5.04.2006
Não há pachorra!
Se cá por estas bandas uma pessoa tem que comprar algo relacionado com electricidadde, não tem grande escolha se não ir até ‘a Radioshack, loja da especialidade mas que de especialistas só os tens na arte de ludibriar, a que eu “carinhosamente” gosto de apelidar de Radiochatos. Nunca nos fornecem a melhor opção ou, por outra, a melhor opção, para eles, é sempre o mais caro dos mais caros e fazem sempre soar como se não houvesse alternativa.
Pois eu tive que visitar estes senhores há cerca de 2 dias, uma vez que queria comprar um cabo que me permitisse ligar o iPod a uma aparelhagem de stereo. E’ coisa que dá muito jeito para festas e que já vários amigos meus têm, pelo que sabia de antemão que a coisa rondaria, no máximo, uns 9 dólares. Chegada ‘a loja, explico o que quero e, do topo do seu fato e gravata, com um sorriso irritantemente branco e artificial, o empregado segue disparado até ‘a outra ponta da loja, onde me mostra um cabo de $30.
- Aqui está!
Fiquei um segundinho a olhar para ele com cara de "este gajo deve estar a gozar comigo. Só pode!".
Já preparada para isto, não estive com meias palavras:
- Escute, EU SEI que vocês vendem este mesmo cabo por algo como 9 dólares. Eu disse-lhe que queria o mais barato. Porque é que me mostra o material mais caro que tem?
De sorriso impassível mas agora ainda mais forçado, responde-me:
- Ah, este tem garantia de….
Nem o deixei falar. Já ia começar o relambório de características do material que eram tudo menos o que eu pedi:
- O mais barato, sim?
- Ah, sim! Tem razão! Venha comigo.
E lá seguimos nós para outro lado da loja onde, desta vez, me apresenta um cabo de 15 dólares.
- Hmm! Parece-me que estamos com um problema de comunicação – disse-lhe – eu quero o cabo mais barato. Está a perceber o que eu falo ou o meu Inglês é assim tão deficiente que não me faço entender?
Mantendo o sorriso mas, claramente contrafeito, diz-me:
- Sim, estou a perceber. Mas esse cabo não é tão bom!
- Pois, mas parece-me que cabe a mim decidir a qualidade que eu quero (e tu já me estás é a dar cabo do juízo, resmungava eu por dentro).
A esta hora já não sorria protocolarmente. Penso que, se legendas houvessem, o que lhe estava a passar pela cabeça seria um corropio de $%&^*@#!@ de tão inapropriado que era.
Eis-nos então chegados ao local onde estava o dito cabo, ironicamente ainda mais barato: 8 dólares.
Deu-mo de trombas.
Só lhe disse:
- Parece-me que conheço a loja melhor que você!
Obtive um “Humpf!!” de resposta e deliciei-me, de sorrizinho malicioso no rosto, na caixa, enquanto o carrancudo me fazia a conta.
Espero que da mesma forma que já lhes conheço a pinta, da próxima vez que eu lá fôr o caramelo se lembre de mim e me poupe uns quantos minutinhos de estupidez. Mas que raio? Porque são os vendedores assim? Devem julgar que toda a gente é totó!
Grrrr... fico-lhes com uma raivinha! Cá c'um pó!!!
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6 comments:
ganda inês! assim é que é, a mulher que nunca se fica!
Beijos para a mulher guerreira!
Pah, o pessoal tem que lhes mostrar que temos pêlo na venta :)
Beijos para ti, mulher Guerreira também. Aturar os putos todos não é fácil!
Dá-lhes!!!
Mostra-lhes de que é feita a mulher portuguesa!!! Mostra-lhes que já não são do tamanho da sardinha, nem têm bigode, mas continuam com muita raça!...
Tripeiro: E "mai" nada! :)
tens que dar o desconto, é o trabalho dele, principalmente se ganhar à comissão!
"biba".. Mulher do Norte, nem os dos States conseguem vencer. Assim é que é. Mal ele sabia que estava a falar com uma portuga
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