9.22.2010

Teatro

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Como se diz em bom Português, não há fome que não dê fartua.

Embora goste muito de teatro, ainda não tinha ido a nenhuma peça aqui em Boston. Algo estranho, uma vez que sempre que estive em São Paulo, fui ao teatro (Uma noite na Lua, Quando Nietzsche Chorou, A Alma Imoral e mais umas outras peças de que não me lembro do título), pese embora só lá tenha estado períodos de algumas semanas. E aqui, passados 5 anos... nada!

Pois, como dizia, não há fome... e a semana passada fui não a uma mas sim a duas peças de teatro. A primeira, uma comédia bastante levezinha, "Shear Madness", surgiu de repente, quando o meu mui amigo Maurício nos liga a dizer que tinha mais de 50 bilhetes, de graça, para a peça. Acabou por ser divertido, não só pela peça mas também porque se reuniram vários amigos.

A segunda peça, essa sim, EXCELENTE. No Sábado o David foi tocar e eu, porque ficava em casa e me apetecia sair e fazer algo, decidi começar 'a procura do que fazer em Boston a um Sábado 'a noite. Por incrível que pareça, a oferta não é assim tão abundante e acabei por ficar em casa a ver um filme mas, durante a minha busca, descobri que no dia seguinte poderíamos ir ver esta peça" "In the Next Room"... também conhecida pela "Vibrator Play".

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A peça, como se pode adivinhar pelo segundo título, fala de vibradores, não no sentido que lhes damos hoje mas sim quando estes eram usados, no séc. XIX, para o tratamento da histeria, tanto de mulheres como homens. Na vanguarda da era da Electricidade e de Edison, a peça fala de como estes tratamentos surtiam efeitos fantásticos nas mulheres tristes, deprimidas, sensíveis, irritáveis (e irritantes), porque a "estimulação vaginal com um vibrador, libertava os fluídos do ventre", fluídos estes responsáveis pelos sintomas de histeria... basicamente um orgasmo. Nada como um orgasmo (ou vários) para qualquer mulher ficar relaxada e bem disposta, certo?

O interessante da peça é que, com este contexto em mente, acaba também por levar as personagens a descobrir a sua sexualidade, a ter reflexões sobre as relações entre os homens e as mulheres, a descobrirem-se... e é tão, mas tão interessante!!

Os cenários e o guarda roupa são óptimos. As luzes, a banda sonora, o ritmo da peça, excelentes. E no fim dei por mim a chorar, de tão envolvente que era tudo o que ali se desenrolava.

Definitivamente um "must see", aqui em Boston ou onde fôr, pois parece-me que esta peça não se confina aos EUA.

9.18.2010

O Sexo dos Vizinhos

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Porque o Verão foi muito quente, dormíamos de janela fechada e com o ar condicionado ligado. Agora, que a temperatura já começou a baixar, mas não ao ponto de as noites serem geladas, sabe bem dormir com a janela aberta e sentir a brisa fresca enquanto nos aconchegamos debaixo do edredon.

Bem... é bom mas tem os seus quês. Ontem, por volta das 4:30 da manhã, acordei com o que pareciam ser vozes lá em baixo do prédio. Mais desperta e com mais atenção, percebi que eram sons bem mais interessantes do que inicialmente pensei. Alguém estava a fazer sexo.

"Na rua?", pensei, "Estranho, isso dava muita bandeira! E logo aqui nos EUA!". Mas os gemidos continuavam, juntamente com risos e sucessivos "yeah baby!! yeah baby!!". Era impossível voltar a dormir, não só porque o som estava com o volume lá em cima mas também porque a curiosidade agora era muito grande. "Não me digas que são os vizinhos do prédio da frente!?", e nesta altura já me ria sem conseguir abafar as gargalhadas e tive que sair do quarto, não fosse acordar o David.

Na sala, olhei para a janela da frente. O cenário era digno de um voyeur de alto nível. O nosso vizinho, do prédio ao lado, cujo apartamento fica mesmo ao nível do nosso, tem a cama dele encostada 'a janela. Na parede da frente, tem um espelho enorme que deixa ver tudo o que por ali se passa. Embora estivesse escuro, a luz dos candeeiros entre os prédios era ideal para se ver tudo lá para dentro.

