9.30.2008
Palin: Medo, muito medo!
Esta gaja é a candidata Republicana para Vice-Presidente.
Se já é assustador pensar numa vitória dos Republicanos nas próximas eleições presidenciais Americanas, ainda mais assustador é imaginar que, caso sejam eleitos, o Senador McCain não tarde muito a dar o peido mestre e seja Palin quem o vai substituir.
Até agora, Palin tem dado provas vergonhosas de total incompetência para ocupar o cargo a que concorre. Vejam só este excerto da entrevista com Katie Couric:
De forma bastante polida, Katie Couric descreve esta entrevista como uma "really interesting experience"... para não dizer que não percebeu puto do que é que Palin estava para ali a balbuciar, num esforço ridículo para responder a algo que desconhece. Vejam só a cara da entrevistadora!!! Hilariante, no mínimo!
Obvio que não tardaram a surgir sátiras ao mau desempenho de Palin. No Saturday Night Live, já vão duas... vale a pena ver. De rebolar a rir, a começar logo com uma dramatização da entrevista que vos mostrei acima:
Esta 5a feira vai ser transmitido, em directo, o debate entre Palin e Joe Biden, homólogo pelo partido Democrático. O partido Republicano bem que anda a treinar Palin e a fazer-lhe "intensive breafing" mas duvido que a gaja se aguente sem se estatelar ao comprido.
Can't wait!
Noite de Núpcias
No dia do casamento, já bem 'a noite (aliás, já era Domingo, uma vez que a meio-noite já se tinha ido há 2 horas atrás) a minha mana Eduarda, cunhado, tia Tai-Tai e tio Duarte vieram até nós para nos anunciarem mais uma surpresa... como se todas as que se verificaram naquele dia não fossem já muitas e mais que suficientes!
Eu sabia que eles nos iriam mandar naquela noite para qualquer lugar, mas não fazia a mínima ideia para onde. O David estava convencidíssimo que íamos passar a noite de núpcias na casa da minha irmã. Todos mantivemos essa versão até 'a última e ele não desconfiava de nada. O rapazito contenta-se com pouco, heheheh.
Ora, os nossos queridos familiares e padrinhos revelaram-nos onde iria ser passada não só aquela noite como também a seguinte. Tinham-nos reservado uma suite no Sesimbra Hotel SPA, um hotel "sei lá!", chiequééééééééééérrrriiiimo, com uma vista linda, virado para o mar, e teríamos o previlégio de lá ficar até 2a feira de manhã, uma vez que um só dia não daria para aproveitarmos todas as mordomias, nomeadamente a piscina que quase se funde com o horizonte azul do mar de Sesimbra e a SPA, onde nos regalámos no jacuzzi, sauna, banho turco, duche tropical, duche suiço, sala de relaxamento e sei lá que mais, os chinelitos no quarto, o roupão turco (daqueles mesmo grossos...), you name it!
Embora já extremamente cansado, os olhinhos do David até brilharam de felicidade e de espanto ao receber a notícia:
- Quê?? Naquele hotel onde fizemos a massagem no dia antes do casamento (este episódio fica para ser contado mais tarde). Amooooooorrrr!!! Qu'espectáculo!!!!
Eu também fiquei toda feliz e, após nos termos despedido dos últimos convidados, termos agradecido aos srs. da quinta a qualidade do serviço e toda amabilidade, após nos termos despedido dos fotógrafos e agradecido o extraordinário serviço e boa disposição, após nos despedirmos dos músicos e agradecido a excelente banda sonora para tal dia e após termos ajudado os nosso pais a pôr toda a comida que sobrou nos carros, finalmente dirigimo-nos para o veículo que nos iria levar para o hotel.
