3.13.2007

Ah, Carago!!

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" 'indá mulheres do nuorte cumo debe sere"!
Puuuuuuooorto!!!

Foto gentilmente cedida por esse grande Portista! :)

3.09.2007

Uma pessoa vai para uma coisa... e sai-lhe outra

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Pior do que ter dinheiro, os meus cartões de crédito e carta de condução roubados foi mesmo a renovação desta última.

A confusão começou logo quando a agente que tomou conta da ocorrência me disse que, mediante a apresentação do relatório policial, poderia requisitar uma nova licença gratuitamente.

Depois de bastantes telefonemas para a esquadra e mais um e-mail ao caramelo do Sargento, ou lá o que é que ele é, que nunca se encontrava no gabinete, lá consegui o dito documento.

Verifiquei online que outros requisitos eram necessários para a renovação da carta e, de passaporte e cartão de segurança social em riste, lá telefonei eu ao David para que, no fim do dia, me viesse buscar ao laboratório para irmos ‘a DMV.

- Quando eu chegar do emprego? – lamuriou-se o David – mas eu estou cheio de fome!
- É rapidinho, prometo. Só tenho que entregar estes papéis e já está!
- Será!? E’ rapidinho mesmo?
- Rapidinho! Prometo.

Mais valia estar calada. Juro que me lembrei desta cena **, em Nova Iorque. (ver no fim)

Chegados ‘a repartição, estacionámos o carro, saímos, entrámos, subimos as escadas rolantes e ficámos na fila.

- A minha carta de condução foi roubada e venho requerer uma segunda via.
- OK. Preencha este formulário. São $20.
- Tenho aqui o relatório da polícia que confirma o roubo. Fui informada de que não teria que pagar nada nestas circunstâncias.
- Sério? Foi mal informada. Tem que pagar $20.

Desprevenida para esta situação, não tinha qualquer dinheiro.

- David, tens dinheiro?
- Comigo não, deixei tudo no carro... não era um coisa rápida?
- Eeerr... afinal tenho que pagar. Temos que ir até ao carro.

Descemos as escadas rolantes, saímos, fomos até ao carro, tirámos o cartão de crédito do David, voltámos, entrámos, subimos as escadas rolantes e lá estávamos nós de novo na fila.

- Ai, estou com tanta fome – queixava-se o David.
- Já já vamos embora. E’ só pagar e já está – tentava eu tranquilizá-lo enquanto lhe afagava o cabelo.
- Aqui está – disse eu, estendendo o cartão de crédito para a funcionária.
- Ah, lamento mas não aceitamos ESSE cartão de crédito (de todos tenho logo o da marca que nãoa ceitam... humpf).
- Quê?!?! – e nesta altura o David olhou para os céus como quem diz “mas não ia ser rápido?”
- Tem que ser em dinheiro! - virei-me eu para o David - tens algum? Eu não tenho mesmo nada.
- Tenho... mas está no carro.

E vai de novo: descemos as escadas rolantes, desta vez a arrastar um David mais lento e desanimado e uma Inês algo frustrada, saímos, fomos até ao carro, o David deu-me a nota de $20, voltámos... espera, voltei, porque aqui o David já tinha decidido que não ia gastar as poucas energias que lhe faltavam a andar para cima e para baixo. Ficou no carro.

Então, voltei, entrei, subi as escadas rolantes e, pela terceira vez, fiquei na fila... e entretanto já se tinha passado mais de meia hora e não apenas 5 minutinhos, como eu esperava.

- 20$, aqui está – disse eu já sem paciência nenhuma, estendendo-lhe a nota.
- Ah, lamento mas não aceitamos dinheiro.
- Lamenta o caraças (pensei eu). Mas então não aceitam nada?!?!
- Está aqui escrito – apontou com desdém e sem sequer olhar a funcionária para um letreiro amarelado.
- Está a gozar comigo não está?

Ao ver-me tão desesperada disse-me:

- Se quiser, pode ir até ‘ CVS no rés-do-chão e pedir que lhe passem um vale de $20 dólares. Isso aceitamos.

Soltei um fortíssimo suspiro de enfado e lá fui eu: desci uma escada rolante, outra escada rolante, atravessei o corredor e entrei na CVS.

- Gostaria de obter um vale no valor de 20$, por favor.
- OK, são 20 dólares e 89 cêntimos.
- Nãããããããooooo!!!!!! – disse eu praguejando para os céus e já a arrancar os cabelos – não pode seeeeeeerrrr!!! (acho que até ecoou)

O funcionário olhava-me sem perceber nada enquanto eu quase espumava pela boca.

- Oitenta e nove cêntimos!?!?! – exclamei eu como se de uma fortuna se tratasse – mas eu só tenho $20!
- Então não lhe posso passar o vale...

Se o olhar matasse, teria fulminado o homenzito logo ali, com requintes de malvadez de lhe pôr os macacos do nariz a arder e piri-piri no "sim-senhor".

