11.26.2006

Rocky, esse "ganda" maluco!

Pelo vistos ele está de volta.

Dados os resultados dos castings, tiveram mesmo que usar o Stallone de novo!

11.22.2006

Ooops...

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E em pleno laboratório, foi exactamente uma cena dessas que eu fiz. Foi como se tivesse, no meio do silêncio, mandado tamanho berro que toda a gente ficou a olhar para mim.

No lado do laboratório em que me encontro, existem 4 bancadas, cada uma com 2 pessoas. Em frente ‘as bancadas existem as respectivas secretárias. Assim, existe uma fila de secretárias, uma fila de bancadas, outra fila de bancadas em que as pessoas ficam frente a frente, outra de secretárias e por aí segue.

Embora exista alguma divisão entra as chamadas “bays” (corredor entre bancada e secretária) o espaço é basicamente contínuo e consegue-se ouvir tudo o que se passa no lab.

Nesse dia, o A., na bancada ‘a minha frente, tinha que apresentar a lab-meeting. Bastante atarefado e atrapalhado, tentava prepará-la, em cima da hora... como sempre. Volta e meia lá dizia algo como: “ pessoal, preparem-se para a pior lab meeting da vossa vida!”

Tentando consolá-lo, aqui entra a Inês em acção, num momento que se tornou inédito na história do Schier lab.
O que eu queria dizer ao A. era:

- vá lá, não te preocupes, tu safas-te sempre!!

E que foi que eu disse então?

- C’mon, don’t worry, you always (e aqui é que os tambores começam a rufar)... GET OFF with it.

Entenda-se que o que eu queria dizer era GET AWAY (safas-te) e não GET OFF (ejaculas!!!!)

Imediatamente, da outra ponta do lab, após uma gargalhada sonora, WY berra:
- WHAT?? Mas que raio de conversas vão para aí?

Ao meu lado, J., de pipeta na mão, personificava o A. a GET OFF:

- Ohhhhh... MicroRNAs!! MicroRNAaaaaaaas!!!
Oh yes! Yeeeeesssssss!!

Escusado será dizer que foi risada geral... até o A. relaxou um pouco!

Eu e o meu Inglês...
Sei as palavras grandes e complicadas. Por vezes nem acreditam que Inglês não é a minha primeira língua (se bem que devem ser meio mouquinhos :P), mas depois.... quando chega ‘as pequeninas como IN, ON, OUT, UP, AWAY, DOWN e mais sei lá o quê... é uma desgraça. Meto os pés pelas mãos e saem alarvidades destas :)

11.14.2006

Um Carro Diferente

Lembram-se da história dos meus carros mirabolantes? Pois é, pode-se dizer que essas histórias passaram mesmo ‘a história pois ontem, eu e o David tornámo-nos os felizes proprietários de um veículo a sério.

Ei-lo, o Mazda Tribute ES. Não é tão bonitinho!?

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Custou mas foi!

Já há mais de um mês que andávamos ‘a procura de carro mas não havia meio de acertarmos com a coisa. Aliás, acertar acertávamos, só que acertávamos sempre em situações menos esperadas.

No primeiro caso, vimos o anúncio do carro, achámos tudo muito bem e o David foi lá vê-lo, em Medway. Veio satisfeito e fez questão que no dia seguinte eu lá fosse com ele para confirmar que era de facto uma boa aquisição. Andámos no carro, analisámos tudo, fizemos o típico choradinho para baixar o preço, chorámos ainda mais um bocadinho, mais um pouquinho, mais um tiquinho e, ao fim da tarde, tínhamos chegado a acordo com o dono. Até aqui tudo bem. Faltava então que ele nos passasse o título do carro, coisa que ficou para ser feita no dia seguinte. De manhã toca o telefone:

- Olhem, afinal não vos posso vender o carro!
- O quê? – só pode estar a gozar com a nossa cara, pensava eu
- Ah, é que o título do carro vai demorar dois meses a ser feito, pois o carro ainda está no nome não sei de quem...

Uma treta! Mas que raio de trengo que se vai pôr a vender o carro sem providenciar que tudo esteja em ordem para que a transacção se processe? Devia ter-lhe cobrado os dois dias de aluguer de um carro que tivemos que fazer para lá podermos ir ver a carripana dele. Bem, adiante! Venha o próximo.

Mais umas buscas, mais umas pesquisas, mais umas análises e desta vez encontrámos o próximo candidato em Peabody, perto de Salem, a cidade das bruxas (acho que encontrámos uma bruxa que andava perdida pela área - a dona do carro). Novos contactos, novas combinações, novo aluguer do carro e lá fomos nós. Vimos, experimentámos, gostámos, regateámos, chorámos, esperneámos e já nos aproximava-mos do fecho do negócio não fosse a senhora (grávida e bem americana) querer dinheiro.