Aqui abre-se espaço para fazer referência a um Amigo muito, mas muito especial, o Alfredo. Fomos da mesma turma no 9º ano, portanto, conhecemo-nos há já 16 anos. E a nossa amizade tem sido daquelas coisas fantásticas que não param de crescer e que, curiosamente, se tem solidificado ainda mais agora que estou longe. Sei que posso contar com o Alfredo para tudo e que tenho ali um Amigo que nunca me vai falhar nem medir esforços para me ajudar, seja no que fôr. Por isso, foi a ele que me dirigi quando, semanas antes de irmos para Portugal, percebemos que seria imprescindível termos um carro para nos deslocarmos, uma vez que o dos meus pais iria estar ocupado a tempo inteiro com as passeatas que eles fizeram com os pais e irmã do David.
Como para além de muito Amigo o Alfredo é também das pessoas com mais "connections" que conheço, de certeza que arranjaria maneira de nos solucionar o problema, para não termos que recorrer a agências e gastar imenso dinheiro com o aluguer de um carro para as férias. Dito e feito, nem foi preciso fazer a mínima prospecção. Após 5 segundos do meu pedido, o Alfredo pôs logo 'a disposição o carro dele.
Tratou das coisas por forma a que não tivessemos que nos incomodar com nada que dissesse respeito 'a viatura. Assim, na manhã do casamento, foi com outro amigo nosso deixar o carro lá na Quinta, para que 'a noite já tivéssemos como nos deslocar. Como se isso já não bastasse, quando chegámos ao carro este estava limpíssimo (até cheirava a novo), atestado, com o óleo e os pneus verificadíssimos.
Digam lá que não temos Amigos que são pedras raras???
Seguimos para o Hotel. A situação era cómica: o David, vestido de noivo, com a gravata um pouco desapertada e o colarinho aberto, seguia no banco do lado, estafado (o coitado, para além de levar com todo o cansaço que involve o dia do casamento, ainda estava a lutar com o jet-lag, pois só chegou na 5a feira, 2 dias antes do Grande dia). Eu, já meio descabelada e com a pintura desbotada, ia a conduzir, enfiada numa nuvem de seda e de saiote (que aliás, já estava meio rasgadote pois nas sessão de fotografias pisei-o e... pimba. Rasgão!), com as pernocas 'a mostra e pés descalços... como qualquer noiva que se preze, ao fim da noite já me soube muito bem tirar os pés das sandálias que, mesmo sendo mais baixas que os sapatos usados na igreja, já denunciavam a sua presença.
A estrada não tinha quase ninguém e em menos de nada já estávamos a estacionar na garagem do hotel e a tirar as malas. Bem, malas não é bem a palavra certa. Eu diria as mochilas, o que contrastou de forma cómica com as nossas indumentárias. Eram o noivo e a noiva, ainda com o vestido, de design (Jesus Peiró, para quem quiser saber), a arrastar no chão, de mochila 'as costas. Muito bonito.
Chegados 'a recepção, muito embora fossem já quase 3 da manhã, o Recepcionista recebeu-nos desperto e simpático:
- Muito boa noite - disse com um 'a vontade que denotava estar 'a nossa espera - Então muitos Parabéns!
Sem sequer termos tempo de anunciar o nome da reserva, disse prontamente:
- A suite 908 está 'a vossa espera. O pequeno-almoço será servido no quarto, se assim desejarem.
Passou-nos a chave para a mão e lá seguimos todos contentes para o quarto. Pese embora o cansaço fosse muito, não deixámos de admirar os pormenores que se desenrolavam 'a nossa frente, uma vez que a decoração do hotel está extremamente bem conseguida.
Estávamos maaaravilhados!
Quando já estávamos 'a porta do quarto o David pôs tudo no chão, abriu-a e disse-me:
- Espera aí!
Rapidamente, enfiou todas as nossas malas lá dentro, já exclamando "Uau!!!! Amor, espera só pr'ocê ver o resto!!" em resposta 'as minhas primeiras impressões, feitas ali mesmo da porta:
- Ena, que coisa chique!!! - dizia eu.
Depois, já de mãos vazias, veio até mim:
- A noiva tem que entrar nos braços do noivo - disse escancarando um sorriso e oferecendo-me os braços.