Ora ele e a miúda que apareceu nesta noite estavam em pleno pinanço, ela com as pernas no ar, ele com o rabo para cima e para baixo, ora mais devagar ora mais rápido, ambos aos guinchos e a gemer. Não me parece que quisessem ser discretos, pois muito embora a cama seja 'a janela, estavam com as janelas todas escancaradas e aos berros. A mim só me dava para rir e fiquei ali, naquela coisa "vou ou fico".

Passado um bocado decidi ir para a cama e ver se os gajos se calavam... mas quando cheguei 'a cama, já o David estava meio acordado, e aí ficámos os 2 a rir muito a ouvir o chinfrim (claro que o David também foi ver o espectáculo) e depois ficámos a inventar histórias para aquela situação:

- pelo riso debochado dela, de certeza que é uma prostituta qualquer, dizia o David.
- eu acho que eles estão bêbados e que ele a deve ter engatado numa festa, dizia eu... mas espera, se a televisão está ligada (que se via na outra sala), deve ter sido um "date" (e eles a guincharem). Vieram jantar, seguiu-se um filminho e tal e depois, pimba, sexo!
- nah!!! até pode ser que ela tenha vindo de uma festa, mas duvido que tenha sido um "date" porque não iam começar a pinar só 'as 5 da manhã!! (e eles a gemerem).
- e se nós nos pusessemos também aos berros, aqui junto 'a nossa janela? dizia eu a escangalhar-me a rir.
- não, não, melhor ainda - já se ria o David - vamos 'a nossa janela e dizemos - olhe, desculpe, importa-se de pinar mais baixinho!?

E neste momento percebemos que as cambalhotas tinham acabado e que eles estavam agora a falar. Pela distância dos sons, percebemos que se deslocavam na casa e eu, curiosa que nem gaja que sou, levantei-me outra vez e espreitei. Desta vez vi-a a sair da casa de banho, nua, só com um cinto de ligas pendurado.

- David, David!!! Ela tem um cinto de ligas. Deve ser uma prostituta!!! - e ria-me!!
- Nah... está visto que ela vai dormir aí, não pode ser...
- As maminhas dela são tão pequeninas!!! E ria-me. Eu estava claramente com um ataque de parvoíce,

Bem, com esta interrupção, o nosso sono foi-se. Eu ainda sugeri que seguíssemos o exemplo dos vizinhos e que fossemos nós agora a pinar que nem loucos e que não os deixássemos dormir, mas o David não estava com tanta energia quanto eu (como gajo que é, a coisa não o deixou tão curioso quanto a mim, gaja!) e ficou para ali a rebolar de um lado para o outro, depois foi para o computador na sala... eu entretanto adormeci.

Hoje, quando acordámos, a primeira coisa que nos ocorreu foi logo os vizinhos. Ouvimos o riso dela e percebemos que ainda lá estava e, a brincar, começámos a imitar os sons da noite anterior e isso virou a comédia do dia. Volta e meia, lá estava eu num quarto e o David no outro e lá ouvia eu o David a gozar com eles.

A nossa janela continuou aberta, tal como a do vizinho, mas hoje 'a noite ele fechou-as e desceu as cortinas... acho que percebeu que dá para ouvir tudo de um prédio para o outro. Só não sei se percebeu que os sons que ouviu do nosso lado foram imitação dos dele, hehehhe.

9.15.2010

Sorte



Há muita gente estúpida com muita sorte... e muita gente estupidamente sortuda.

Curioso ver que o último vídeo se passou no metro, aqui em Boston.

9.14.2010

Skydive

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Acordei com a coragem toda. Pronto, daqui a nada já experienciei das maiores emoções de sempre e já posso dizer que fiz o que há tanto tempo queria fazer. E' hoje!!

Pese embora já andasse há bastante tempo com vontadinha de saltar de um avião, só depois de ter pagado e de ter feito a marcação do evento é que a coisa me começou a bater (sim, é pagado... nós é que nos habituamos a falar mal. FOI pago, TINHA pagado).

Já sonhei várias vezes com isso. Não por ter medo, mas porque sempre que penso naquele segundinho em que vou estar sentada ao colo do instructor, com a porta aberta e as pernas já a balançar no lado de fora do avião e prestes a ser catapultada para o nada, sem saber quando as mãos que nos seguram nos vão largar, dá-me aquele aperto nas entranhas que anunciam o desconhecido e a vontade de ir até lá. E isso entusiasma-me... ao mesmo tempo que também me traz um sentido de razão e responsabilidade que, até então, não tinha sentido, pois o compromisso não estava tomado.