Saiu a Inês a deitar fumo por tudo quanto era lado (estranho os alarmes de incêndio não terem disparado!). Atravessei o corredor, subi o primeiro lanço de escadas rolantes, subi o segundo, saí, voltei até o carro onde, quando me viu abrir a porta, me recebeu um David esperançoso:

- Vamos?! – disse ele já com a chave na ignição.
- Eerrr... ainda não ‘morzito! Desculpa lá. Raio da mulher não aceita dinheiro e faltavam 89 cêntimos para eu poder fazer um vale na CVS. Vamos ver se aceita cheques... era só o que faltava.

Escusado será dizer que o David só não se atirou da ponte porque não havia nenhuma ali perto.

E lá regressei eu, de livro de cheques em punho: atravessei a rua, entrei, subi as escadas rolantes, pus-me na fila e esperei qual animal enjaulado.

- Aceita cheques, certo? – rugi eu não dando qualquer espaço para que a funcionária me contrariasse quando chegou a minha vez.
- Sim! - respondeu em sentido.

Quase não acreditava no que os meus ouvidos escutavam. Após quase 1:30h, consegui finalmente requesitar a porra da carta de condução e pudemos, finalmente também, ir para casa e o David pode comer... coitadinho!

Maridinho sofre!

** Fragmento do "Casaco Amarelo em NY

"(...) Hoje queria ir igualmente nadar mais um pouco mas, os planos foram todos por água abaixo... ou antes, ficaram sem água! Queria comprar bilhetes para um espectáculo da Broadway e, para tal, caminhei até Washington Square, onde se encontra o polo principal da NYU e também a central de bilhetes, onde há descontos para estudantes (só mesmo nessas circunstâncias é que posso adquirir ingressos para tal evento). Chegada lá, bati com o nariz na porta. A bilheteira só abria às 12:30 e eu não podia esperar porque tinha embriões a crescer. Assim, voltei para o lab e decidi comprar os bilhetes da parte da tarde. Planeei ir lá às 17:30 para regressar por voltas das 18:30, o que ainda me dava tempo para ir nadar dessa hora até às 20h. Qual quê... o plano até era bom e exequível mas, a totoinha da Inês pura e simplesmente "perdeu-se" no metro. O que se passou foi que na linha que eu queria passam 4 metros, uns que param em todas as estações e outros que vão directos a paragens mais longínquas. De início apanhei um destes e vi a paragem que eu queria passar-me à frente. Assim que pude, saí e tentei parar na estação que queria no regresso. Parecia um filme cómico... mais uma vez, meti-me num metro que me permitiu uma vista previlegiada da dita plataforma, mas sem parar lá. Voltei, então, ao ponto de partida. Dou nova olhada ao mapa, excluo o metro W (que era no qual eu tinha feito esta primeira tour) e vai de decidir que o que eu queria era o N, Downtown. Espero na linha correspondente, vem o metro e entro, toda contente. Pois, pois... vai de ver outra vez a "8th street" (paragem que eu queria) a passar à minha frente e népias de conseguir lá chegar. Acontece que na mesma linha que o N corre o Q e eu não reparei que estava a entrar neste último. No regresso, nova tentativa para ficar na 8th street, novo falhanço... e vão duas viagens no carrocel. Finalmente, à 3ª, consigo sair na 8th street. É o que faz não estar habituada a metros com 4 linhas! Bem, lá vou eu toda lampeira à central de bilhetes e, qual não é a desilusão, após este esforço Herculeo, quando me dizem que os bilhetes já esgotaram. É preciso ter azar... começaram a ser vendidos hoje! Claro está que a ida à piscina ficou sem efeito uma vez que perdi uma hora a "passear" de metro. Mas, durante as 5 viagens que fiz, até deu para observar pessoa bastante curiosas. Uma, em particular, chamou-me a atenção pelo ar mórbido. Era uma moça, de aproximadamente 25 anos, muito branca. Os olhos eram azuis muito claros e, pos ser tão branca, as veias transpareciam um tom igualmente azulado. O cabelo era preto azeviche, com reflexos roxos, sendo também roxos o camiseiro e a mala, que se destacavam na idumentária totalmente negra. Está-se mesmo a ver o que ela me lembrou... um belo de um vampiro. "Será?". Bem, em NY tudo é possível... porque não? (já sei, já sei... filmes a mais!). Esqueci-me de ver como eram os dentes mas ela não estava com cara de bons amigos e, portanto, não os mostrou!
Bem, não consegui exercitar a nadar mas bem que o fiz a andar, a subir e descer escadas. Pode ser que amanhã lá consiga ir, está-me mesmo a apetecer. Não sei é se depois desta noitada terei energias... são agora 5:30 da manhã. Os embriões esperam-me..."

3.06.2007

Toca a Forrozar

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No Sábado passado foi noite de Forró.

Uma Portuguesa, uma Brasileira, dois Brasileiros, uma Francesa e um Americano fizeram de groupies da banda do David e lá fomos todos despencar.

E foi ver o pessoal, cada um a seu jeito, a dar-a-dar a noite toda. Segundo o David, que do cimo do palco, enquanto tocava teclado, congas ou zabumba via tudo, um espectáculo imperdível :)

Proibido Sorrir

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Temperatura = -14˚C
Windshield = -26˚C

Está tanto mas tanto frio que não consigo abrir a boca, falar ou sorrir na rua. A dor nos dentes é igual aquela que sentiria se cravasse os incisivos num pedaço de gelo.

