7.14.2009

Greencard - momento cómico

Talvez por todo o tormento que passámos, alguma alminha caridosa se lembrou de desanuviar o ambiente e presentear-nos com a seguinte cena, na embaixada.

Enquanto esperávamos para falar com a consul, estavam 2 senhoras a ser atendidas num dos balcões. uma pequenita, baixita, loira e com um cabelo que mais parecia um capacete. A outra, mais alta, magra, envolta num xaile amarelo canário. Esta última falou... alto o suficiente para que toda a gente naquele bunker a ouvi-se.
Eu não liguei mas o David virou-se para mim e exclamou:

- Quê, aquilo é um homem?

Olhei para a pessoa em questão, arregalei os olhos, contive o riso e disse baixinho ao David:

- Sabes quem é aquele?
- O quê? O conde?? - respondeu ele também já a conter o riso.

Isso mesmo, era "the one and only" José Castelo Branco, ou Conde White Castel, como preferirem. E se se perguntam como é que o David sabia da existência de tal personagem, a coisa deve-se nada mais nada menos ao facto de passarmos tanto tempo a fazer exames médicos e análises. Toda a gente sabe que nos consultórios só há revistas cor-de-rosa e que são o local ideal para nos actualizarmos das fofoquices do país.

Claro que expliquei ao David quem era a "fêmme fatale" que aparecia em destaque numa dessas revistas e claro que o Conde não me deixou ficar mal e, mesmo estando na embaixada dos EUA (que, para quem conhece, é quase que um local de culto onde não se pode fazer barulho nem fazer nada), não deixou de se exibir.

Era vê-lo a andar que nem barata tonta para ir tirar fotografias e depois "pedir a fineza" ao guarda de lhe trocar uma nota de 10$. Era vê-lo a tratar a funcionária por Sô Dôna Teresa e exclamar aqui e ali "ai que maçada!!!". Era ver toda a gente a rir quando ele virava as costas: riamo-nos nós, riam-se os guardas, as funcionárias... até a Consul se ria sempre que podia.

Para quem não conhece a personagem, fica aqui uma amostra:



Impossível uma pessoa não desatar a rir e descontrair um bocado!

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