Agora já está! E se algo corre mal... as coisa corre MESMO mal. Mas continuo sem medo... e com a coragem toda. E tive que a guardar no bolso. Porque as condições metereológicas não eram as ideias (lá, porque aqui o sol brilha e só me deixa frustada) a coisa foi cancelada e terá que ser remarcada.

Ainda não foi desta!

9.13.2010

Países invisíveis

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Existem muitos outros países dos quais nunca ouço falar, ou raramente. Mas, não sei porquê, deu-me para cismar no Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Nunca, mas nunquinha mesmo, ouvi notícias relacionadas com estes países e pouco ou nada sei sobre eles.
Muito menos conheço pessoas que já tenham viajado até lá.
Vocês conhecem?

Skydive

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Já é amanha!

Ai!

Botas Keen

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Estas botas são das melhores coisinhas que me aconteceram ultimamente. Se bem se lembram, quando fui caminhar pelas White Mountains, no retiro do laboratório, levei umas botas que se revelaram apertadas e afuniladas nos dedos quando iniciámos a descida e que foram uma verdadeira tortura.

Quando finalmente as descalcei, após horas de sofrimento e dor, verifiquei a razão de tal mal estar: ambas as unhas dos meus dedos grandes estavam agora arqueadas e elevadas, roxas, sem tocarem na carne subjacente. Quando as tentei cortar e desinfectar, saiu um esguicho de pus e sangue, que salpicou o armário da casa de banho. Eu sei que é nojentinho mas pelo menos não tenho aqui nenhuma fotografia a ilustrar, hehehe.

Hoje, ainda são evidentes os sinais desta caminhada, uma vez que cada dedo só tem metade da unha e num deles esta está solta e estou só 'a espera que se solte... enquanto por aqui anda, pelo menos o dedo está mais tapadinho e parece menos anormalzinho.

Porque sabia que em El Salvador ia fazer mais caminhadas, comprei estas botas. Comprei-as 'a confiança, baseada em opiniões de amigos e também no facto de que a marca Keen tem sempre bastante espaço para os dedos dos pés, dado a sua forma bojuda e arredondada característica. Mandei-as vir da Amazon e estreei-as em El Salvador. Mesmo estando novas quando fui caminhar com elas, o que ' a partida já é um erro crasso, não me causaram quaisquer dores e os meus pezinhos estiveram sempre nas nuvens. As unhas estão todas de saúde e de boa côr, não há bolhas... adorei-as!!!

Aliás, até provaram ser bastante boas para o terreno porque numa das vezes, a caminhar muito perto de uma ravina, a terra escorregou por baixo do meu pé junto 'a beira, e lá ia eu pela ravina abaixo, não fosse o Ernesto me ter agarrado na mão que ainda consegui estender e conseguir travar a minha queda imediatamente com as botas.

Por isso: aprovadas!

Audição (fim)

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Ainda não foi desta vez. Vou continuar a cantar no banho :)

9.12.2010

Ele está a chegar

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Que noite triste. Já foi preciso usar um casaco :(

9.11.2010

El Salvador

Para que não pensem que o meu gosto musical se foi, aqui fica a justificação - A musiquita que acompanha este post é um dos hits que se ouvia em El Salvador, a torto e a direito. Só assim se justifica que eu para aqui pusesse o Enrique Iglesias, ahaha. Curiosamente, embora o abomine e ao paizinho dele também, há algo nesta música que me faz gostar dela... talvez seja o cheirinho a férias :)

No Domingo passado cheguei de 10 dias em El Salvador.

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Foram férias, mas mesmo férias a sério! Daquelas em que não se faz mais nada que não seja estar estendido ou estar deitado (como o menino Jesus, segundo o Pai Natal), comer algo, e voltar a estender ou a deitar. Aliás, foram de tal maneira férias a sério, que li como já há muito não o fazia: 2 livros e meio em 9 dias, numa média de 100 páginas por dia. Tal estava desabituada a tanta leitura, que fiquei com um torcicolo estupendo no último dia, que me deixou a andar tipo robot e hoje ainda não desapareceu completamente. Continuo toda empenada.

A viagem começou bem, logo 'a chegada ao país. No aeroporto, supostamente teria que pagar $10 dólares para passar a emigração mas, após uns toques de espanhol e responder 'as perguntas do funcionário, que estava claramente a "flirtar" comigo, quando eu ia a pagar ele disse-me que eu não precisava de o fazer. E lá entrei eu de graça, hehehe!
Muy bueno, muy bueno!