3.02.2007

Para Ele

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Noto que o meu peito esquerdo é ligeiramente maior que o direito.
Acho que é do Amor!



"O meu lado esquerdo
é mais forte do que o outro
é o lado da intuição
É o lado onde mora o coração

O meu lado esquerdo
Oriente do meu instinto
É o lado que me guia no escuro
É o lado com que eu choro e com que eu sinto

Meu é o meu foi o meu lado esquerdo
Que me levou até ti
Quando eu já pensava
Que não existias para mim no mundo

O meu lado esquerdo não sabe o que é a razão
É ele que me faz sonhar
É ele que tantas vezes diz não

Meu é o meu foi o meu lado esquerdo
Que me levou até ti
Quando eu já pensava
Que não existias para mim no mundo"

Mundo Pequenino Pequenino

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Há 3 ou 4 semanas atrás:

Passados 10 minutos de me ter deixado no laboratório, o David telefona-me:

- Nês, acabei de assistir a um acidente enooorme!!! Mesmo ‘a minha frente! Até saltaram pedacinhos de vidro para o nosso carro. Um cara passou o vermelho e bateu com tudo noutro carro.

Há 1 semana atrás:

Enquanto esperávamos que o journal club começasse, alguém fez um comentário sobre a nevão que caía lá fora, ao que um PostDoc me perguntou:

- Vieste de bicicleta?
- Não, o meu marido trouxe-me de carro. Tu também vieste de carro, não?
- Não, estou sem carro.
- Então, porquê?
- Tive um acidente há umas semanas atrás e o meu carro ficou completamente destruído.
- Espera... foi de manhã, na Prospect? Por causa de um carro que passou o vermelho?
- Sim!! – respondeu surpreendido.
- Que coincidência! O David viu esse acidente.
- O teu marido viu?? – perguntou ansioso – sério?
- Arrã. Até me telefonou para contar.
- E’ que eu preciso de uma testemunha! Houve um sem abrigo que confirmou que eu tinha sinal verde e o outro sinal vermelho mas, porque a companhia de seguros não o consegue contactar, não aceitam o testemunho para o processo.

E pronto, porque o mundo é pequeno e Cambridge uma ervilha, assim se conseguiu que os estragos fossem cobertos pelo seguro.

E um final, feliz!

3.01.2007

Linha Manhosa

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Ontem ao fim do dia, quando ia a pagar a conta do supermercado, reparei que alguém havia roubado alguns cartões de crédito/débito, dinheiro e a minha carta de condução da minha carteira, enquanto esta ficou dentro da minha no laboratório.

Telefonei ‘a policia de Harvard e dentro de minutos uma policia baixinha e simpática tomou conta da ocorrência.

Chegada a casa, liguei para a linha 24h do banco para cancelar os cartões. Hoje de manhã, para ter a certeza que estes tinham sido de facto cancelados (uma vez que o homenzinho que me atendeu na noite anterior estava mais interessado em mandar charme para cima de mim do que em resolver o problema), liguei novamente para o banco.

Atendeu-me outro homem, bastante lento. Durante os longos minutos que decorreram enquanto ele processava a informação que eu lhe dava, ouvi a respiração dele, ofegante e pesada: eternos segundos de hhaaa.... hhaaaaa.... hhaaaaaaa!!!

Confesso que as linhas deste banco mais parecem linhas eróticas.

2.27.2007

Os Chineses, esses "ganda" malucos

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- 'mor, e se fôssemos a NY este fim de semana?
- Me parece uma boa ideia! Vamos como, de ônibus ou de carro?
- De Chinatown Bus. Que achas?
- Pode ser... demora muito?
- Depende do Chinês.

2.23.2007

Fim de Semana

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A caminho de Nova Iorque com o David! :)

A cozinha ainda está inteira

Anteontem foi daqueles dias que me deu para inovar na cozinha.

Para não me repetir nos pratos que faço, decidi fazer um jantar diferente. De entrada fiz um creme de abóbora com alho francês, regado com azeitinho Português, vindo directamente da "casa de mamãe" (digamos que esta foi a aposta segura da noite. caso tudo corresse mal, sempre havia uma sopita para remediar).

Depois, seguiu-se o prato autodenominado "escalopito-escondido-no-cogumelo-'a-lá-Inês".

Comprei 5 cogumelos grandes, aos quais retirei os pezinhos do interior, por forma a ter as umbelas vazias. Estas foram então recheadas com rolinhos de escalopes de peixe envoltos em bacon.

Numa sertã, salteei em azeite e bastante alho os pezinhos (agora picadinhos), com um tiquinho pimenta, oregãos e sementes de girassol. Quando já tduo estava cozinhado, misturei numa tigela o salteado com uma porcão de cream cheese.
Mexe, mexe e depois pus esta papinha sobre os rolinhos de bacon.