Risonha e cúmplica, sentei-me no assento oferecido, agarrei-me ao pescoço dele, e lá entrámos nós. (Confesso que não consegui deixar de ter algum receio... não fosse o David fazer como o meu pai que, ao entrar com a minha mãe, entrou 'a bombeiro, de frente, e lhe esmurrou os joelhos, hehehe!)
Correu tudo bem!
As luzes estavam na intensidade ideal, criando uma atmosfera intimista. Na sala, esperavam-nos o Espumante no gelo e as frutas. No quarto, a cama king size seduzia-nos.
Com calma, sentámo-nos no sofá da sala. Ergueu o braço, convidando-me para o seu conforto... e eu meti-me debaixo dele, ficando ali, abraçada.
Ficámos em silêncio, como que a saborear toda a Beleza, como que com receio de interferir com toda aquela perfeição. Só se ouvia o mar, logo ali aos nossos pés, a bater placidamente... foi bom.
Acariciou-me o cabelo por uns minutos e depois, calmamente, como se de um ritual se tratasse, o David começou a tirar-me todos os ganjos, com muito carinho. Tirou tambéma fita. Aos poucos, as mechas desgrenhadas cairam-me pelos ombros... mesmo assim, despenteada e com a pintura esborratada, sussurrou-me:
- Es tão linda!
Desapertei-lhe os botões do colete, um por um. Fiz deslizar a gravata pelo nó, devagar, até esta escorregar do colarinho. Tirei-lhe o camiseiro, o cinto, as calças, as meias. Ofereci-lhe as costas, para que me desapertasse o vestido. Agora enjelhada e suja, a seda caiu no chão e os grãos de arroz alojados nos lugares mais reconditos tamborilaram sobre o tampo da mesinha ali perto... rimos! Tirou-me a liga:
- P'ra que é que é isto?
- Para nada! Faz parte da tradição.
Atirou-a para trás das costas. Rimos de novo. E desenrolou-me a meia de perna direita. Depois a meia da perna esquerda. Tomou-me os pés entre as mãos e massajou-os:
- Estamos cansados, hein?
- Sim - respondi já a sucumbir ao peso das pálpebras e a deliciar-me com a massagem.
Resisti.
- Vou tomar banho... fica aqui, descansa que eu depois chamo-te.
Prostrou-se e ficou a ouvir o som do chuveiro, misturado com o do mar... e com o silêncio daquele ambiente.
(Abro parêntesis para dizer que, como manda a tradição, o saco de toillete da noiva não foi nada bem preparado - isto porque já aconteceu o mesmo com algumas amigas minhas. Naquela manhã tinha pedido 'a minha mãe que me pusesse o amaciador no saco, uma vez que já estava a ser fotografada e não podia ir lá. Não sei como, desencantou um gel não sei onde e vai de o meter lá para dentro. Já estão mesmo a ver o pânico que foi quando percebi que não ia ter amaciador para tirar toda aquela laca e riças do cabelo.
Ainda para mais, o Hotel só tinha shampoo. Bem, com muuuuuita paciência, tentei separar o cabelo enquanto o lavava, mas ainda não tinha percebido que o meu pesadelo não tinha começado. Saída do banho, o que é que eu descrubro? que a minha mami também não pôs a escova do cabelo no saco. Resta-me dizer que andei aqueles dois dias com um cabelo muito wild, uma vez que o hotel também não tinha nenhum pentinho reles de plastico para me salvar. Mami, fica daquelas coisas para recordar e rir!)
Já enrolada no roupão, fofinho e branco, com os pés metidos nos que me pareceram ser os chinelos mais confortáveis do mundo, chamei-o:
- Podes ir.
Deitei-me na cama e fiquei 'a espera.
Ouvi o mar... ouvi.... mar... cochilei um poquinho... sonho?.... senti a carícia no meu rosto. O David já ali estava. Veio para junto de mim, abracámo-nos e ali, juntinhos, parecíamos uma ilha na imensidão de cama que nos rodeava.
Vários foram aqueles que no casamento nos disseram, em jeito de "estraga-prazeres":
- Noite de núcias?!? Sim, sim... quando lá chegarem só querem é dormir. Essa coisa de sexo na noite de núpcias é um mito!