Esperei que chegasse o vôo do Bernardo, amigo com quem fui, e depois o Tino, um motorista do hostel onde íamos ficar, apanhou-nos de imediato. Porque uma certa ponte caiu há já 2 anos (e ainda não foi reparada) o caminho entre o aeroporto e El Tunco (mapa = La Libertad), praia onde ficámos os primeiros dias, é agora mais longo. E eu até gostei que assim fosse porque assim pude ver logo um pouco do país durante a viagem.

E' claramente um país simples e pobre, mas fiquei deslumbrada como todo o verde e com a paisagem. Mais tarde, conquistou-me a simpatia das pessoas. Na estrada, vários carros com côcos, como já vem sendo hábito na América Central e do Sul, e também pessoas empoleiradas de forma muito pouco segura em carrinhas de caixa aberta... andava sempre a pedir a todos os santinhos que um deles não fosse projectado numa travagem ou num arranque mais forte, não fossemos nós atropelar alguém. Felizmente, tal nunca aconteceu (nem sei como!!).

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Embora eu não soubesse, El Salvador tem as melhores ondas para o surf da América Central. Porque o Bernardo é surfista, este foi o destino que escolheu para as férias. Eu acabei por me juntar, para praia, sol e descanso (nem imaginam como os El Salvadoranhos ficaram confusos com esta parelha. Eu mulher, o Bernardo homem, a dormirmos em quartos separados. "Mas não são um casal?", perguntavam. "Não, eu/ela sou/é casada. Somos amigos", respondíamos. "E o teu marido deixa-te vir com o amigo?!?! Aqui em El Salvador, isso não funciona assim!". Aí sim, a cara deles era imperdível. Ainda nos rimos muito com esta situação).

Fomos para a praia d'El Tunco e acabámos por ficar no hostel La Guitarra, que nos pareceu melhor do aquele que tínhamos escolhido inicialmente, e foi a decisão acertada. Aconselho vivamente. Fica na praia, literalmente. Só há uma amurada que nos separa do mar. Os quartos, embora simples, são limpos e funcionais, com casa de banho e com uma bela rede e uma cadeira no alpendre, para se executar o "dolce far niente". Tem piscina, mesa de ping-pong e snooker, para além de uma cozinha toda equipada, onde toda a gente pode cozinhar.

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Como disse, rede ideal para o "dolce far niente" :)

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Tinhamos por lá o Capitão Iglô que, deste ângulo, parecia estar sempre pronto a mandar uma mijinha para cima da coitada da tartaruga.

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Todos os quartos tinham este suporte, para as pranchas de surf. Eu não tinha uma mas, mesmo que tivesse, bem que ia para cima da cama e a minha malita ficava na mesma aqui pousada. E porquê?...

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Para evitar que bicharocos como este fossem lá para dentro. Este encontrei-o eu na primeira noite, 'a porta da minha "casa", quando eu para ali andava descalça Após ter sido arremesado com várias coisas (que obviamente não lhe acertaram porque tinhamos muito má pontaria e não queríamos chegar muito perto), finalmente descobrimos que o lacrau estava vivo (não por muito tempo). Ficámos meio atarantados, sem saber bem o que fazer, mas depois pedimos a um dos rapazes do hostel para nos ajudar e, prontamente, este tentou pisá-lo contra o canto. Só que o caramelo fugiu para dentro do meu quarto. Lindo!
Só que não foi muito longe. Assim que abrimos a porta, lá estava ele no chão.... e foi para o céu dos artrópodes.


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Por trás do bar do hostel, a praia d'El Tunco e Sunzal. Pelo que vim a perceber, a praia numa certa altura do ano tem todas as pedras cobertas de areia e não se vê um único calhau. Nesta altura do ano, em que fômos, toda a areia foi para o mar e ficaram só os seixos. Por isso, os meus banhos de sol reduziram-se somente 'a piscina, uma vez que não dava jeito nenhum estar deitada por aqui.

Porque há vários vulcões, algum dos quais ainda activos no país, a areia é escura. Contudo, a água é muito limpinha, embora nas fotografias não pareça muito. Pelos vistos, é comum os surfistas depararem-se com tartarugas e golfinhos, quando vão mais para dentro do mar. Também há tubarões, mas desses não vimos... ainda bem! A temperatura da água, para mim, era quente demais, pois estar na água ou não estar, dava no mesmo. Não refrescava nada nem reduzia a sensação de calor e humidade, que eram uma constante.