Para terminar, uma fatia de queijo Mozarella, uns cubinhos de ananás no topo e depois tudo polvilhado de raspas de Parmigiano.

Forno com a nova invenção e foi assim que ficou:

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De acompanhamento, outra aposta segura: a salada de vários verdes, com nozes e cranberries, temperada com vinagre balsâmico e mel.

Já tá!

Bem sei que foi algo arriscado pôr-me com estas andanças justamente no dia em que o estômago do David rugia de fome mas, mesmo que não tivesse posto musiquinha 'a maneira e umas velinhas na mesa, o sabor ficou bom o suficiente para receber um caloroso abraço e um "parabéns 'a cozinheira" :)

2.21.2007

2.20.2007

E quem disse que Mulheres e Carros não combinam?

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Um totó qualquer que não conheceu aqui a Je!

Pois eu tenho o orgulho de dizer que quem trata do nosso carro sou eu.

'A parte de o David o conduzir a maior parte das vezes e manter o tanque cheio, eu verifico o ar dos pneus, eu faço a mudança do óleo, eu decido se se mudam os fluxos de transmissão, se se muda o filtro do ar e/ou se se faz um "engine flush", eu levo o carro 'a limpeza e 'a inspecção, eu trato do selo de estacionamento...

Até faço daquelas mariquices de manter o couro "hidratado" passando uns produtos nos bancos de vez em quando.

Ontem foi o expoente máximo do meu orgulho enquanto mecânica quando detectámos que uma das nossas luzes de travão estava pifada. Levar a uma oficina para trocar? Nem pensar! Assim que tocassem no carro já nos estavam a cobrar 10$ pela mão de obra e assim seria por cada coisita que fizessem. Uma roubalheira!

Toca de ir a uma Auto-Shop comprar um par de lâmpadas apropriadas (por apenas $4.59) e depois, de chave-de-fendas em riste, desaparafusar o farol, puxá-lo para fora, retirar a ligação eléctrica 'a qual está ligada a lâmpada, tirar a velha, pôr a nova, "carrega aí no pedal faxavori" (aqui o David tem que ajudar), e voilá... uma luz de travão a funcionar de novo.

Confesso que as coisas nem sempre funcionam assim tão bem. Há coisa de 3 dias acabou-se o líquido para limpar os vidros. Devido 'as temperaturas de cerca de -15 graus celsius (quando o vento sopra) que se têm feito sentir, não posso pura e simplesmente meter água lá para dentro, senão fica tudo congelado e ainda se parte o boiãzinho (digam lá que eu não percebo da coisa, hehehe). Por isso mesmo, tive que ir comprar um antigongelante.

Toda contente lá comprei um garrafão da coisa e, toda contente também, despejei o líquido verde fluorescente lá para dentro (notem que eu até sei onde é que se abre o capôt e onde se põe o líquido, coisa que muito boa gente não sabe):

"Que giro, este é verde em vez de azul!", pensei, mas não liguei.

Toda orgulhosa do meu feito, quando iamos a andar de carro e só para mostrar ao David como já tínhamos anticongelante para limpar os vidros, do nada pedi-lhe:
- Liga o limpa vidros, liga!!
Borrifa um pouquinho!! E' tão giro, este é verde!!

E fiquei na expectativa enquanto o David pressionava a alavanca. Um esguicho verde lindo saiu lá de dentro mas... o vidro ficou completamente sujo. E quanto mais as escovas passavam, pior ficava.

- Ooops, acho que não comprei o anticongelante certo!!

Então o que é que eu fiz? De facto comprei anticongelante mas... não li bem as instruções. Era anticongelante para o radiador (vá, riam-se lá 'a vontade que eu deixo).

Mas pensam que me acanhei?!?
Jamais! (jogando a cabeça, orgulhosa e pomposamente para trás).

Tratei de ir comprar o líquido certo, arranjei uma mangueirita e, pela técnica do "chupa-aqui-e-engole-um-pouco-de-gasolina" (só que deste vez era líquido do radiador), retirei a coisa verde do boião, pus água, limpei, retirei a água e vai de encher com o líquido, este sim desta vez azul.

Têm que concordar que, mesmo com o precalço do líquido para o radiador (pelo menos agora andamos prevenidos se este faltar) aqui a marreca até se porta bastante bem em relação a carros.

Verdade ou não?

2.16.2007

Nós

Deitei-me junto a ele, aninhada por baixo do abraço meigo.

Com a cabeça pousada sobre o seu peito e enquanto me entretinha a brincar com o meu pé no dele, senti o afago dos dedos e o leve roçagar do queixo por barbear no cabelo.

Ficámos assim...

Falámos do nosso dia, comentámos isto ou aquilo, planeámos o amanhã. Rimos.
Ficámos calados. Ouvimos a noite.

De repente, uma exclamação:

- Tem um presente p'rocê!

Olhei curiosa.
Beijou-me.
Divertida, ri-me e agradeci.

- Não vai querer o seu presente?
- Não mo deste já?
- Não - sorriu - espreita por baixo da cama!

Precipitei-me para a beirada.

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Lá em baixo, um cartão, uma flor amarela.
Neles, a mais linda declaração de Amor.

