9.18.2010

O Sexo dos Vizinhos

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Porque o Verão foi muito quente, dormíamos de janela fechada e com o ar condicionado ligado. Agora, que a temperatura já começou a baixar, mas não ao ponto de as noites serem geladas, sabe bem dormir com a janela aberta e sentir a brisa fresca enquanto nos aconchegamos debaixo do edredon.

Bem... é bom mas tem os seus quês. Ontem, por volta das 4:30 da manhã, acordei com o que pareciam ser vozes lá em baixo do prédio. Mais desperta e com mais atenção, percebi que eram sons bem mais interessantes do que inicialmente pensei. Alguém estava a fazer sexo.

"Na rua?", pensei, "Estranho, isso dava muita bandeira! E logo aqui nos EUA!". Mas os gemidos continuavam, juntamente com risos e sucessivos "yeah baby!! yeah baby!!". Era impossível voltar a dormir, não só porque o som estava com o volume lá em cima mas também porque a curiosidade agora era muito grande. "Não me digas que são os vizinhos do prédio da frente!?", e nesta altura já me ria sem conseguir abafar as gargalhadas e tive que sair do quarto, não fosse acordar o David.

Na sala, olhei para a janela da frente. O cenário era digno de um voyeur de alto nível. O nosso vizinho, do prédio ao lado, cujo apartamento fica mesmo ao nível do nosso, tem a cama dele encostada 'a janela. Na parede da frente, tem um espelho enorme que deixa ver tudo o que por ali se passa. Embora estivesse escuro, a luz dos candeeiros entre os prédios era ideal para se ver tudo lá para dentro.

Ora ele e a miúda que apareceu nesta noite estavam em pleno pinanço, ela com as pernas no ar, ele com o rabo para cima e para baixo, ora mais devagar ora mais rápido, ambos aos guinchos e a gemer. Não me parece que quisessem ser discretos, pois muito embora a cama seja 'a janela, estavam com as janelas todas escancaradas e aos berros. A mim só me dava para rir e fiquei ali, naquela coisa "vou ou fico".

Passado um bocado decidi ir para a cama e ver se os gajos se calavam... mas quando cheguei 'a cama, já o David estava meio acordado, e aí ficámos os 2 a rir muito a ouvir o chinfrim (claro que o David também foi ver o espectáculo) e depois ficámos a inventar histórias para aquela situação:

- pelo riso debochado dela, de certeza que é uma prostituta qualquer, dizia o David.
- eu acho que eles estão bêbados e que ele a deve ter engatado numa festa, dizia eu... mas espera, se a televisão está ligada (que se via na outra sala), deve ter sido um "date" (e eles a guincharem). Vieram jantar, seguiu-se um filminho e tal e depois, pimba, sexo!
- nah!!! até pode ser que ela tenha vindo de uma festa, mas duvido que tenha sido um "date" porque não iam começar a pinar só 'as 5 da manhã!! (e eles a gemerem).
- e se nós nos pusessemos também aos berros, aqui junto 'a nossa janela? dizia eu a escangalhar-me a rir.
- não, não, melhor ainda - já se ria o David - vamos 'a nossa janela e dizemos - olhe, desculpe, importa-se de pinar mais baixinho!?

E neste momento percebemos que as cambalhotas tinham acabado e que eles estavam agora a falar. Pela distância dos sons, percebemos que se deslocavam na casa e eu, curiosa que nem gaja que sou, levantei-me outra vez e espreitei. Desta vez vi-a a sair da casa de banho, nua, só com um cinto de ligas pendurado.

- David, David!!! Ela tem um cinto de ligas. Deve ser uma prostituta!!! - e ria-me!!
- Nah... está visto que ela vai dormir aí, não pode ser...
- As maminhas dela são tão pequeninas!!! E ria-me. Eu estava claramente com um ataque de parvoíce,

Bem, com esta interrupção, o nosso sono foi-se. Eu ainda sugeri que seguíssemos o exemplo dos vizinhos e que fossemos nós agora a pinar que nem loucos e que não os deixássemos dormir, mas o David não estava com tanta energia quanto eu (como gajo que é, a coisa não o deixou tão curioso quanto a mim, gaja!) e ficou para ali a rebolar de um lado para o outro, depois foi para o computador na sala... eu entretanto adormeci.

Hoje, quando acordámos, a primeira coisa que nos ocorreu foi logo os vizinhos. Ouvimos o riso dela e percebemos que ainda lá estava e, a brincar, começámos a imitar os sons da noite anterior e isso virou a comédia do dia. Volta e meia, lá estava eu num quarto e o David no outro e lá ouvia eu o David a gozar com eles.

A nossa janela continuou aberta, tal como a do vizinho, mas hoje 'a noite ele fechou-as e desceu as cortinas... acho que percebeu que dá para ouvir tudo de um prédio para o outro. Só não sei se percebeu que os sons que ouviu do nosso lado foram imitação dos dele, hehehhe.

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