11.14.2006

Um Carro Diferente

Lembram-se da história dos meus carros mirabolantes? Pois é, pode-se dizer que essas histórias passaram mesmo ‘a história pois ontem, eu e o David tornámo-nos os felizes proprietários de um veículo a sério.

Ei-lo, o Mazda Tribute ES. Não é tão bonitinho!?

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Custou mas foi!

Já há mais de um mês que andávamos ‘a procura de carro mas não havia meio de acertarmos com a coisa. Aliás, acertar acertávamos, só que acertávamos sempre em situações menos esperadas.

No primeiro caso, vimos o anúncio do carro, achámos tudo muito bem e o David foi lá vê-lo, em Medway. Veio satisfeito e fez questão que no dia seguinte eu lá fosse com ele para confirmar que era de facto uma boa aquisição. Andámos no carro, analisámos tudo, fizemos o típico choradinho para baixar o preço, chorámos ainda mais um bocadinho, mais um pouquinho, mais um tiquinho e, ao fim da tarde, tínhamos chegado a acordo com o dono. Até aqui tudo bem. Faltava então que ele nos passasse o título do carro, coisa que ficou para ser feita no dia seguinte. De manhã toca o telefone:

- Olhem, afinal não vos posso vender o carro!
- O quê? – só pode estar a gozar com a nossa cara, pensava eu
- Ah, é que o título do carro vai demorar dois meses a ser feito, pois o carro ainda está no nome não sei de quem...

Uma treta! Mas que raio de trengo que se vai pôr a vender o carro sem providenciar que tudo esteja em ordem para que a transacção se processe? Devia ter-lhe cobrado os dois dias de aluguer de um carro que tivemos que fazer para lá podermos ir ver a carripana dele. Bem, adiante! Venha o próximo.

Mais umas buscas, mais umas pesquisas, mais umas análises e desta vez encontrámos o próximo candidato em Peabody, perto de Salem, a cidade das bruxas (acho que encontrámos uma bruxa que andava perdida pela área - a dona do carro). Novos contactos, novas combinações, novo aluguer do carro e lá fomos nós. Vimos, experimentámos, gostámos, regateámos, chorámos, esperneámos e já nos aproximava-mos do fecho do negócio não fosse a senhora (grávida e bem americana) querer dinheiro.

Teríamos passado o cheque logo na altura mas, assim, ficámos de regressar no dia seguinte com o dinheiro. Bendita a hora em que o fizemos pois, chegados a casa, verificámos que, tendo em conta os extras ou ausência deles no veículo, o preço que tínhamos acordado estava 700 dólares acima do preço estimado para aquele carro, daquele ano e com aquela quantidade de milhas.

Na manhã seguinte, bem cedo, para evitar que a mulherzita se fosse pôr a limpar o carro com a sua pesada barriga de quase 9 meses desnecessariamente, telefono para esclarecermos esse ponto. Atendeu-me com uma voz de sono e arrastada. Assim que refiro que o preço do Blue Book está abaixo do preço que tínhamos discutido, deu-lha a travadinha e aqui vai disto (foi aqui que fiquei com a certeza que era uma bruxa). Nem parecia a mesma. A grávida desata aos berros, chia, grita, bale, tosse e muge, imagino até que estivesse a fumegar pelas orelhas, desgrenhada, de cabelos em pé, ruborizada qual tomate e com a barriga aos saltos, não me dando qualquer oportunidade de articular seja que palavra for. Ficou possessa.
Quando atentei um “but” cuspiu um:

- não querem o carro pois não? então tchau!

E desligou-me o telefone na cara. Fiquei atónita, boquiaberta e sem sequer saber o que dizer. Ao meu lado, na cama, o David olhou para mim e só exclamou:

- não correu lá muito bem, pois não?

Rimos e ainda hoje a grávida é motivo de risota e de paródia.

Ironicamente, fomos encontrar o nosso Mazda mesmo ao pé de casa... e andámos nós ‘a procura por tão longe (não referi que antes já tínhamos ido a New Hampshire e Malden fazer a nossa busca)!!!

Bem, o que interessa é que desta vez o negócio foi bem mais civilizado e compensador. O dono do stand, um senhor gordo, grande mas com muito potencial para ser um bonacheirão bem disposto, pareceu-nos muito bom sujeito, bastante prestável e, como se de filhos dele nos tratássemos, com bastante vontade de nos ajudar. Nunca tinha ouvido falar de um stand que emprestasse dinheiro, como se de um amigo ou familiar se tratasse, sem juros e que nos permitisse pagar quando e como quisermos, pelo tempo que quisermos, mas o que é certo é que foi isso que ele fez e pronto.

Já temos um popó, todo catita!!

Vamos buscá-lo amanhã!

Depois eu ponho fotos de “mete nojo” comigo e com o David e, claro, a estrela desta saga: o Mazda.

6 comments:

Unknown said...

Parabéns!!!...

e benvinda de volta:)

Anonymous said...

Já deves saber quem é que to vai cravar ;)

∫nês said...

Acalma-te lá que eu ainda não sentei lhe aqueci os estofos :)

Fadalê said...

Feliz... foi Adão que não teve Sogra nem Camião, :))) mas... nada de preocupações, há sempre uma excepção à regra, como por exemplo a Eva que teve Sogro (Deus fez Adão, logo...é Pai) e Paraíso bom(Ao casar com o Adão,ganhou um sogro om um filho herdeiro de um incomensurável paraíso, o mundomilhões lá do sítio).
A única sugestão é o "alho" pois vai ser bom de certeza. Parabéns.

Anonymous said...

Só aventuras!!!

Anonymous said...

grande maninha....sempre em grande estilo!!podias ter dito que querias um pópó...vendia-te o meu golf!lolololol
muitos parabens, como ves as peças do teu puzzel da vida começam a juntar-se:a primavera, uma carro, uma vinda a portugal. Nada mau!!
jokas grandes
meb :)