1.27.2012
Promoção - Cajú
A Favita foi promovida a Cajú.
Se 'as 9 semanas e 4 dias tinha 2.35cm, 'as 11 semanas, quando voltámos a ver o rebento (2a feira passada), surpreendeu-nos com 4.15cm. Está tão giro/a!
Colaborou, e deixou medir-se para o despiste do síndrome de Down sem dificuldade. Toca a torcer para que, para a semana, juntamente com as análises ao meu sangue, os resultados mostrem que está tudo bem.
Desta vez, para além de ouvirmos o coraçãozito a bater, também o vimos... literalmente, a bombar.
De perninhas cruzadas e bracinhos no ar, esta coisinha deixou-nos de novo embevecidos :)
1.24.2012
E é tão bom acordar assim
O David teve que viajar. Asim, hoje, 'as 5 da manhã já estava acordado, para chegar a tempo ao aeroporto.
Fiquei na cama, meio estremunhada, acabando por adormecer amiúde, enquanto o ouvia nas suas andanças.
Antes de sair, veio até 'a cama. Fez-me festinhas no cabelo, beijou-me e despediu-se. Depois, suavemente, ergueu o edredon, subiu a minha blusa e aproximou-se da minha barriga. Beijou-a também e, muito pertinho, sussurrou:
- Te amo bebé! É o papai filhote!
E, perante aquilo, voltei a dormir com um sorriso, com o coração tão quentinho, como se o David ainda ali estivesse para eu me aninhar.
Quem sai aos seus...
Feito/a em Las Vegas, vai nascer em Nova Iorque.
Filho/a de mãe Portuguesa e pai Brasileiro, assim que se descobriu sobre a sua existência, eis que foi para Timor e para a Gâmbia que desde logo se espalhou a notícia, já com um pé em vários continentes e sobre diferentes oceanos. Das pessoas fisicamente próximas, eis que a revelação foi feita a uma Grega.
Se no dia 13 de Dezembro se descobriu a grande notícia, no dia 14 eis que o/a petiz se estreava num dos palcos mais famosos mundialmente, o Carnegie Hall.
Já habituado/a 'a vida de estrela, seguiu depois para Portugal, com passagem por Londres, para depois ir descansar até 'as praias da Jamaica.
Possivelmente, em breve irá até ao Brasil.
Cheira-me que a Favita vai ser um/a cidadão/ã do mundo.
1.22.2012
A Descoberta
Embora já com um atraso de 7 dias, o facto de ter obtido um teste de gravidez negativo no hospital na semana anterior (por causa da zona), seguido de uma visita à ginecologista uns dias depois (para o que foi só uma visita de rotina), a falta da menstruação não me fez suspeitar que pudesse estar grávida. Para além do mais, já há dias que andava com aquela sensação de que o período me ia aparecer: pequenas cólicas, algum mau estar, dores nos peitos. O normal.
Contudo, não sei porquê, naquela 3a feira de manhã, 13 de Dezembro de 2011, verificada mais uma vez a ausência de qualquer sinal de sangue, deu-me para fazer um teste de gravidez.
Até então, ocasiões em que só um dia de atraso já nos deixava ansiosos e nos levava a fazer um teste, foi sempre ponto assente que o faríamos juntos. Houve até uma vez que o fizemos pelo Skype, de tão importante que era descobrirmos a possível boa nova juntos. Convencidíssima que estava de que ia dar negativo, nessa manhã nem sequer esperei que o David acordasse e o presenciasse comigo. Foi mesmo só por um descargo de consciência.
Qual não é o meu espanto quando, pela primeira vez em toda a minha vida, aquele tracinho a mais apareceu, quase que de imediato, ‘a medida que o líquido percorria os visores do teste.
Penso que fiquei uns segundos a olhar para aquilo.
Como boa cientista que sou, tentei conciliar toda a informação que possuía: estou grávida? mas, espera, não pode ser! mas… pois, a legenda está certa… um mais aqui quer dizer que sim, que estou grávida. Então e o teste negativo? E a ginecologista, é cegueta? C’um caneco… estou grávida!!