De sorriso embevecido e olhos marejados, juntei-me a ele novamente:

- Tão lindo!!

De olhos mal fechados, como quem dorme e fingindo que não é nada com ele, sorria também.

Abracei-o, beijei-o.
Abraçámo-nos.

- Vem cá! - chamei-o.
Tenho um presente para ti também....

No Anzol

Uma vez por ano temos que limpar todos e cada um dos nossos tanques.

E' uma tarefa extensa e que exige organização: ao longo de mais de um mês, todos os dias um módulo é despejado dos seus tanques e os respectivos donos têm que executar a tarefa de limpeza até 'as 11h da noite, altura em que tudo deverá estar posto de volta ao seu lugar, por forma a se despejar um novo módulo no dia seguinte.

Remover restos de comida, larvas e pupas das tampas, mudar as etiquetas, limpar o tanque por dentro e por fora, sacrificar um ou outro peixe que não se encontra em tão boa forma. Dito assim a coisa até nem parece muito chata mas, tendo em conta que a fish facility é gigante (como se devem lembrar daqui) e que ontem me calhou limpar todos os meus tanques do módulo principal, as mais de 3 horas e meia que passei de faxina foram muito, mas muuuuito chatas.

Já não podia ver mais peixes 'a minha frente. Salpicos de água e mais água deixaram-me toda molhada. Retirar a porcaria toda que as moscas fazem ao se deliciarem com os restos de larvas de camarão que secam nas tampas já me deixava com comichões e a sensação de ter larvas a passear-me pelas mãos e pelos braços. Blargh!

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Foi uma luta e os peixes ganharam.
A determinada altura, senti-me assim.... apanhada pelo anzol!

2.14.2007

Um pouco de Ciência

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"A imagem poderá tornar-se histórica. Mostra pela primeira vez, com uma nitidez atómica, a ligação entre dois inimigos: uma proteína do vírus da sida (HIV) – a famosa gp120 – e um raro anticorpo com provas dadas para neutralizar o HIV.

A proteína gp120 é como uma chave que abre ao HIV as portas das células do nosso sistema imunitário, ao encaixar-se nos receptores CD4 destas células. O anticorpo, chamado b12, é especial: encontra-se só no sangue de pessoas que sobrevivem há muito tempo com o vírus da sida no corpo.

Mas o que é que o anticorpo tem de diferente? Por que é mais eficaz face às artimanhas do vírus? A equipa de Peter Kwong, dos National Institutes of Health (NIH), EUA, que publica hoje os seus resultados na revista "Nature", conseguiu finalmente responder a esta pergunta com imagens como esta espectacular fotografia 3D, obtida por cristalografia de raios X.

Primeira conclusão: o anticorpo b12 (a fita verde) liga-se à proteína gp120 do HIV (a vermelho) no mesmo local (a amarelo) onde se estabelece a primeira ligação do vírus com os receptores CD4. Ou seja, o alvo do anticorpo b12 é uma parte do HIV que se encontra particularmente vulnerável na altura em que o vírus ataca novas células.

Mas, ainda mais importante, é que a ligação com o anticorpo b12 deixa a proteína gp120 inalterada, podendo impedir o HIV de fintar o sistema imunitário. Há muito tempo que os especialistas procuravam um ponto fraco do HIV: uma região exposta e invariável do seu invólucro. “Esta é sem dúvida uma das melhores pistas [para o desenvolvimentos de vacinas contra o HIV] dos últimos anos”, diz Gary Nabel, um dos elementos da equipa, citado por um comunicado dos NIH.
Texto: Ana Gerschenfeld. Foto: NIAID"

in Publico, 14 Fevereiro 2007

Uma pausa


(clicar no PLAY)

Senti-o levantar-se. Estremunhada, ergui um pouco a cabeça e abri o olho o suficiente para verificar que ainda era cedo. Faltavam 13 minutos. Mergulhei na almofada e virei-me para o outro lado, tentando ignorar o facto de que já era de manhã.

Ele entrou no quarto, sorrateiro. Deslizando para dentro da cama, senti o corpo dele encostar-se ao meu. O peito dele nas minhas costas nuas, a respiração no meu pescoço.

Abraçou-me, acariciou-me a coxa, beijou-me o lóbulo do ouvido para então sussurrar:

- Bom Dia Amor!
Está frio... 'tá nevando.

Gemi.
Encolhi-me e apertei-me mais contra ele, tentando abrigar-me do Inverno lá fora.

- Vamos ficar aqui mais um tiquinho!! - disse mimada, enquanto puxava o edredon sobre as nossas cabeças.

Ele riu.
E cantei-lhe, baixinho:

- "hoje quer'apenas.... uma pausa de mil compassos..."

E fizemos uma pausa...

Valentim para todos os gostos

Para quem gosta:
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E para quem não gosta:
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O que interessa é que sejam todos felizes :)

2.13.2007

Desilusão do Dia

Aqui no lab, cada vez que um de nós faz anos, tem direito a um bolo de aniversário da chiquérrima e elegantíssima pastelaria Finale (o chefe paga, claro!).