Liliana, Rui, Cristina, Marco e todos aqueles de que me estiver a esquecer, fica aqui o anúncio:
- Não é mito, de todo! ;)
Aquele noite e todos os minutos que passámos naquele hotel foram extraordinários.
Foi mesmo muito, muito, muito bom! Podem ver as fotos aqui:
Depois deste 2 dias, seguimos para uma mini lua-de-mel... mas depois conto mais!
Eu sabia que eles nos iriam mandar naquela noite para qualquer lugar, mas não fazia a mínima ideia para onde. O David estava convencidíssimo que íamos passar a noite de núpcias na casa da minha irmã. Todos mantivemos essa versão até 'a última e ele não desconfiava de nada. O rapazito contenta-se com pouco, heheheh.
Ora, os nossos queridos familiares e padrinhos revelaram-nos onde iria ser passada não só aquela noite como também a seguinte. Tinham-nos reservado uma suite no Sesimbra Hotel SPA, um hotel "sei lá!", chiequééééééééééérrrriiiimo, com uma vista linda, virado para o mar, e teríamos o previlégio de lá ficar até 2a feira de manhã, uma vez que um só dia não daria para aproveitarmos todas as mordomias, nomeadamente a piscina que quase se funde com o horizonte azul do mar de Sesimbra e a SPA, onde nos regalámos no jacuzzi, sauna, banho turco, duche tropical, duche suiço, sala de relaxamento e sei lá que mais, os chinelitos no quarto, o roupão turco (daqueles mesmo grossos...), you name it!
Embora já extremamente cansado, os olhinhos do David até brilharam de felicidade e de espanto ao receber a notícia:
- Quê?? Naquele hotel onde fizemos a massagem no dia antes do casamento (este episódio fica para ser contado mais tarde). Amooooooorrrr!!! Qu'espectáculo!!!!
Eu também fiquei toda feliz e, após nos termos despedido dos últimos convidados, termos agradecido aos srs. da quinta a qualidade do serviço e toda amabilidade, após nos termos despedido dos fotógrafos e agradecido o extraordinário serviço e boa disposição, após nos despedirmos dos músicos e agradecido a excelente banda sonora para tal dia e após termos ajudado os nosso pais a pôr toda a comida que sobrou nos carros, finalmente dirigimo-nos para o veículo que nos iria levar para o hotel.
Aqui abre-se espaço para fazer referência a um Amigo muito, mas muito especial, o Alfredo. Fomos da mesma turma no 9º ano, portanto, conhecemo-nos há já 16 anos. E a nossa amizade tem sido daquelas coisas fantásticas que não param de crescer e que, curiosamente, se tem solidificado ainda mais agora que estou longe. Sei que posso contar com o Alfredo para tudo e que tenho ali um Amigo que nunca me vai falhar nem medir esforços para me ajudar, seja no que fôr. Por isso, foi a ele que me dirigi quando, semanas antes de irmos para Portugal, percebemos que seria imprescindível termos um carro para nos deslocarmos, uma vez que o dos meus pais iria estar ocupado a tempo inteiro com as passeatas que eles fizeram com os pais e irmã do David.
Como para além de muito Amigo o Alfredo é também das pessoas com mais "connections" que conheço, de certeza que arranjaria maneira de nos solucionar o problema, para não termos que recorrer a agências e gastar imenso dinheiro com o aluguer de um carro para as férias. Dito e feito, nem foi preciso fazer a mínima prospecção. Após 5 segundos do meu pedido, o Alfredo pôs logo 'a disposição o carro dele.
Tratou das coisas por forma a que não tivessemos que nos incomodar com nada que dissesse respeito 'a viatura. Assim, na manhã do casamento, foi com outro amigo nosso deixar o carro lá na Quinta, para que 'a noite já tivéssemos como nos deslocar. Como se isso já não bastasse, quando chegámos ao carro este estava limpíssimo (até cheirava a novo), atestado, com o óleo e os pneus verificadíssimos.
Digam lá que não temos Amigos que são pedras raras???