E foi num misto de incredulidade e felicidade que ali fiquei, sentada na sanita mais não sei quanto tempo, com o coração a bater e os pensamentos a mil.
Lembro-me de imediatamente querer proteger aquela vida tão frágil.
E dirigi os meus pensamentos para os meu queridos Avós, para que, lá de cima, como até agora têm feito comigo, protejam agora esta nova geração e a amparem de forma segura, como seguro foi sempre o abraço com que me envolveram.
Com a minha Avó-madrinha, 1978
Com o meu Avô, 1979
E dirigi o meu pensamento ‘a Dani, “mãe” de tantos afilhados, cuja vida lhe negou um filho. E entreguei-lhe, ‘a Dani, o meu, para que seja a sua Dinda trans-terrena, iluminando e amparando esta ervilhita com o seu Sorriso e carinho.
Depois… já nem sei. Caiu-me em cima um peso pesado. Soube, com uma violência incontornável, que este peso nunca mais sairá das minhas costas. Não tanto relacionado com o conseguir sempre dar-lhe roupa, comida, um tecto, uma cama quentinha e segura (se bem que, confesso, uma das primeiras dúvidas parvas que tive ainda naquele momento também foi: como vou saber que carrinho de bebé comprar?). Embora tudo isto esteja presente, este peso refere-se a algo bem mais profundo.
Criar, educar, incutir valores a uma matéria prima tão valiosa. Moldar a sua personalidade e o seu carácter para que se torne um ser humano com H grande, correcto, respeitador, honrado. O medo, o receio, a ansiedade, a dúvida, a esperança. Basicamente, aquilo que é ser Mãe. Como percebo agora!
Quando dei por mim estava a acordar o David. Tentei fazê-lo de forma gentil, mas o David acordou sobressaltado, talvez detectando a agitação na minha voz.
- Que se passa querida? Está tudo bem? – estremunhado.
- Amor…
- Que foi querida? Que se passa? – agora já com os olhos bem abertos e apreensivos perante a minha expressão.
- Amor... estou grávida!!
E quando, pela primeira vez, verbalizei e ouvi em voz alta aquela afirmação, a emoção tomou conta de mim. De nós.
E chorei, enquanto o David me abraçava com um risinho nervoso.
- Um bebé, amor? Vamos ter um bebé?!? – sabendo perfeitamente o que naquele momento passava pela cabeça e pelo coração do David, não fosse eu estar ainda sob o efeito desse mesmo sentimento.
E ficámos ali, abraçados, a celebrar... numa turbulência de emoções.
1.21.2012
Madmen
1.16.2012
O Segredo Mais Curto do Mundo
Ele há coisas incríveis!!
A Sarita, como já devem saber, é uma amicíssima issíma issíma do coração, tendo sido minha madrinha de casamento em 2008, altura em que estive com ela pela última vez (até Dezembro passado, quando carinhosamente apareceu no aeroporto para me dar um beijinho. Obrigada Sarita. Gostei taaaanto!).
Desde então, mudou-se de Londres para a Gambia, em África, e os nossos caminhos tornaram-se ainda mais divergentes, comigo do outro lado do Atlântico. Pese embora a distância, o contacto obviamente que se mantém sempre, mesmo que por vezes de forma espaçada. Mas, quando falamos, é como se tivesse sido ontem.
Quando decidimos engravidar, decidimos também que esta nova fase seria só nossa. Não partilhámos com familiares nem com amigos, para não criar ansiedades. Quando fosse, seria... e aí, sim, surpreenderíamos toda a gente já com uma boa notícia e não só com um plano.
Ora, após tomada a decisão de engravidarmos, no dia em que fui ‘a ginecologista para iniciar os exames, já se teriam passado sensivelmente umas 4 ou 5 semanas que não “falava” com a Sara, seja por telefone, Skype ou email.
Chegada ao laboratório, abro o meu computador, liga-se o Skype e eis que, do nada, a Sara me interpela nesse programa:
- Inês, estás grávida?
