3.14.2010
Férias
Mesmo com a perna meio 'a banda, amanhã sigo para o Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Fernando de Noronha e muito mais... férias, here I go!!!! :)
3.09.2010
No Bom caminho
Ontem na fisioterapia já andei de bicicleta estacionária, por 10 minutos, e hoje no ginásio lá dei eu ao pedal de novo, por mais 15 minutos. Já subo e desço escadas, ando sem o suporte ou as muletas. A cada dia, consigo dobrar o joelho mais e mais. Não há mais dor ou inchaço. Já voltei ao laboratório e já fiz experiências.
Yuuuupppi!!!! Estou feliz!!!! :)
Que atrofio
Há tempos, enquanto via o que tinha sido publicado aqui e ali, deparei-me com estas imagens num artigo que saiu na Plos One e achei-as fantásticas:
Basicamente o que os cientistas fizeram foi inibir o gene da miostatina, responsável por controlar o crescimento dos músculos esqueléticos, e o que obtiveram foi ratinhos com músculos que cresceram como se não houvesse amanhã. Um verdadeiro super-ratinho, todo bombado e musculado. Na imagem, vêm o ratinho normaleco em cima e o super-ratinho na foto de baixo.
E porque me lembrei eu de vos mostrar ratos depelados e bombados? Exactamente porque isto me lembrou da minha situação actual. Não que me esteja a cair o pêlo ou tenha músculos por aí além mas porque, desde o acidente de ski, a coisa que mais me impressionou foi a velocidade com que perdi massa muscular na perna e nádega direita. Bastou estar 2 dias de "patinha" esticada e ao ar para, imediatamente, a minha perna (e respectivo rabiosque) virarem um pedaço de esparguete hiper cozido. Por outro lado, porque a perna esquerda levou com o trabalho todo em cima, está maior e mais forte.
Só agora me apercebi que, de facto, afinal, até tinha algum músculo na perna. Agora, quando comparo as duas pernas, nem parecem irmãs... parecem-se mais com os ratinhos da fotografia acima: tipo bucha e estica.
Eu acho que bem me podiam inibir a produção de miostatina na perna direita por uns tempos a ver se volto a uma forma mais simétrica.
Basicamente o que os cientistas fizeram foi inibir o gene da miostatina, responsável por controlar o crescimento dos músculos esqueléticos, e o que obtiveram foi ratinhos com músculos que cresceram como se não houvesse amanhã. Um verdadeiro super-ratinho, todo bombado e musculado. Na imagem, vêm o ratinho normaleco em cima e o super-ratinho na foto de baixo.
E porque me lembrei eu de vos mostrar ratos depelados e bombados? Exactamente porque isto me lembrou da minha situação actual. Não que me esteja a cair o pêlo ou tenha músculos por aí além mas porque, desde o acidente de ski, a coisa que mais me impressionou foi a velocidade com que perdi massa muscular na perna e nádega direita. Bastou estar 2 dias de "patinha" esticada e ao ar para, imediatamente, a minha perna (e respectivo rabiosque) virarem um pedaço de esparguete hiper cozido. Por outro lado, porque a perna esquerda levou com o trabalho todo em cima, está maior e mais forte.
Só agora me apercebi que, de facto, afinal, até tinha algum músculo na perna. Agora, quando comparo as duas pernas, nem parecem irmãs... parecem-se mais com os ratinhos da fotografia acima: tipo bucha e estica.
Eu acho que bem me podiam inibir a produção de miostatina na perna direita por uns tempos a ver se volto a uma forma mais simétrica.
A Muleta Assassina
Já muitas vezes o disse por aqui e continuo a dizer: ele há coisas que só comigo!!
Como se já não bastasse ter-me arriscado a ficar no meio de um assalto ao banco sem possibilidade de fugir, esta minha condição de perneta continua a pregar-me partidas.
Na 6a feira 'a noite, pela primeira vez desde o acidente, saí para passar o serão numa festa em casa de uma amiga. Uma vez que já tinha testado conduzir no dia anterior e o fiz sem dificuldade, porque não?