Seguimos para o Hotel. A situação era cómica: o David, vestido de noivo, com a gravata um pouco desapertada e o colarinho aberto, seguia no banco do lado, estafado (o coitado, para além de levar com todo o cansaço que involve o dia do casamento, ainda estava a lutar com o jet-lag, pois só chegou na 5a feira, 2 dias antes do Grande dia). Eu, já meio descabelada e com a pintura desbotada, ia a conduzir, enfiada numa nuvem de seda e de saiote (que aliás, já estava meio rasgadote pois nas sessão de fotografias pisei-o e... pimba. Rasgão!), com as pernocas 'a mostra e pés descalços... como qualquer noiva que se preze, ao fim da noite já me soube muito bem tirar os pés das sandálias que, mesmo sendo mais baixas que os sapatos usados na igreja, já denunciavam a sua presença.
A estrada não tinha quase ninguém e em menos de nada já estávamos a estacionar na garagem do hotel e a tirar as malas. Bem, malas não é bem a palavra certa. Eu diria as mochilas, o que contrastou de forma cómica com as nossas indumentárias. Eram o noivo e a noiva, ainda com o vestido, de design (Jesus Peiró, para quem quiser saber), a arrastar no chão, de mochila 'as costas. Muito bonito.
Chegados 'a recepção, muito embora fossem já quase 3 da manhã, o Recepcionista recebeu-nos desperto e simpático:
- Muito boa noite - disse com um 'a vontade que denotava estar 'a nossa espera - Então muitos Parabéns!
Sem sequer termos tempo de anunciar o nome da reserva, disse prontamente:
- A suite 908 está 'a vossa espera. O pequeno-almoço será servido no quarto, se assim desejarem.
Passou-nos a chave para a mão e lá seguimos todos contentes para o quarto. Pese embora o cansaço fosse muito, não deixámos de admirar os pormenores que se desenrolavam 'a nossa frente, uma vez que a decoração do hotel está extremamente bem conseguida.
Estávamos maaaravilhados!
Quando já estávamos 'a porta do quarto o David pôs tudo no chão, abriu-a e disse-me:
- Espera aí!
Rapidamente, enfiou todas as nossas malas lá dentro, já exclamando "Uau!!!! Amor, espera só pr'ocê ver o resto!!" em resposta 'as minhas primeiras impressões, feitas ali mesmo da porta:
- Ena, que coisa chique!!! - dizia eu.
Depois, já de mãos vazias, veio até mim:
- A noiva tem que entrar nos braços do noivo - disse escancarando um sorriso e oferecendo-me os braços.
Risonha e cúmplica, sentei-me no assento oferecido, agarrei-me ao pescoço dele, e lá entrámos nós. (Confesso que não consegui deixar de ter algum receio... não fosse o David fazer como o meu pai que, ao entrar com a minha mãe, entrou 'a bombeiro, de frente, e lhe esmurrou os joelhos, hehehe!)
Correu tudo bem!
As luzes estavam na intensidade ideal, criando uma atmosfera intimista. Na sala, esperavam-nos o Espumante no gelo e as frutas. No quarto, a cama king size seduzia-nos.
Com calma, sentámo-nos no sofá da sala. Ergueu o braço, convidando-me para o seu conforto... e eu meti-me debaixo dele, ficando ali, abraçada.
Ficámos em silêncio, como que a saborear toda a Beleza, como que com receio de interferir com toda aquela perfeição. Só se ouvia o mar, logo ali aos nossos pés, a bater placidamente... foi bom.
Acariciou-me o cabelo por uns minutos e depois, calmamente, como se de um ritual se tratasse, o David começou a tirar-me todos os ganjos, com muito carinho. Tirou tambéma fita. Aos poucos, as mechas desgrenhadas cairam-me pelos ombros... mesmo assim, despenteada e com a pintura esborratada, sussurrou-me:
- Es tão linda!
