4.01.2009

A culpa não foi minha


Quando ha uns fins de semana atrás fomos esquiar e entrámos na loja para alugar skis, a J. saiu disparada atrás dele.

- Olha só, tão giro!!!

O casaco era de facto muito giro. Ela gostou do laranja, eu gostei do azul, mas ambas concordámos que era "muita" giro. Olhámos para a etiqueta, vimos que estava em promoção. Mais um ponto a favor do dito. A coisa estava a tornar-se tentadora mas, assim que o meu diabinho tentou aparecer para dizer "compra! compra!", logo o anjinho apareceu para dizer "não, agora não precisas de uma casaco!".

E fomos embora, e voltámos a namorar o casaco quando devolvemos os skis, mas a coisa ficou por ali.

A semana passada, quando voltei 'aquela montanha, entrámos na mesma loja para alugar o equipamento. Mal entro, lá está o casaco escarrapachado a chamar por mim.
Não resisti a mostrá-lo ao David, que achou também que a peça era muito gira, mas mais uma vez ganhou o anjinho e voltei a pendurar o casaco no cabide.

No dia seguinte, na altura da devolução dos skis, a mesma história: lá estava o casaquinho a olhar para mim, de bracinhos abertos como quem diz: "abraça-me!! leva-me!!"

Exclamei para o ar: oh pah, é mesmo giro!
Ao que o David respondeu: porque é que não experimentas??
Pronto, aí o diabinho ficou muito mais forte que o anjinho e em menos de nada já me estava admirar dentro do casaco azul. Ainda por cima, estava ainda mais barato do que da outra vez.
Fica-te mesmo bem, continuava o David, porque não o levas?
O anjinho ainda esperneou mais um pouco e eu respondi: não, não preciso neste momento.
Mas, perante mais uma insistência do David, lá vim eu com o casaco... finalmente!

Mas, que fique bem claro, a culpa não foi minha: foi do casaco e do David :)

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