Nem “olá, há quanto tempo!”, “como estás?”, “bom-dia!”... nada. Sem mais nem para quê, aquela pergunta a piscar assertivamente no meu monitor.
- Não, porquê?
- Inês, tive um sonho tão, mas tão real!!! Eu estava contigo e estávamos 'a beira d'água e tu estava grávida e ias ter uma menina. E foi tão real que tive que te perguntar!
Perante tamanha premonição, obviamente que os meus planos de surpresa e sigilo foram por água abaixo logo ali. Afinal, mesmo a km de distância, a Sarita já sabia... e até parecia saber mais que eu. Como poderia não lhe dizer nada? Óbvio que partilhei logo com ela os nossos planos e o inédito daquele contacto, com aquela pergunta, justo naquela altura.
Como referi no post anterior, pese embora seja cientista e bastante racional, acredito em energias e bem querenças que nos ultrapassam, a nós, terrenos. Por isso, acredito também, sinceramente, que vá ser, de facto, uma menina. Se estas coisas acontecem, têm que ter uma razão de ser. Ou, pelo menos, conforta-me pensar assim, que este projeto de vida está, desde o início, já envolvido numa teia de bons sentimentos e de pressentimentos bonitos.
Só saberemos no fim da gravidez quando, se correr tudo como planeado, a criancinha escorregar cá para fora e se revelar. Até lá, fica o mistério. Aceitam-se apostas, hehehe.
Sabem, nós gostamos de surpresas! :)
Se tal for o caso, a madrinha não poderá ser outra se não a Sarita, como de imediato sugeriu o David, quando, incrédulo, soube do sucedido.
1.15.2012
O Dilema
OK. Estamos "grávidos". Tornamos este facto público ou não (leia-se, escrevo sobre isso no Blog ou não)?
De uma maneira geral, noto que as pessoas não gostam de tornar pública uma gravidez, a menos que esta já esteja num estado bastante avançado e concreto. Até podem ir contando aos mais próximos, mas raramente a expõem num email generalizado ou num blog, como o fiz ontem. Esta é, pelo menos, a minha experiência.
Se não, veja-se: perante o email que enviei aos meus a anunciar/oficializar a nossa gravidez, de imediato recebi logo 4 resposta, de 4 amigas, todas elas revelando que também estavam grávidas (bem mais que eu) mas que, até então, acharam por bem ainda não dizer.
Percebo os receios que envolvem uma gravidez, então agora melhor que ninguém: será que está tudo bem? será que vai correr bem até ao fim? será que o bebé é perfeito? será que está isento de qualquer má formação genética? será? será? Existem, de facto, muitos receios e preocupações.
E sei que "embora não acredite em bruxas, que as há... há" ou seja, percebo também que queiramos proteger algo tão especial e único de más energias ou virações negativas, que possam advir de invejas, maus olhados, más querenças, mal entendidos... o que lhes quisermos chamar. O que é certo é que estas coisas existem e que é sempre um risco quando nos expomos, seja de que maneira fôr.
Contudo, esta gravidez já é, embora tão pequenina e tão no início, a maior e mais emocionante aventura das nossas vidas. Se nestes mais de 8 anos de Casaco Amarelo, usei o blog para falar, desabafar, estrapolar ou dissertar sobre o que me vai na alma, o que sinto, o que penso, por que peripécias passo, não vejo como poderia ser honesta comigo mesma e com a minha maneira de ser (já para não falar para com aqueles que me leêm, mesmo que sejam só uma mão cheia), se omitisse algo tão, mas tão importante.
O exercício da escrita e o prazer que este me dá seriam, desde logo, amputados. Para além disso, tenho para mim que, se é bom ter os nossos e aqueles que nos querem bem 'a nossa volta e envolvidos com o que nos faz feliz e nos faz sorrir, também é um facto que, quando as coisas correm mal (o que espero piamente que não aconteça neste caso, mas sei ser uma probabilidade como outra qualquer), é também fundamental estar rodeado de todo esse bem querer e poder contar com esse apoio.