Embora também já consiga andar só com o suporte na perna e sem canadianas, quando saio, mesmo assim, levo uma muleta de apoio, não vá alguém dar-me um encontrão ou eu tropeçar em alguma coisa e pôr demasiada força na perna lesionada. Assim, lá entrei eu no carro com jeitinho, fechei a porta e coloquei a dita muleta entre o assento e a porta.
Note-se que quando conduzo o faço ainda com o suporte 'a volta do joelho e, porque este tem uns ferros de lado para evitar que o meu joelho oscile para a esquerda ou para a direita, não consigo dobrar a perna quando o tenho posto. Consigo apenas girar o pé para os lados, podendo facilmente alternar entre o travão e o acelerador, mais do que suficiente para conduzir.
Acontece que, já a meio do caminho, sem mais nem menos, sinto que, de repente, o carro desata a acelerar... e, quase que imediatamente, sinto também que é o meu pé que está a carregar no acelerador, cada vez com mais força.
"Ai, caraças!!", pensei eu naquele fracção de segundo em que tentava perceber o que se estava a passar. Felizmente não tinha nada nem ninguém 'a minha frente e a coisa resolveu-se, mas podia ter sido feio.... e eu nem sequer tenho um Toyota!
O que se passou foi que a caramela da muleta, vá-se lá saber porquê, a meio do caminho aterrou em cima do botão que faz com que o banco do condutor vá para a frente ou para trás, electronicamente. Como eu sou uma pessoa cheia de sorte, a traquitana deu-lhe para carregar no botão por forma a que o banco fosse para a frente. Já estão a ver o que se seguiu! Parecia uma cena de filme! Como eu não conseguia dobrar a perna, 'a medida que o banco me empurrava para a frente, a minha perna, toda esticadinha, empurrava também o acelerador.
"Ai caraças!! Ai caraças!!", dizia eu enquanto buscava freneticamente a porra da muleta para a tirar do sítio. Encontrei-a logo e tudo isto aconteceu muito rápido, apenas uns segundos... mas foi o suficiente para me deixar atarantada!!
Claro está que, tal como as crianças, a trenga da muleta agora também vai sempre no banco de trás... só comigo!!!!
3.04.2010
Banco
Hoje o David foi para o Brasil. Porque já me consigo movimentar bastante bem sem muletas, eis que experimentei conduzir pela primeira vez após o acidente, e ir com ele até ao aeroporto, para depois trazer o carro. Tudo correu bem e conduzi sem dificuldade.
Porque estava tão feliz por já poder fazer várias coisas autonomamente e por, finalmente, estar fora de casa (muito embora o tempo estivesse horrível, cinzento, com neve e chuva) decidi aproveitar e, já que estava de carro, ir ao banco.
Como sempre, estacionar perto do banco foi uma dificuldade, pois aquela rua nunca tem lugar. Mas, porque mesmo sem muletas continuo a andar com o suporte 'a volta do joelho, pensei em estacionar logo ali, 'a porta. Muito embora a traseira do carro ficasse um pouco já sobre uma rampa de acesso, arrisquei e confiei que o serviço ao balcão seria rápido.
Entrei, cheguei ao balcão, fiz o meu pedido e, enquanto a funcionária o estava a processar, eis que entra um polícia no banco, a olhar para todo o lado, como se 'a procura de alguém.
"Já está! Já me lixei! De certeza que vai perguntar de quem é aquele carro mal estacionado", pensei eu, enquanto esperava que ele proferisse aquelas palavras. Estou eu naqueles segundos de ansiedade quando entra um segundo polícia, igualmente espavorido e a olhar para todo o lado, desta vez com a mão no coldre. "Dois!? Não há mesmo como dar a volta ' coisa. Nem os santinhos me podem ajudar!".
Mas eis que, contrariamente aos meus temores, os polícias nada disseram e só desataram a andar pelo banco fora. Nisto, noto que os funcinários se foram levantando e, meio atarantados, começam a olhar uns para os outros, como se tivessem um pergunta no olhar. Essa pergunta logo se materializou: a funcionária ao lado da minha sussurra-lhe "Quem é que activou o alarme?"