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Lá fazem-se destes bolos orgasmicamente deliciosos, totais extravaganças de chocolate, qual pedaço de céu na boca a cada dentada.

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Chocolate!! Muuuuuuuito chocolate!! Delicioso chocolate!!!!!

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Sendo eu totalmente viciada nesta iguaria dos Deuses (adaptação do nectar, que para mim tanto se me dá como se me deu, uma vez que não bebo), é sempre com satisfação que aguardo pela hora do bolo sempre que há um aniversariante.

E ontem havia um. Aliás, celebravam-se dois aniversários.
Dois aniversários!!! Dois bolos!!!
Chocolate!!! Muuuuuuuuito chocolate!!!

Isto era o que eu pensava... e que balde de água fria quando chegou a hora do bolo.
Não um mas dois, repito DOIS, bolos SEM, repito, SEM chocolate!!! Como é que é possível!?!?!?!
Pior, escolhidos propositadamente assim!!
Repito, como é que é possível?!?!?!

Indignação total da maior viciada em chocolate 'a face de terra.

Blargh!! Mongos!!

Humpf!!!!

2.12.2007

Inês armada em Empresária

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Ouvi Damien Rice pela primeira vez quando fui a um concerto do LAMB em Lisboa e o desgraçado aterrou na primeira parte.

Desgraçado porque, 'a guiza de ninguém o conhecer na altura e a juntar ao azar de ter perdido parte dos aparelhos musicais de que ia necessitar no vôo que tomou nesse dia, a actuação dele foi uma desgraça.

Ele bem tentava, mas quando usava a pedaleira, que não era dele, volta e meia lá entrava qualquer coisa que não estava prevista.

Ninguém lhe ligou durante todo aquele tempo. O pessoal falava, ria, fumava uma erva, sentava-se no chão... tudo menos escutar o Damien. Lá em cima do palco, ele bem gemia e gemia (que é o traço principal do seu estilo interpretativo) mas de nada lhe adiantou.

Talvez pela actuação tão má, nunca mais esqueci o nome dele. No entanto, a meu ver, a fraca qualidade deveu-se maioritariamente a uma grande carga de azar (e guinchinhos a mais). E fiquei com pena. Deu para notar que, embora ele se lamurie muito, parecendo que está em constante agonia e dor, algumas das composições eram até bem boas.

E é aqui que eu entro como empresária (rufar dos tambores):
- eu acho que este senhor devia ir vender o peixe dele para o Brasil uma vez que, como poderão constatar nos exemplos que se seguem, lá têm a capacide de identificar as boas músicas deste senhor, de as adaptar e de lhes dar um toque menos doloroso e mais açucarado, quente.

Estas são as músicas do Damien:





E estas são as mesmas músicas, interpretadas, uma por Ana Carolina e Jorge:

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E outra por Celso Fonseca:

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Que versões gostam mais?
Acham que tenho vocação para empresária? :P

(ainda me pergunto porque raio faço questões ao pessoal. Ninguém me liga!!!)

2.09.2007

Para Ele

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"Ainda bem
Que você vive comigo
Porque se não
Como seria essa vida?
Sei lá, sei lá

Nos dias frios em que nós estamos juntos
Nos abraçamos sob o nosso conforto de amar, de amar

Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
As flores que me manda são fato
Do nosso cuidado e entrega

Meus beijos sem os seus não daria
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu uma parte
Seria o acaso e não sorte

Neste mundo de tantos anos
Entre tantos outros
Que sorte a nossa hein?
Entre tantas paixões
Esse encontro
Nós dois, esse amor.

Entre tantos outros
Entre tantos anos
Que sorte a nossa hein?
Entre tantas paixões
Esse encontro
Nós dois, esse amor."


Que sorte a nossa, hein?

2.08.2007

Flamenco

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Hoje 'a noite, eu e o David vamos escutar este senhor!

2.06.2007

Circo de Cientistas

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Há 2 fins de semana fui, juntamente com toda a gente do meu laboratório, de novo para aqui, lembram-se?

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Este ano éramos 17 pessoas e, alternando sessões de ciência com sessões de ski, culinária, hot tub (sim, mesmo lá fora, com o termómetro a marcar -20 graus) e jogos, passaram-se 3 dias bastante agradáveis.

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E porque raio há quadros de Marc Chagall sobre o circo a ilustrar este post, em vez de fotos de neve e mais neve? Porque um dos jogos que fizemos, apropriadamente denominado “outrageous confessions”, revelou que o meu laboratório é, nada mais nada menos que, um circo no que toca ‘as surpresas que cada uma das pessoas foi capaz de revelar.

Basicamente o jogo consiste em, por grupos de 4, cada um escrever num papel algo que ninguém sabe. Uma vez lidos os 4 papéis, temos que questionar os 4 participantes acerca de cada uma das histórias. Estes, por sua vez, têm que responder como se cada uma delas fosse a sua. No fim, temos que adivinhar que história pertence a quem.