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El Tunco quer dizer "O Porco". Ao que parece, esta rocha parecia-se com um, mas devido 'a erosão, já perdeu essa forma.

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Algo de que gostei muito, por causa da existência de tantas pedras, foi do som particular que a água fazia ao descer, de volta ao mar. Ao arrastar os seixos, o som mais parecia aquele de fogo de artifício 'a distância:




No lugarejo onde estávamos e onde chegámos a uma 5a feira, pouco ou nada se passava 'a noite. A nossa única distração, e de que depois vim até a sentir saudades quando nos mudámos para Las Flores (aí sim, não se passa mesmo naaaaaaaaaada naaaaaaaada), era um bazrinho (do qual nunca me lembro o nome) que, todas as noites, exibia um filme, gratuitamente, num grande écran. O bar era o máximo, pois consistia num grande telhado de colmo, sem paredes e, portanto, ao ar livre. No chão, sobre o chão de madeira coberto com tapetes de vime, muitas almofadas, grandes, cheias e coloridas, serviam de sofá a quem por lá se sentava (há que dizer que, na primeira noite, após termos encontrado o lacrau, não ficámos muito 'a vontade enquanto estávamos deitados aqui... mas não aconteceu nada e depois esquecemo-nos do incidente). Este bar faria sucesso em qualquer local!

Numa das noites exibiram um filme que nunca na minha vidinha teria visto de livre e espontânea vontade. Só o título, já assusta: "Role Models", e depois, quando começámos a ver as primeiras cenas, vemos 2 tipos, um dos quais vestido de minotauro (sim, leram bem), a guiar uma carrinha toda artilhada e transformada numa grande lata de refrigerante, pois andavam a fazer promoção a uma bebida energética e a ir 'as escolas dizer aos putos para se afastarem das drogas e se meterem nessa bebida... que se chama Minotauro, claro.

O que prometia ser uma estopada acabou por se revelar um filme até engraçado, dado o desenvolvimento completamente inesperado e surreal. Cheio de cenas politicamente incorrectas, acabou por me tirar uns sorrisos de vez em quando mas, é daqueles filmes que... como dizer? Sabem o filme "Airplane", 1980? Quando o vi, achei-o tão estúpido, mas tão estúpido, que não consegui esboçar nem um sorriso durante o seu visionamento. No entanto, no dia seguinte, no liceu, quando comecei a falar dele com a minha amiga Rita, o filme era muito mais giro falado do que visto. E rimos tanto e tivemos um ataque de riso tão grande 'a custa de algums cenas (ainda hoje, passado 18 anos, quando falamos disso nos escangalhamos a rir) que quase fomos expulsas da aula. Pronto, este filme é como esse e, nos dias que se seguiram, ainda nos fez rir :)

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Pelos vistos, 'a 6a e Sábado 'a noite é que o lugarejo anima e, de facto, tivémos muito mais animação nessas noite do que nas outras. Havia música ao vivo no bar do nosso hostel e um DJ no hotel do lado. Na rua principal (basicamente a única), vimos uma bateria de samba, que deixou toda a gente animada. A acompanhar a bateria de samba, havia também um grupo de malabares, que faziam truques com bolas e barras incendiadas. Um maluco qualquer que por lá andava, e que mais cedo tinhamos visto a beber e a fumar o seu charro para cima da conta, pelos vistos também sabia fazer destas coisas... mas só quando está sóbrio, diria eu. Ele ainda tentou fazer (com muito pouco sucesso, como podem ver no filme) mas depois alguém teve o bom senso de lhe tirar aquilo das mãos... estava a ver que o gajo ainda se imolava ou ainda mandava com uma daquelas bolas na pinha de alguém ou até na dele.




Esa foi a emoção da noite! Outras situações contribuiram para tornar esta viagem especial. A primeira foi que, quando chegámos a El Tunco, pouco depois percebemos que não havia Internet, muito embora os hotéis anunciassem free wireless e tal. OK, pensei eu, também não se pode esperar muito num lugar tão simples como este. Mas, depois, viemos também a perceber ue não havia telefones. Isto sim pareceu-me mais estranho.