Se as coisas são boas, são-no muito mais quando partilhadas.
Se as coisas são más, são-no muito menos quando patilhadas.
Daí a decisão de partilhar, desde cedo, a nossa Favita (já não mais uma ervilha, dado que está agora com 2.35cm). Nunca poderá ser mau escrever para aqueles que, até hoje, me receberam sempre com tanto carinho por aqui.
Assim, prossigamos. Cheira-me até que este tema fará mais sucesso do que os posts sobre sexo. A audiência feminina já se começou a manifestar :)
1.14.2012
Não há 2 sem 3
Eis a 3a prova!
Confirma-se, mais uma vez, que:
- "What happens in Vegas DOES NOT stay in Vegas".
Em 2012 vou, literalmente, ser grande :)
Bom 2012!
Decidimos há 2 anos que, embora o Natal fosse passado com a família, o fim de ano seria passado num local quente, para fugirmos 'a neve e ao frio que se fazem sentir aqui por terras Americanas.
É certo que este ano o Inverno está a ser atípico e o frio que se sente nem é digno de ser chamado disso, comparado com o que seria normalmente. Neve, nem vê-la. Mas, nem por isso mudámos de ideia.
Se o ano passado fomos para o México, este ano lá fomos nós para a Jamaica (o frio é mais uma desculpa para viajarmos, heheh).
O fim de ano, como tudo o que é Jamaicano, foi muito lento, calmo, relaxado, no genuíno espírito da paz e amor, "respect yaman!"... tásse bem.
A praia, toda ela iluminada amiúde por fogueiras, encheu-se de pessoas. Por todo o lado se ouvia reggae. A lua iluminava toda a praia e o céu estrelado, céu este que ficou ainda mais iluminado por todos os balõezinhos de ar quente que as pessoas lançavam ao ar, levando com eles todos os bons desejos para 2012.
E assim passámos a nossa meia noite (nossa, no nosso relógio, porque, claro está que na Jamaica não há contagem decrescente. Este pessoal não tem pressa para nada. Se não fôr 'a meia-noite, é 'a meia-noite e cinco. Não faz mal. Chegámos lá todos e sim. Relaaaaaaaaax!!). Com os pézinhos na água quentinha do mar, de mãos dadas, a olhar para o céu e a acarinhar todos os nossos desejos e anseios, para nós e para os nossos, lembrando os ausentes, os presentes e os que hão-de vir (como dizia o meu saudoso Avô).
Feliz 2012 para todos!
É certo que este ano o Inverno está a ser atípico e o frio que se sente nem é digno de ser chamado disso, comparado com o que seria normalmente. Neve, nem vê-la. Mas, nem por isso mudámos de ideia.
Se o ano passado fomos para o México, este ano lá fomos nós para a Jamaica (o frio é mais uma desculpa para viajarmos, heheh).
O fim de ano, como tudo o que é Jamaicano, foi muito lento, calmo, relaxado, no genuíno espírito da paz e amor, "respect yaman!"... tásse bem.
A praia, toda ela iluminada amiúde por fogueiras, encheu-se de pessoas. Por todo o lado se ouvia reggae. A lua iluminava toda a praia e o céu estrelado, céu este que ficou ainda mais iluminado por todos os balõezinhos de ar quente que as pessoas lançavam ao ar, levando com eles todos os bons desejos para 2012.
E assim passámos a nossa meia noite (nossa, no nosso relógio, porque, claro está que na Jamaica não há contagem decrescente. Este pessoal não tem pressa para nada. Se não fôr 'a meia-noite, é 'a meia-noite e cinco. Não faz mal. Chegámos lá todos e sim. Relaaaaaaaaax!!). Com os pézinhos na água quentinha do mar, de mãos dadas, a olhar para o céu e a acarinhar todos os nossos desejos e anseios, para nós e para os nossos, lembrando os ausentes, os presentes e os que hão-de vir (como dizia o meu saudoso Avô).
Feliz 2012 para todos!
