7.19.2010

Os Deuses Devem Estar Loucos



Há dias, já não sei porquê, lembrei-me da revolução que foi quando os meus pais compraram um vídeo lá para casa.

Ainda miúda, aquilo era das coisas mais fantásticas que já tinha visto e abria um infidável leque de opções, desde programar o aparelho para gravar desenhos animados ou programas que não conseguia ver (note-se que eu devia ter menos de 10 anos) ou até mesmo gravar filmes enquanto estes estavam a ser emitidos, com a vantagem de que se podia parar nos intervalos e só carregar no REC quando estes recomeçavam. Era um feito quando conseguíamos fazer esta transição sem que depois, mais tarde, ao vermos o filme, se notasse o corte. Ai, a tecnologia!!!

Das muitas histórias associadas ao vídeo, a mais memorável foi aquele fim de semana em que eu e a minha irmã ficámos em casa, a ver os "bonecos", e os meus pais foram ao mercado. Quando voltaram, traziam-nos uma surpresa: a coisa mais espectacular tinha acontecido.

Tchanam nam nam?!??!

Os meus pais tinham-se tornado sócios do vídeo clube da cidade (mais uma porta maravilhosa que se tinha aberto... a emoção que era quando chegávamos ao clube, corríamos para aquela capa do filme que queríamos ver e estava lá o papelinho mágico, que anunciava que estava disponível para alugar) e, para estreia, trouxeram o primeiro filme dos muitos que fomos lá buscar.

A abrir a sessão de cinema, começaram com o que ainda hoje considero dos filmes mais cómicos (e ao mesmo tempo inteligentes) de sempre: Os Deuses devem estar Loucos!!

Nós rimos mesmo muito ao ver o filme e desde então que nunca mais olhámos para uma garrafa de Coca-Cola da mesma maneira. Até hoje lembro o exacto momento em que, de trás das costas, a minha mãe revelou a cassete mágica, dentro do plático amarelo, que se tornou tão familiar.

Ao ter-me lembrado do filme, não resisti a querer revê-lo, e por estes dias, eu e o David temos rebolado a rir com as aventuras do Xi. Até agora, o segundo filme foi o melhor. Vamos ver como se saem o 3 e o 4.

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