Então o que é que aconteceu? Porque os cabos de Internet/Telefone são feitos de cobre e este é um metal que rende algum dinheiro, esta era já a segunda vez que, durante a noite, todos os cabos eram roubados e o vilarejo ficava sem ligações. Isto aconteceu 3 semanas antes de chegarmos e está para durar, pois a companhia responsável pelos cabos agora recusa-se a pôr outros, uma vez que se adivinha virem a ser roubados uma 3a vez caso o façam. Então, por forma a poder falar com o David, eu ia a uma vendazita que lá havia e pedia 'a senhora para usar o telemóvel dela. Ela depois cobrava-me o quanto eu gastasse. Até já era giro pois, quando me via, a senhora já punha o telefone no número do David, memorizado em vezes anteriores.

Porque o país é pobre e viveu uma violenta guerra civil por 12 anos(embora tenha já terminado há 18 anos), ainda se vive numa violência controlada. Está implícito que toda a gente, legal ou ilegalmente, tem armas. O nosso guia, quando mais 'a vontade connosco, revelou-nos onde guardava as armas dele, que armas tinha e que armas se encontravam por aí, no mercado mais ou menos negro. Coisas incríveis, como AK47. Também nos revelou sobre as suas amantes e casos, mas isso agora não interessa, ahahha. Então, era também frequente ver-se carros/camionetas que fornecem produtos, como coca-cola, batatas fritas, tabaco, serem todas escoltadas por 1 ou 2 homens com espingardas e sei lá que outras armas. Naturalmente, exibiam as armas e seguravam-nas descontraidamente enquanto palravam uns com os outros e o fornecedor tirava os produtos para os mercado. Infelizmente, não tenho nenhuma fotografia para ilustrar. Não sabia se fazê-lo me poderia trazer problemas, pelo que não arrisquei.

Uma outra situação bastante única, foi a ida ao hospital, devido a um ferimento do meu amigo. No fim, não foi nada sério e o braço não estava partido, mas serviu para vermos como as coisas se passavam num hospital. Ao que parece (porque só podiam entrar 2 pessoas e foi preferível o nosso guia ir com ele), o Bernardo foi super bem atendido e fizeram-lhe o raio-x e deram-lhe os medicamentos, tudo de graça. Enquanto fiquei cá fora, vi uma cadeira de rodas bastante caricata. Embora houvesse cadeiras normais também, esta encontrava-se em uso, tal como as outras, e vi-a até a levar uma velhinha até 'a porta:

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Antes de viajarmos para a costa Este do país (mapa= El Cuco), deixámos um dia para visitar um "pueblo" chamado Juayua (mapa= Sansonate), onde todos os fins de semana há um festival gastronómico (que acabou por não ficar registado porque me esqueci da máquina no carro), onde servem até coelho e, claro, as famosas pupusas, panqueca de milho ou arroz, com variados recheios. Chega-se lá pela famosa Routa Las Flores que, durante a Primavera, como o próprio nome indica, está cheia de flores, e que nos permite apreciar o parque dos vulcões Cerro Verde, ao longe, com os seus contornos cónicos.

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Para além do festival gastronómico, o principal motivo para visitarmos esta região foi uma caminhada pela floresta, que nos levaria até várias quedas de água e também a um balneário de água natural, Los Chorros de La Calera. Esta foi para mim das coisas que mais gostei de fazer durante esta viagem, pois o passeio teve a particularidade de caminharmos por dentro das cascatas e não só numa trilha para as vermos. Tivemos que descer encostas íngremes, com a água nas pernas e agarrados a uma corda. Adorei!!

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Nota: pouco depois de iniciarmos a caminhada, o nosso guia no passeio, Mário, disse-nos para esperarmos e desapareceu por entre a vegetação. Enquanto esperávamos, o nosso guia/motorista Ernesto confidenciou-nos que o Mário costumava fazer isto... talvez tivesse por aí uma plantação de Marijuana ou qualquer coisa do género, disse-nos ele. Entusiasmado, o Bernardo quis ir espreitar, mas o Ernesto só abanou a cabeça, pôs a mão a atravessar o pescoço, como se o cortasse, e disse: é melhor não! Como o Mário tinha uma catana, pelo sim pelo não, o Bernardo não foi, hehehe.

Passadas mais ou menos 3 horas de trilha, saímos da floresta. Porque é tão densa, não notámos que chovia. Seguimos para o festival gastronómico, de carro, e lá conseguimos achar uma mesinha por baixo de um toldo que nos abrigou do dilúvio e deliciámo-nos com um belo de um coelhito.