E vejam só as histórias:

- ofereci ‘a minha namorada um carrossel feito com fitas coloridas presas aos imans de agitar as soluções (esta de tão nerd que era deu logo para ver que era o meu chefe :P);

- “mergulhei” num lixeira duas vezes, de propósito (aqui o chefe enganou toda a gente);

- quase me afoguei;

- fingi que não conhecia o amigo dos meus pais que me ia buscar ao infantário todos os dias e fiquei lá uma eternidade ate alguém me ir buscar de novo

- bebi urina dos meus amigos (com amigos destes....);

- dormi com sem-abrigo por 2 noites;

- fiquei tão bêbado/a que fui parar ao hospital;

- fiz o parto de uma vaca (coitado do bezerro! o inquirido nem sabia se o que saia primeiro era o rabo ou as patas da frente);

- cortei a ligação ferroviária entre New Jersey e Nova Iorque porque peguei fogo aos carris;

- na escola era conhecido por Macgyver: fiz um bong a partir de uma boneca Troll (afinal aquilo tem alguma utilidade);

- quando criança quase que fui raptado;

- vivi durante uns tempos numa caverna;

- estive no exército em Israel e aprendi a montar uma emboscada;

- no primeiro dia de lab, estraguei as experiências de 2 post-docs;

- o padre expulsou-me da igreja por estar lá a “make-out” com a minha namorada (ainda por cima, ele tocava orgão na igreja... e que bem!);

- peguei fogo ao cenário de um teatro;

- fiz xixi em frente ‘a Casa Branca (a determinada altura já rebolávamos no chão de tanto riso: yeah, a Casa Branca estava a passar na TV; pois, o motel ‘a frente da tua casa chamava-se Casa Branca e a janela da casa-de-banho estava virada para lá...);

- apareci de vestido vermelho em público a fazer malabarismo com bolas de esparguete (até hoje ainda não percebi esta história);

- acampei numa caverna com morcegos. roubaram-me comida e morderam-me o pé;

- juntamente com o meu orientador, roubávamos reagentes dos outros laboratórios (ainda bem que nos orientam);

- vivi numa tenda por 2 meses (está visto que reina entre os cientistas uma certa tendência para moradias modestas);

- passei uma noite na prisão;

- apareci no jornal por causa de uma intoxicação;

- saltei de um segundo andar;

- roubei uma loja de conveniência;

- evitei que os meus amigos vissem os amigos dos meus pais a fazer sexo (depois queixa-te que não tens amigos);

- fiz uma emboscada para um ladrão;

- toco acordeão;

- todos os meus orientadores abandonaram a ciência (Alex, prepara-te!);

Se as histórias são já de si divertidas, imaginem o que era cada um a inventar uma versão para a história que não era a sua. Curiosamente, fui votada a melhor mentirosa (estasse mesmo a ver que a coisa não importava nada. Quando é coisa séria, coro e gaguejo tanto que é impossível enganar alguém).
Numa das sessões só diziam: ok, as 4 histórias são da Inês!

Que histórias diriam que são as minhas?

Já agora, estejam ‘a vontade para contar algo sobre vocês.

2.04.2007

Tudo Sob Controlo Outra Vez

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Como acontece por vezes, naquela noite fechámos o computador portátil para irmos dormir. Click... a tampa fechou-se.

No dia seguinte, não sei por que carga de água, quando voltei a abrir o computador, o iTunes estava completamente marado. Primeiro ficou tempos infindos a "pensar" e depois, uma vez que aquilo não adiantava de nada, decidi reiniciar o programa.

Para grande susto meu, o iTunes voltou ao zero, como se estivesse intocado e imaculado, ou seja... literalmente sem nada lá dentro. Fiquei sem as minhas músicas!

Não fosse a minha música das coisas mais importantes, tenho backups dela em duas external hard-drives e em DVDs... não vá o diabo tece-las e aparecer outro carpinteiro :)

Assim, ao longo das últimas semanas, tenho vindo, lentamente, a adicinar cada album, cada compilação, cada múscia novamente.

Hoje finalmente acabei o bolo principal e está tudo organizadinho. As mais de 11500 músicas estão agora por ordem, nas respectivas pastas e terminei com o caos que naturalmente se vai gerando quando se insere um CD, baixam umas músicas, ouve-se não sei o quê na net e vão aparecendo ficheiros de som que não são carne nem são peixe.

Agora só falta adicionar este ou aquele CD que adquiri recentemente e tudo volta 'a normalidade. Sim, digo normalidade porque a sensação que tinha quando chegava a casa e punha o computador a tocar era a de desconforto, como se me faltasse algo, como se estivesse nua.

Afinal, não estavam lá todas as minhas músicas!

2.01.2007

An Inconvenient Truth

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Ontem fui até 'a Law School ver este documentário.

Embora a realidade do aquecimento global seja algo a que estamos cada vez mais expostos, não só pela media mas também pelos simples facto de a realidade que nos rodeia não corresponder mais ao que se espera de um Inverno ou de um Verão, talvez por isso mesmo se tenha tornado só mais uma daquelas coisas de que já estamos cansados de ouvir falar e nos vamos habituando.