Teríamos passado o cheque logo na altura mas, assim, ficámos de regressar no dia seguinte com o dinheiro. Bendita a hora em que o fizemos pois, chegados a casa, verificámos que, tendo em conta os extras ou ausência deles no veículo, o preço que tínhamos acordado estava 700 dólares acima do preço estimado para aquele carro, daquele ano e com aquela quantidade de milhas.

Na manhã seguinte, bem cedo, para evitar que a mulherzita se fosse pôr a limpar o carro com a sua pesada barriga de quase 9 meses desnecessariamente, telefono para esclarecermos esse ponto. Atendeu-me com uma voz de sono e arrastada. Assim que refiro que o preço do Blue Book está abaixo do preço que tínhamos discutido, deu-lha a travadinha e aqui vai disto (foi aqui que fiquei com a certeza que era uma bruxa). Nem parecia a mesma. A grávida desata aos berros, chia, grita, bale, tosse e muge, imagino até que estivesse a fumegar pelas orelhas, desgrenhada, de cabelos em pé, ruborizada qual tomate e com a barriga aos saltos, não me dando qualquer oportunidade de articular seja que palavra for. Ficou possessa.
Quando atentei um “but” cuspiu um:

- não querem o carro pois não? então tchau!

E desligou-me o telefone na cara. Fiquei atónita, boquiaberta e sem sequer saber o que dizer. Ao meu lado, na cama, o David olhou para mim e só exclamou:

- não correu lá muito bem, pois não?

Rimos e ainda hoje a grávida é motivo de risota e de paródia.

Ironicamente, fomos encontrar o nosso Mazda mesmo ao pé de casa... e andámos nós ‘a procura por tão longe (não referi que antes já tínhamos ido a New Hampshire e Malden fazer a nossa busca)!!!

Bem, o que interessa é que desta vez o negócio foi bem mais civilizado e compensador. O dono do stand, um senhor gordo, grande mas com muito potencial para ser um bonacheirão bem disposto, pareceu-nos muito bom sujeito, bastante prestável e, como se de filhos dele nos tratássemos, com bastante vontade de nos ajudar. Nunca tinha ouvido falar de um stand que emprestasse dinheiro, como se de um amigo ou familiar se tratasse, sem juros e que nos permitisse pagar quando e como quisermos, pelo tempo que quisermos, mas o que é certo é que foi isso que ele fez e pronto.

Já temos um popó, todo catita!!

Vamos buscá-lo amanhã!

Depois eu ponho fotos de “mete nojo” comigo e com o David e, claro, a estrela desta saga: o Mazda.

11.13.2006

Pau, Ponteiro, Vara…

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E é mesmo sobre aquelas coisinhas que se usam para guiar uma plateia ao longo da nossa apresentação em Powerpoint (ou Keynote para os MAC aficcionados), sem termos que nos emperiquitar sobre o ecran onde esta é projectada, que eu vou falar: o ponteiro a laser.

De há uns tempos para cá, tornou-se bastante comum, para não dizer fashionable e estiloso, usar estes pequenos sticks, bem elegantes por sinal, de dentro dos quais saem raios poderosíssimos. Não me refiro ‘a espada luminosa do Jedi, mas essa é mesmo a figura que uma pessoa faz quando tenta segurar o ponteiro a laser com as duas mãos.

Não fica nada bem mas essa é a única maneira que um gajo tem de evitar que quem nos está a ouvir perceba o nosso nervosismo. E’ que quando agarramos no ponteiro só com uma mão, em grande estilo, ao mínimo tremor de nervos, aquela traquitana em vez de apontar para um ponto fixo no écran, mais parece uma mosca em plena interpretação do vôo do moscardo de Rimsky-Korsakov. A luzita abana por tudo quanto é lado… mais parece que está a haver um tremor de terra.

Já estão a ver: ou seguramos a coisa com uma mão e arriscamo-nos a parecer estar ligados a uma perfuradora, ou agarramos com as duas mãos, só faltando o capacete preto para fazermos de Dart Vader e acabarmos a apresentação em grande estilo com um valente “May the Force be with you”.

Oh p'ra ele tão catita, com o seu ponteirito:

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Assim, eu cá sou bem tradicionalista e não sou nada apologista dos ponteiros a laser. Sempre que posso, procuro a vara e faço a apresentação com ela em punho.