Aos leitores queridos
Bem sei que este estaminé tem andado muito parado e quase se ouvem as moscas, de tão silencioso que isto está. Contudo, também é verdade que, pese embora escrever seja muito giro, falar de tricas e licas seja muito engraçado, quando o mesmo tipo de silêncio se faz sentir na caixa dos comentários, essa sim até já com bolôr e teias de aranha, 'as vezes a motivação para continuar a escrever fica um pouco dormente.
É claro que escrevo para mim e por mim, mas os comentários são uma recompensa que sabe bem. A razão de todo este silêncio também se prende com a época festiva e até com a minha própria falta de disposição, ultimamente, para aqui vir... geralmente porque sei que já acumulei tanta coisa que quero dizer, que começo a procrastinar.
Ora, volta e meia, maioritariamente quando vou a Portugal, há situações que me fazem espevitar e ficar outra vez cheia de vontade de escrever e de contar coisas pois, afinal, há quem me leia, há quem goste e quem esteja 'a espera das novidades. Claro que eu sei disso, e alguns até mo dizem em privado, por email.
Mas 'as vezes sabe bem este feedback, esta confirmação... sou uma mimalha! :)
Em Agosto, no campismo em Sto. André, encontrei-me com os nossos companheiros e amigos, Luísa e Ze António, que já não via há séculos mas, que assim que me viram, exclamaram logo: olh'ó Casaco Amarelo!!! A gente está sempre a seguir-te e fartamos-nos de rir com as tuas peripécias. E quando aconteceu isto? E quando aconteceu aquilo? ... e mais parece que sabem mais sobre mim do que eu mesma, que esqueço coisas que digo.
A última situação foi agora em Dezembro, na casa de um casal amigo em que, a mãe dele, que eu nunca tinha conhecido pessoalmente (mas que já sabia ser fã do Blog), me viu, veio disparada ter comigo com um sorriso escancarado, me abraçou, espetou-me 2 beijos na cara e, com genuíno entusiasmo, me confessou: oh Inês, que bom conhecer-te finalmente. É como se já conhecesse, porque vou ao "Casaco" todos os dias! Gosto tanto da maneira como escreves. Escreves tão bem!! Nunca pares de escrever, ah?! 'As vezes até sei mais coisas sobre ti do que o meu filho e andamos sempre a ver quem sabe das coisas primeiro!! E olha, até vim com a echarpe amarela, porque sabia que ias estar cá!
Foi tamanha a demonstração de carinho que não resisti a responder de imediato: Adelaide, vamos já tirar uma fotografia as duas e terá um post dedicado a si e a quem me aquece assim o coração para continuar a escrever.
Como o prometido é devido, aqui seguem as fotos com a Adelaide (notem que a echarpe está lá!!) e com os meus queridos Luísa e Zé António, que na altura, efusivamente, também insistiram em tirar uma fotografia para registar o momento.
Obrigada a vocês... e 'aqueles mais silenciosos também. Eu sei que estão aí :)
PS - Vamos ver quem comenta primeiro, se a Adelaide se o filho. Aposto que vão competir, hehehe.
É claro que escrevo para mim e por mim, mas os comentários são uma recompensa que sabe bem. A razão de todo este silêncio também se prende com a época festiva e até com a minha própria falta de disposição, ultimamente, para aqui vir... geralmente porque sei que já acumulei tanta coisa que quero dizer, que começo a procrastinar.
Ora, volta e meia, maioritariamente quando vou a Portugal, há situações que me fazem espevitar e ficar outra vez cheia de vontade de escrever e de contar coisas pois, afinal, há quem me leia, há quem goste e quem esteja 'a espera das novidades. Claro que eu sei disso, e alguns até mo dizem em privado, por email.
Mas 'as vezes sabe bem este feedback, esta confirmação... sou uma mimalha! :)
Em Agosto, no campismo em Sto. André, encontrei-me com os nossos companheiros e amigos, Luísa e Ze António, que já não via há séculos mas, que assim que me viram, exclamaram logo: olh'ó Casaco Amarelo!!! A gente está sempre a seguir-te e fartamos-nos de rir com as tuas peripécias. E quando aconteceu isto? E quando aconteceu aquilo? ... e mais parece que sabem mais sobre mim do que eu mesma, que esqueço coisas que digo.