"O banco está a ser assaltado!!!", percebi logo eu, pela conversa, suportada pela linguagem corporal das pessoas. E sabem o que é curioso? E' que em vez de ficar sobressaltada só me vinha 'a cabeça: "Só podem estar a gozar comigo!! De todas as vezes que vim ao banco, hoje, logo hoje, é que se lembram de assaltar o banco?? Só comigo!! Hoje, que estou perneta, coxinha?!?! Se quiser fugir não consigo!! Se os gajos se lembram de mandar toda a gente deitar-se no chão nem isso consigo fazer. Fica toda a gente no chão e aqui a coxa em pé, a mexer-se que nem uma tartaruga com reumatismo".
Estou eu nestas conjecturas e vem o polícia falar com a gerente, ali ao meu lado. Afinal, falso alarme!!! Está visto que o sistema volta e meia se lembra de disparar sem razão aparente. Mesmo assim, os polícias seguiram com o protocolo e por lá ficaram até ter a certeza que tudo estava bem.
"Está tudo bem?", perguntei 'a funcionária que me atendia, antes de sair, para garantir que não fazia nada fora das regras. "Sim, tudo bem!", respondeu-me aliviada.
Cá para mim, eu acho que o alarme disparou justamente porque eu lá estava, naquelas condições de micas-côxa-da-madragoa. Como disse, só comigo!!! Havia de ser giro, havia!
Aceitam-se apostas (II)
Vai ter mesmo que ser. Por forma a que o meu joelhito volte a ser o que era e que eu possa fazer todos os desportos que me der na veneta, há que reconstruir o ACL, logo, tenho que ser operada.
Eu passo a explicar.
Quando caí a fazer ski, há quase 2 semanas atrás, torci o joelho porque o ski não saltou da bota (caramelo!). Ao torcer o joelho, fiz ruptura parcial de dois tipos de ligamentos: o lateral (MCL, que fica do lado de dentro do joelho) e o anterior (ACL, que, simplificadamente, fica na parte de trás do joelho).
Ora, estes ligamentos têm o seu quê de agri-doce. Se, por um lado, o MCL é aquele que dói, é também aquele que tem capacidade regenerativa e bastam o tempo e a paciência para que volte 'a sua forma antiga. Por sua vez, o ACL não dói nada, mas não se consegue recuperar sozinho.
Isto quer dizer que, muito embora já não sinta dor e até já tenha começado a andar sem muletas e sem o suporte 'a volta do joelho, quando tudo já estiver a funcionar como deve ser e eu já nem sequer me lembrar do acidente, a qualquer altura o meu joelho pode "falhar" (especialmente em casos de impacto e stress, como correr, saltar, esquiar, etc...). Isto porque o ACL, por não se recuperar, continua instável e pode não se aguentar 'a bronca em certas ocasiões.
O perigo é que quando o joelho "falha" posso também fazer uma lesão ainda pior do que aquela que já tenho e aí a coisa pia mais fino. Por isso, embora não seja obrigatório ser operada, porque sou uma pessoa activa e não quero andar sempre com receio que algo de mal aconteça de novo ao meu joelho, é preferível "ir 'a faca".
Nem sequer é "ir 'a faca" no sentido de que me vão cortar, abrir e vai haver montes de sangue e uma cicatriz enorme, pois a coisa é feita por apenas 3 furinhos no joelho (artroscopia), por onde entram sonda e instrumentos... e o tendão dador (que ou muito me engano ou vem de um cadáver... tenho que perguntar, hehehe).
Por ora, o objectivo é recuperar toda a mobilidade no joelho, como se nunca se tivesse passado nada. Assim, após a operação, embora haja tecido cicatrizado e a inevitável perda (se bem que muito pequena) de mobilidade, esta não se faça sentir muito. Na fisioterapia estou a avançar bastante rápido e bem, na opinião do técnico, e eu própria já me sinto outra.
Desde que me consigo movimentar sem muletas que sou uma pessoa muito mais feliz :)
E pronto, é isto... lá para Maio/Junho (penso eu), segue-se uma nova saga, a da operação.
Por acaso, até estou a pensar pedir ao médico se, em vez de anestesia geral, posso levar uma epidural. Assim, podia ver a coisa ao vivo e até relatar-vos como é que o meu joelhito está por dentro (esta é a minha veia de wanna-be-médica a funcionar).
3.03.2010
Aceitam-se apostas
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