Desapertei-lhe os botões do colete, um por um. Fiz deslizar a gravata pelo nó, devagar, até esta escorregar do colarinho. Tirei-lhe o camiseiro, o cinto, as calças, as meias. Ofereci-lhe as costas, para que me desapertasse o vestido. Agora enjelhada e suja, a seda caiu no chão e os grãos de arroz alojados nos lugares mais reconditos tamborilaram sobre o tampo da mesinha ali perto... rimos! Tirou-me a liga:
- P'ra que é que é isto?
- Para nada! Faz parte da tradição.
Atirou-a para trás das costas. Rimos de novo. E desenrolou-me a meia de perna direita. Depois a meia da perna esquerda. Tomou-me os pés entre as mãos e massajou-os:
- Estamos cansados, hein?
- Sim - respondi já a sucumbir ao peso das pálpebras e a deliciar-me com a massagem.
Resisti.
- Vou tomar banho... fica aqui, descansa que eu depois chamo-te.
Prostrou-se e ficou a ouvir o som do chuveiro, misturado com o do mar... e com o silêncio daquele ambiente.
(Abro parêntesis para dizer que, como manda a tradição, o saco de toillete da noiva não foi nada bem preparado - isto porque já aconteceu o mesmo com algumas amigas minhas. Naquela manhã tinha pedido 'a minha mãe que me pusesse o amaciador no saco, uma vez que já estava a ser fotografada e não podia ir lá. Não sei como, desencantou um gel não sei onde e vai de o meter lá para dentro. Já estão mesmo a ver o pânico que foi quando percebi que não ia ter amaciador para tirar toda aquela laca e riças do cabelo.
Ainda para mais, o Hotel só tinha shampoo. Bem, com muuuuuita paciência, tentei separar o cabelo enquanto o lavava, mas ainda não tinha percebido que o meu pesadelo não tinha começado. Saída do banho, o que é que eu descrubro? que a minha mami também não pôs a escova do cabelo no saco. Resta-me dizer que andei aqueles dois dias com um cabelo muito wild, uma vez que o hotel também não tinha nenhum pentinho reles de plastico para me salvar. Mami, fica daquelas coisas para recordar e rir!)
Já enrolada no roupão, fofinho e branco, com os pés metidos nos que me pareceram ser os chinelos mais confortáveis do mundo, chamei-o:
- Podes ir.
Deitei-me na cama e fiquei 'a espera.
Ouvi o mar... ouvi.... mar... cochilei um poquinho... sonho?.... senti a carícia no meu rosto. O David já ali estava. Veio para junto de mim, abracámo-nos e ali, juntinhos, parecíamos uma ilha na imensidão de cama que nos rodeava.
Vários foram aqueles que no casamento nos disseram, em jeito de "estraga-prazeres":
- Noite de núcias?!? Sim, sim... quando lá chegarem só querem é dormir. Essa coisa de sexo na noite de núpcias é um mito!
Liliana, Rui, Cristina, Marco e todos aqueles de que me estiver a esquecer, fica aqui o anúncio:
- Não é mito, de todo! ;)
Aquele noite e todos os minutos que passámos naquele hotel foram extraordinários.
Foi mesmo muito, muito, muito bom! Podem ver as fotos aqui:
Depois deste 2 dias, seguimos para uma mini lua-de-mel... mas depois conto mais!
9.29.2008
Eles "andem" aí
Já me tinham dito que existem e que andam, assim, naturalmente pelas ruas.
Achei deveras estranho mas, o que é verdade é que, volta e meia, lá sinto aquele cheiro nauseabundo.
Há dias confirmei: as doninhas fazem parte das espécies endémicas cá da área, juntamente com os banais cães, gatos e ratos.
Voltava eu 'a noite para casa quando me deparo com uma pachorrenta doninha fedorenta a atravessar a estrada. Tum-du-dum-du-dum... lá ia ela toda feliz, sem pressa nenhuma.
9.26.2008
Mais um membro na Família
A família cresceu, e o novo elemento chegou ontem!
Não é tão fofinho, o nosso "bobby"? E que trabalhador que ele é, hehehe!
9.22.2008
Porque será?
"- Mas será que é por isso? Não pode ser!