Nada como um pau para uma boa performance!

PS – Eu bem disse que iria falar de pilas ;)

11.12.2006

De volta

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Andas tão quietinha!

Já tenho saudades das tuas aventuras!

Que se passa com o Casaco?

Inezita, moça, ainda está viva?

Menina Inês,
O que é feito de si?!
Não se deixa ver há semanas, não dá notícias, o telemóvel não dá sinal de
vida...
Tentei ligar para o lab, mas também não estavas lá. Miúda, vê lá se dás
sinais de vida. Acho que ainda vivemos na mesma cidade.

Várias foram as abordagens que questionaram que raio se teria passado comigo para não escrever no blog já há tanto tempo.
Não, não me deixei vencer pela preguiça como aconteceu ao bicharoco da foto. Antes pelo contrário!

Andei a bulir a todo o gás, pois na semana passada lá tive eu que enfrentar novamente a sala de seminários, cheia de cromos de Harvard e eu, lá ‘a frente, de ponteiro na mão, com ar de quem percebe muito mas de quem no fundo está é cheia de receio de não estar ‘a altura. A coisa passou sem precalços e aqui estou, sem grandes mazelas.

A juntar ‘a história há, claro, o facto de continuar em Primavera permanente e, ao chegar a casa, ter coisas bem melhores para fazer do que me sentar ‘a frente do computador (e perguntam vocês: que estás então a fazer agora? "poijé", estou a escrever porque o meu gajo está a tocar forrozito no clube e hoje não me apeteceu bailar). Bem, isso não interessa nada mas, como em todos nós existe pelo menos um tiquinho de Big Brother e queremos sempre saber das cusquices, ficam a saber que eu e o meu gajo continuamos em lua de mel e está tudo mais que bem.

Hhhmm…

Reli agora o que escrevi e pergunto-me: mas que raio têm as pessoas a ver com isso? Nada, mas pronto, hoje deu-me para isto.

Ora então, decidi voltar ao blog, sacudir a poeira do casaco e pô-lo mais amarelinho. Há que energizar e, para isso, nada melhor que uma história sobre pilhas… piLHas, ah… nada de confusões (se bem que, se fosse sobre piLas, tenho a certeza que o poder de reenergização seria bem mais eficaz. Pode ser que nos próximos episódios me dê para falar disso :P)

Este fim de semana, no super mercado, procurei pilhas por tudo quanto era lado e nada de as encontrar. Avistando um dos funcionários lá ao fundo, dirigi-me a ele e perguntei:

- Excuse me, where can I find batteries?

Franziu a testa, olhou para mim, considerou se se conseguiria fazer explicar ou não dada a complexidade da resposta e, finalmente, decidiu:

- Come with me.

Segui-o até ao fim do corredor, onde me indicou, apontando com o dedo papudo, uma porta algures ‘a direita, entre as arcas frigoríficas repletas de “piruns” (estasse a aproximar o Thanksgiving).

Temi ter percebido mal as intruções. Afinal, estava-me a indicar a porta de serviço, por onde os funcionários trazem os produtos para preencher as prateleiras.

- Over there? – perguntei eu para me assegurar que tinha percebido bem.
- Yes! Yes! – respondeu-me ele satisfeito com a sua performance.

Ainda hesitante, segui na direcção que me indicou. Quando cheguei ‘a porta, ainda me voltei para trás, para, com o olhar, prescrutar por entre a multidão e receber o acenar positivo do funcionário.

OK, pensei. Se ele diz que é aqui...
Entrei e, como esperado, estava no armazém.

- Mas que raio de sítio para se pôr as pilhas! Não admira que não as tivesse encontrado – pensava eu.

Cruzei-me com outro funcionário e, só pelo sim pelo não, perguntei de novo:

- Excuse me, where are the batteries?
- Right there – respondeu ele meio apressado, apontando para o corredor que se abria ‘a esquerda.
- Porra, é mesmo aqui - continuava eu a pensar, dada a estranheza do local.

Continuei, ainda meio incrédula e, por fim, encontro um terceiro funcionário:

- Excuse me, I am looking for batteries?! – exclamei, num misto de certeza do que perguntava mas dúvida quanto ‘a pergunta fazer algum sentido naquele local.

- Right here – confirmou ele, apontando para a porta ‘a sua frente.

E desatei a rir (acho que até agora o homenzito deve julgar que eu era uma doidinha qualquer).

'A sua frente encontrava-se , nada mais nada menos, do que a casa de banho das senhoras.

Assim, facilmente se pode ir de piLHas para piLas. Basta perceber Bathrooms em vez de Batteries :)