No dia seguinte, despedimo-nos de El Tunco e fomos para Las Flores, uma praia a 4 horas de distância que, pelos vistos, tem ondas extraordinárias para o surf... segundo eles, que eu disso não percebo nada. A paisagem, tal como já nos tínhamos habituado, era verdejante e volta e meia lá víamos mais vulcões:

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Como também já vinha sendo costume, a estrada estava repleta de transeuntes aqui e ali. Ele era cães, vacas e bois, pessoas, galos e galinhas. Podem não acreditar, mas vimos até pessoas sentadinhas, todas felizes, a falar umas com as outras, numa curva, sentados NA faixa de rodagem. Tivémos que ir para a faixa contrária (e aqui mais uma daqueles situações em que eu estava sempre a ver quando é que vinha um carro no sentido contrário) para os passarmos. Embora tenhamos visto vários cães mortos, de alguma maneira o sistema funciona e, tanto nos encontros imediatos do 3º grau com animais e pessoas, como nas ultrapassagens loucas, a coisa funcionou sempre e nunca vimos (ou sofremos) nenhum acidente.

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Chegados a Las Flores, deparámo-nos com uma praia isolada, rodeada de coqueiros. Se a areia fosse branquinha, podia ser daquelas praias que se vêem nas fotos das revistas de viagem. Eu achei a praia lindíssima, mesmo com a areia escura.

Para quem não quer gastar muito dinheiro em hotéis e não se importar de viver de forma bastante simples, existem 2 famílias que vivem mesmo na praia e que construiram anexos nas suas propriedades para alugarem os quartos aos muitos surfistas que vêm 'a procura daquele point break especial. O quarto custa $15, mas se quiserem algo mais luxuoso, é só ir para o Hotel ao lado, chamado "Las Flores, que é o mais luxuoso, e aí pagam 2400$ por semana. Há escolha para todos os gostos, mas o que é certo é que no fim acaba toda a gente na mesma praia, 'a procura da mesma onda.

Nós ficámos com a Família Campos e, pessoalmente, só tenho a dizer coisas boas. A família era simpatiquíssima. O quarto era simples mas limpo e tive a sorte de ficar com o único quarto que tinha janela. Assim, tinha o previlégio de, assim que acordava, ter o mar e a praia logo ali. Eu contei e eram exactamente 63 passos do meu quarto até 'a praia... mais perto, só se for dentro de água.

Havia mais 3 quartos, sendo que 2 destes estavam ocupados, quando chegámos, por 3 Australianos e 2 Americanos, todos surfistas, com quem fizemos logo amizade e com quem foi um prazer partilhar aquele espaço e aqueles dias. Tivemos sorte, pois eu e o Bernardo ocupámos os únicos 2 quartos livres e viemos a perceber, nos dias que se seguiram, que muitos eram aqueles que queriam ficar numa das famílias, mas que já não tinham espaço (como 2 Israelitas, que por lá apareceram uma noite a perguntar quando é que íamos embora, para eles se puderem mudar para lá).

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Família Campos

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Redes

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Côcos a germinar

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'A porta dos quartos, várias redes estavam penduradas, para mais umas quantas sessões de "dolce far niente". Embora eu fosse a única rapariga naquele grupo, tenho a dizer que os meus companheiros de guerra eram o máximo. Para além de super divertidos e simpáticos, eram também asseadinhos e mantiveram sempre o alpendre todo limpinho. Com a areia preta da praia, era fácil deixar aquilo todo sujo e patinhado. Mas, todos nós, passávamos os pezitos por água antes de subir para o alpendre e, volta e meia, lá pegávamos na vassoura. Quando eles sairam e chegaram outros tipos, no último dia que lá ficámos, sentimos logo uma diferença enorme.

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Para a nossa higiene, tínhamos um outro anexo, com uma torneira, um chuveiro e um sanita. Incrivelmente, a coisa funcionou sempre bem, tendo em conta que éramos 7 pessoas, e nunca ninguém teve que ficar em filas (tirando o facto de que um dos Australianos julgou que a parte da torneira era um urinol. Mas logo se esclareceu o equívoco :)). O único senão, era o autoclismo ser meio fraquinho. Quando eu via a porta da casa de banho fechada e a sanita tapada, desconfiava logo. Afinal, a porta ficava sempre aberta quando alguém saía e, como toda a gente sabe, nenhum gajo fecha a tampa da sanita... a menos que haja presente. Como os rapazes pediam sempre dose dupla de comida para o jantar, quando este cenário se me apresentava, eu recuava e dizia logo ao Bernardo: aposto que temos "double pollo" no WC :P

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A praia era bastante isolada e ali 'a volta não existia nada. Se não fosse a maré baixa, que nos permitia ir até 'as praias do lado, onde podíamos ir ao Hotel Miraflores usar a Internet wireless de graça e comer iogurte com granola, e ao pueblo El Cuco, de certeza que teríamos estado incomunicáveis ou sem ter um pequeno tão agradável, pois indo pela estrada era uma volta grande.