A última situação foi agora em Dezembro, na casa de um casal amigo em que, a mãe dele, que eu nunca tinha conhecido pessoalmente (mas que já sabia ser fã do Blog), me viu, veio disparada ter comigo com um sorriso escancarado, me abraçou, espetou-me 2 beijos na cara e, com genuíno entusiasmo, me confessou: oh Inês, que bom conhecer-te finalmente. É como se já conhecesse, porque vou ao "Casaco" todos os dias! Gosto tanto da maneira como escreves. Escreves tão bem!! Nunca pares de escrever, ah?! 'As vezes até sei mais coisas sobre ti do que o meu filho e andamos sempre a ver quem sabe das coisas primeiro!! E olha, até vim com a echarpe amarela, porque sabia que ias estar cá!
Foi tamanha a demonstração de carinho que não resisti a responder de imediato: Adelaide, vamos já tirar uma fotografia as duas e terá um post dedicado a si e a quem me aquece assim o coração para continuar a escrever.
Como o prometido é devido, aqui seguem as fotos com a Adelaide (notem que a echarpe está lá!!) e com os meus queridos Luísa e Zé António, que na altura, efusivamente, também insistiram em tirar uma fotografia para registar o momento.
Obrigada a vocês... e 'aqueles mais silenciosos também. Eu sei que estão aí :)
PS - Vamos ver quem comenta primeiro, se a Adelaide se o filho. Aposto que vão competir, hehehe.
1.13.2012
Carnegie Hall
Cantar no Carnegie Hall foi, sem dúvida, uma experiência única.
Se é já de si emocionante estar naquela sala, tão carismática, vazia, a ensaiar com a orquestra, ainda mais emocionante foi quando, perante uma plateia quase cheia, a tão famosa acústica se revelou. Fiquei com a voz embargada ao som dos primeiros acordes e quase não consegui proferir as primeiras palavras.
Foi uma emoção!
O estar num grupo tão grande não me deixou ficar nervosa e correu tudo muito bem.
Foi giro estar de frente para toda aquela gente e conseguir ver os amigos e familiares que até lá se deslocaram para "me" ouvir. Aprendi que não se pode acenar do palco, mesmo que seja intervalo. Assim, sempre que me faziam sinais, eu coçava o nariz ou mexia na orelha e aquilo virou, literalmente, uma conversa de surdos-mudos... o que é irónico, tendo em conta que se está no Carnegie Hall, onde o que impera é o som.
Pelos vistos aconteceu algo inédito que foi, entre uma peça e outra, o nosso maestro ter saído e nunca mais voltar. No início sentiu-se uma certa agitação na plateia, depois a agitação já era no côro, com toda a gente sem saber o que se passava. Disto passou-se a risos, aplausos espontâneos, mais um pouco de silêncio... e nada do maestro voltar.
Quando finalmente apareceu, veio seguido da solista, toda ela espartilhada num vestido muito justo. Claro que de imediato pensámos que tinha ficado este tempo todo a tentar apertar o vestido mas, viemos a saber mais tarde que, foi tudo culpa da burocracia: o nosso maestro pediu ao guarda da porta que chamassesm a solista, ao que este respondeu que ele não tinha essa função. Pediu-se depois a um outro guarda, desta feita nas escadas, que também respondeu não ter autoridade para isso. E, até se encontrar a alminha que podia ir bater 'a porta da senhorita, esteve-se naquele impasse. Como vêem, burocracia não é só em Portugal :)
Bom, bom mesmo, foi, no final, quando saí, ter todos aqueles abraços e sorrisos amigos 'a minha espera, felicitando-me e a dar-me os parabéns. Foi giro ver o orgulho do David a dizer "é a minha mulher!" :)
Seguida de um jantar com todos eles, aquela noite foi perfeita.
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