7.08.2010

Doar Sangue



Hoje de manhã, enquanto pedalava para o trabalho, reparei no enorme camião estacionado do lado esquerdo: uma estação móvel para doação de sague. Parei imediatamente. Em Portugal era dadora assídua mas, aqui no EUA, embora já tenha tentado doar sangue antes (em 2004), não o consegui fazer. Isto porque, ao ser Europeia, estou sob a moratória relativa 'as vacas loucas e, na altura, qualquer cidadão que preenchesse o requisito "Europeu" ficava automaticamente excluído.

Será que hoje consigo?

Entrei esperançosa, preenchi o questinário, entrei no espaço destinado 'a medição de sinais vitais mas, assim que percebeu que eu era Europeia, o técnico franziu a testa. Hmmm, exclamou. Já sei... Europeia, vacas loucas, disse eu. Pois, respondeu, mas deixe-me verificar com a minha chefe. Acho que ele percebeu que eu queria mesmo dar sangue. Acho que toda a gente o devia fazer, para ajudar. Nunca poderá ser uma acção em vão!

Infelizmente, mais uma vez a resposta foi não.

Isto é tão incoerente, desabafei. Em Portugal dou sangue, sou portadora do cartão de dadora e, se um Americano precisar de sangue por aquelas bandas, quiçá, ainda leva com o meu... e aqui, com tanta falta de sangue que há, recusam-no! E' um risco que temos que correr lá... mas não há como detectar exposição 'a doença das vacas loucas, explicou-me o técnico.

Eu até compreendo, mas que é frustrante, é! Uma pessoa aqui, cheia de boa vontade, com o bracinho esticadinho, mortinha por ter a seringa espetada no braço e fazer a boa acção do dia e, pimba... népias!

E lá saí eu, com o 400ml de sangue ainda dentro de mim... humpf!

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