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Hotel Miraflores

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Não sei porquê, acordava sempre pelas 5:40 da manhã e várias vezes tive oportunidade de ver os pescadores sairem nos seus barcos, para depois voltarem ao fim do dia com o que seria o nosso jantar. Para comermos, pedíamos 'a família o que queríamos, a senhora cozinhava, e depois vinha-nos chamar ou trazia a comida até aos nossos quartos. Numa das noites veio uma menina, com os seus 6 anos, chamar-me. Perguntei-lhe como se chamava e ela, orgulhosamente, respondeu-me: Vanessa Marilu. Não percebo onde é que esta gente, tão simples, vai buscar nomes tão rebuscados.

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A variedade era pouca ou nenhuma, alternando entre frango/pollo frito com arroz ou peixe/pescado frito com arroz, para as refeições, e ovos com arroz e feijão, para pequeno-almoço e lanches. Era um crime fritarem aquele peixe tão fresquinho. De tanto insistirmos, um dia a senhora lá fez o peixinho grelhado, e foi uma delícia. Foi a refeição gourmet da nossa estadia por lá.
Tornámo-nos amigos de um dos pescadores, Chepe, que no último dia fez questão que tivéssemos "pescado", uma vez que gostávamos tanto, e lá nos trouxe um belo de um pargo e macarella.

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Ficávamos felicíssimos quando aparecia uma carrinha, com alguma coisa para se comer. De uma das vezes comprámos pães e bolos. A carrinha da fruta supostamente devia ter aparecido, mas nunca a vimos. Assim, numa das ocasiões, fomos até El Cuco, o pueblo, e comprei tomates e ananás. Felizmente, antes de irmos para Las Flores, alguém nos avisou em El Tunco que seria boa ideia passarmos por um super mercado antes de irmos para lá, e então não me queixei muito.

Pela manhã, os tons e as cores no céu eram espectaculares. Ao fim do dia também, mas nenhumas fotos bateram as do nascer do sol.

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Nascer do Sol

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Pôr do Sol

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Para apreciar a paisagem, era frequente eu sentar-me debaixo de um alpendre construído em frente 'a praia, a ler. Pelos vistos, 'a noite alguém também se divertiu por aquelas bandas... só não sei como é que a miúda voltou para casa, uma vez que os calções e o bikini ficaram por lá, heheheh.

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Como disse, estas férias foram mesmo daquelas em que não se faz nada. Durante 2 dias em que choveu sempre e, como as ondas também estavam más, ficámos todos debaixo do alpendre, a ler, a falar, a trocar livros uns com os outros, pois já não tínhamos mais nada para ler... e quando até mesmo os livros acabavam, olha, entretínhamo-nos a ver os 3 galos que por lá andavam, no terreiro da família, a disputarem as galinhas. Havia para lá também um perú, mas esse não se metia em nenhuma cowboyada :)

Se estas férias tivessem sido na Costa Rica, eu diria "Pura Vida", como eles repetem frequentemente. Mas, em El Salvador, a expressão para tudo fixe e cool é "Simon", vá-se lá perceber porquê. "Simon" seja.

Quando perguntei a uma amigo meu, que já tinha ido a El Salvador, o que ver por lá, ele basicamente respondeu-me "sugiro a Guatemala para paisagens e caminhadas (lagos e vulcões, muito bom!), se preferes praia e mergulho então deves ir ao Belize, e/ou a península de Iucatão para ver as pirâmides (quer no México, Belize e Guatemala"... como quem diz "vai mas é visitar outros países". Mais um pouco e mandava-me para a Islândia ver icebergs, ahaha.

Pessoalmente, acho que El Salvador tem bastante potencial e, não me arrependo nada de não ter ido visitar os países vizinhos nesta viagem. Os dias passados por lá foram inesquecíveis :)

Simon!!!