1.06.2010

Enjoadinha



Sou uma enjoadinha e não há volta a dar-lhe. Não que seja snob, esquisitinha, nojentinha mas, literalmente, uma enjoada. Sou, até 'a data, a pessoa que mais enjoa que conheço.

Para além de enjoar em situações comuns, como sejam com certos cheiros, a andar de barco ou dentro de um carro numa estrada cheia de curvas (tipo estradas como as que vão para a Régua ou para Chaves... ai que tortura!!), eis que também enjôo em situações menos comuns... e parece-me que, com a idade, a coisa só tende a piorar.

Há tempos dei por mim quase a vomitar ao microscópio. Eram as amostras a passar-me 'a frente dos olhos e o meu estômago a revirar-se com o movimento.

Também me meti uma vez num simulador, jurei para nunca mais. Saí de lá mais verde que uma tartaruga!

Numa outra ocasião, fui visitar o meu melhor amigo ao Luxemburgo e aproveitámos para ir a uma feira tradicional da cidade. Ao ver um dos carrocéis, decidimos andar. Quando já em pleno andamento, roda para aqui roda para ali, eis que o meu estômago se decide virar ao contrário mesmo ali e, sem dó nem piedade, borrifou toda a gente. O que vale é que com o "barulho" das luzes ninguém conseguiu perceber de onde vinha aquilo... aposto que se soubessem, nunca mais me deixavam pôr os pés o Luxemburgo.

Este ano, enquanto andava a fazer snorkeling na Isla Tortuga, com os peixinhos, tão coloridos e bonitinhos 'a minha volta, tudo tão girinho e engraçadinho, também me começou a dar o amoc por causa do balançar da flutuação quee lá mandei eu o respirador para o galheiro. No regresso da ilha, ao chegarmos 'a praia, o barco também andou para ali aos safanões e, mais uma vez, lá fui eu dar comida aos peixinhos. O curioso da situação é que aquilo saiu verde fluorescente. "Verde fluorescente?! Mas o que é que eu comi com esta côr??" pensava eu enquanto continuava na faina mas, depois é que percebi: amarelo com o azul dá verde. Se chegarem alguma vez 'a parte em que já só sai bílis e por acaso estão em águas paradisíacas, podem sempre entreter-se a fazer esta experiência para ver se o tempo passa mais rápido.

A última sessão foi agora no vôo para Portugal. Imaginem, um vôo suave, suave, sem turbulência, calmo, clamo, tudo tranquilo. E aqui a Je, agarradinha ao saco de papel, não uma, não duas, não três mas... cinco, leram bem, cinco vezes. Aposto que a pessoa sentada ao meu lado julgou que eu andava metida nas drogas ou qualquer coisa do género. As hospedeiras já estavam a ver que não tinham sacos suficientes. Pelo sim, pelo não, quando saí do avião, ainda me deram mais uns quantos sacos plásticos, não fosse o festival continuar.

Lindo, não é?

4 comments:

Susie said...

Como te entendo!
O truque da viagem para a Régua é irmos nós a conduzir :)
Em relação ao avião resolvi experimentar um método novo, no aeroporto de Milão comprei, ou melhor o Carlo comprou, (é ele q tem q me segurar na cabeça :) uma pulseira de anti-enjoo (faz pressão num determinado ponto), durante essa viagem correu tudo bem, mas também o tempo de voo eram só duas horas.
Mas n te preocupes, vou utiliza-la nas próximas viagem e depois digo-te alguma coisa. (www.decathlon.pt/PT/pulseira-anti-enjoo-6830769/)

Qdo vim de NY nem imaginas qtos saquinhos gastei.

Bjocas

Anonymous said...

Eu tb sou assim...(quase) ninguém nos compreende...
tenho esperança que um dia passe...

bjs,

Leena

Jerusa said...

Talvez passe o dia que estiveres grávida.

Comentário do Marco: Qd viajarmos no mesmo aviao vamos tratar de ir em filas diferentes, hehehehehe!

Bjinhos

Je

Ana Nascimento said...

olha, eu cá enjoo a andar de baloiço, assim devagarinho, qdo estamos so a abanicar um bocadinho.. enjoo de carro, CLARO, e tb ja me vomitei toda duas vezes num avião, que tremia menos que um carro.. desde entao, nao ponho os pés em qualquer avião sem o meu vomidrine no bucho, e lá vou eu, mocada, mas sem enjoar :) ah, claro que o cruzeiro a tenerife foi um festival: 7 dias enjoada, sem vomitar. so a dormir é que me aguentava!