Então e nós, mulheres, que no ginecologista temos que ficar ali, despedidas, de pernas abertas!!?! Isso sim, é desconfortável!
- Está bem... mas, para o homens é diferente. Eu acho que, para eles, despirem-se em frente ao médico não é assim tão trivial... sei lá. Acho que têm sempre o receio de poderem ter uma erecção. 'As vezes não conseguem controlar...
- Oh sim, eu quando vou ao ginecologista estou sempre com medo de ter um orgasmo, logo ali, assim... zás!"
Brincadeiras 'a parte, esta é uma pequena parte da conversa que travei com duas amigas Sábado 'a noite.
Discutíamos o porquê de os Homens terem tão pouco 'a vontade com médicos 'a frente dos quais terão que estar nus. A J. pensa que talvez seja pelo receio de uma erecção despropositada, a V. brincou... mas o que é certo é que até hoje não percebo o porquê dessa resistência?
Obvio que estou a generalizar e nem todos os Homens são iguais, mas, na maioria das vezes, quando se fala nestas coisas, sinto que o estar nu em frente ao médico e passar por procedimentos que envolvam exposição de partes intímas parece ser mais constrangedor para o lado masculino.
Porquê?
9.20.2008
Foi-se o Sol... vêm as nuvens!
9.12.2008
E o Amor é isto...
Ainda estou no laboratório.
Não contava ficar aqui até tão tarde e, por isso, fui apanhada desprevenida... e 'as 20h o meu estômago já roncava de fome, para além de já estar de mau humor.
Quando falámos ao telefone, queixei-me. O David ficou com pena mas, porque tinha que ir tocar daí a uma hora, não me pode ajudar.
- Não faz mal, não te preocupes. Como quando chegar a casa!
- Está bem! - respondeu-me ele.
Continuei a trabalhar.
Passada uma meia hora sinto alguém por trás de mim. Era o David.
Para além do sorriso magnífico, trouxe consigo também um saco, que exibiu orgulhosamente no ar:
- Seu jantar!!
Não sei se fiquei mais feliz por o ver ou por ver a comida. Foi, concerteza, a junção de tudo e de perceber que, mesmo estando atrasado, perdeu aquele tempinho e desviou caminho para me vir fazer este miminho.
Dentro da merenda encontrei o meu prato preferido de um restaurante onde costumamos ir. E, para sobremesa, não faltou um pedaço de chocolate... não tão doce quanto o abraço que o David me deu, ou os beijos que trocámos ou o sorriso com que me presenteou.
Mas tudo muito, muito bom.
E agora, mesmo já sendo tão tarde, sem fome e com o coração tão cheio de calor, continuo a trabalhar, com um sorriso no rosto.
E o Amor é isto... pequenos gestos!
9.10.2008
Pois, parece que sim!
9.08.2008
Hamilton de Hollanda e Mike Marshall
9.04.2008
Quem sai aos seus...
Esta rabina super fofa é a minha sobrinha Clara, a minha regueifinha, como gosto de lhe chamar.
Não é por ser a minha sobrinha, mas é o máximo, claro!
E o melhor de tudo, é que sai 'a tia (aqui a Je). E' suuuuuper esperta e precoce, tem um excelente ouvido para a música (oh p'ra mim a ser tão modesta). E, como se já não bastasse, até nos pequenos quês é tal e qual eu: rabiosque pesado, o que faz com que com 1 anito ainda não consiga caminhar sozinha e tem também um belo faro para o chocolate!
No outro dia a minha irmã estranhou a Clara estar na sala tão caladinha. Quando foi ver como é que ela estava, deparou com a princesa a deliciar-se com um belo chocolate, que conseguiu surripiar de uma gaveta.
Claro que para isso teve que se pôr de pé, apoiada, e fazer alguma ginástica mas, tal como a tia, qualquer esforço é justificado desde que a recompensa seja chocolaaaaaaaaaaate! :)
Mana, se a Clarita for mesmo como eu, não adianta andares a esconder chocolates, como a mãe fazia comigo, hehehe!
9.03.2008
Milagre ou será que está tudo miope?
Lá se vai o enxoval
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