passar a forte cortina de agua e entrar.

Só eu, a Mayra, o Maurício e um outro rapaz que estava no barco é que se aventuraram. A coisa tinha sem dúvida contornos assustadores mas, se o guia disse aquilo, é porque não poderia ser assim tãããããão perigoso. A água caia com uma força descomunal mas todos conseguimos passar para o lado de lá, cada um na sua vez, e até passar a nossa mão para o lado de fora para fazer "adeus" ou uma macacada qualquer. Quando sai da galeria (bastante pequena, por sinal), a água caía com tal força que até me baixou a parte de baixo do bikini por uns segundos. Acho que isso também foi um ponto alto mas, com toda aquela confusão, acho que ninguém reparou... espero eu (só a macaca da Mayra é que viu, mas com essa eu não me importo) :P

O rafting durou das 10h até 'as 17h. Claro que durante todo este tempo tivémos que nos alimentar e nada melhor que um churrasco 'a beira rio, incluído na aventura. Não estava lá grande espingarda porque estes Americanos não sabem fazer churrasco. Ele é uma chama super alta para esturricar tudo num instante, ele é um líquido combustível para atiçar o fogo que deixa a carne com um sabor horrível, ele é montes de molhos que poem em todos as carne e fica tudo a saber ao mesmo mas, como estávamos com fome e o cenário era muito agradável, não nos queixámos muito.

Ao longo do rio passámos por um baixio do lado esquerdo que dava para umas cachoeiras e onde os nosso barcos pararam para nos divertirmos masi um pouco. Dava para ir para o topo da cascata (não era muito grande) e, com o colete salva-vidas, descer pelas diferentes rochas, todas elas bastante lisas e polidas pela água, até cair no turbilhão. muito, muito giro.

No fim do passeio comprámos o vídeo dos momentos em que passámos pelos rápidos. Quando chegar eu tento pôr aqui para vocês verem como aquilo foi o máximo :)

2 comments:

raquel said...

Que loucura!

Anonymous said...

Ines!!
Encontrei seu blog e achei muito giro!! hahahaha
Ri muito com a sua participacao na radio!!!!
Beijos!