Por isso mesmo, achei o documentário assustador e penso que TODA A GENTE TEM QUE VER ESTE DOCUMENTARIO e ficar assustada também.

E' bem mais urgente do que pensamos!

Coitadinho

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Bateram no nosso carro.
Buááááááá! :(

1.31.2007

Membro Fantasma

" Membro fantasma - sensação experienciada por cerca de 50% a 80% dos amputados de ainda possuirem o membro que lhes foi retirado. "

Eu acho que sofro disto, mas ao contrário.

Pedalar para o lab com -6˚C faz-me ter os membros mas não os sentir.

1.30.2007

Lá terá que ser

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O Blog sempre me fez muita companhia nas noites em que chegava a casa e nada mais me esperava se não um silêncio vazio. Servia de companheiro, com quem falava e desabava. Agora que tenho o David, o Casaco Amarelo ficou para segundo plano e algo negligenciado.

Até andava a pensar desistir da blogosfera mas, quando menos se espera, acontecem destas coisas: mais de 170 visitas num dia.
Coisa inédita!

Embora o soubesse já, tive a confirmação de que, uma vez partilhado, o Casaco não é mais só meu: é meu e de quem o lê, de quem comenta, de quem nele busca algo... e não posso pura e simplesmente dizer “acabou-se a papa doce!” (se bem que convém que contribuam com uns bitates aqui e ali, ok?).

Assim, o Casaco está por aqui para mais um Inverno.

1.28.2007

Para Ele

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Apareceu na minha vida inesperadamente, como uma lufada de ar fresco.
Os dias tornaram-se mais luminosos, mais bonitos.
Brilhantes, cheios de um aroma que só ele tem. Primavera!
Todos os dias recebo Túlipas Amarelas: no sorriso, no abraço, no beijo, nas palavras sussuradas, no afastar do cabelo do meu rosto, no olhar meigo, naquela amizade e companheirismo...
Túlipas amarelas no meu coração!

Para quem eu tanto quero.
Para o David.

Respiro o teu corpo:

sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.


Eugénio de Andrade

1.24.2007

Tal Pai tal Filho

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"Querido filho, estás a cometer no Iraque o mesmo erro que eu cometi com a tua mãe: não retirei a tempo..."

"Dear Son, you're doing in Iraq the same mistake I did with your mother: I didn't withdraw on time..."

1.23.2007

Vantagens de estar Casada

Quem me vê diz que estou mais magra.

Com uma pele espantosa, um cabelo saudável, um ar radiante... bonita!
Nada como estar apaixonada, andar feliz e, claro, fazer muito exercício (horizontal/vertical/obliquo/em-qualquer-lado/em-qualquer altura/em qualquer-posição, entenda-se, hehehe).

E a prova disso é o meu Indíce de Massa Corporal: 21.5

E o vosso, qual é?


Vamos lá a ver os estragos da época natalícia!

1.18.2007

1.17.2007

1.16.2007

Ele está aí

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Começámos o dia com 4˚C e já vamos nos -4˚C.
A previsão é de que esta noite os termómetros baixem até aos -11˚C, continuando a descer amanhã.

Bbbrrr... que frio!!
Numa esperança quase que irreal, esperava que este ano não passássemos por este tormento. O Inverno tem sido anormalmente quente e, embora já a meio de Janeiro, ainda não houve sinal de neve. O ano passado, no dia 29 de Outubro caiu o primeiro nevão.

Mesmo sabendo que isto não é normal, tinha esperanças que este ano não tivesse que me transformar num astronauta deslocado do seu habbitat, de tão enchouriçados que temos que andar.

O que vale é que mais nenhum Inverno será tão frio como os anteriores.
Agora tenho quem me abrace :)

1.15.2007

Portugueses Modernos aos olhos de um Brasileiro

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Porque muitos dos Portugueses que emigraram para o Brasil o fizeram há coisa de 50 anos atrás, para muitos Brasileiros o estereótipo do Tuga é o de alguém velho, que trabalha numa padaria e, como não podia deixar de ser, tem um farto bigode.

Hoje, assistia com o David ao programa "OS GRANDE PORTUGUESES", apresentado por Maria Elisa e, enquanto várias personalidades como Almeida Santos, Leonor Beleza, Mário Soares, Marcelo Rebelo de Sousa e que tais comentavam os nomeados, o David, com um sorriso, abanava a cabeça e dizia:

- Está tudo mal! Tudo mal!
- Mal?? Que mal tem o Zeca Afonso?
- Está tudo mal!! Estes Portugueses já não são o que eram! Aparecem todos sem bigode... até as mulheres!!

Pimba, uma almofadada no David!

Ele sabe que eu luto activamente contra o estereótipo que referi mas não consegui evitar a risota geral! :)

1.12.2007

O Prometido é Devido

Eis as fotos Mete Nojo de que falei aqui :)

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1.10.2007

Um par de Estalos

Concordo que nos aeroportos se tem que proceder a medidas de segurança e que, por muito chato que possa ser tirar sapatos, cintos e quase ficar em pelota, é para o bem do utente. No entanto, há que haver o mínimo de bom senso.

Devido ao formato de um dos items que levava quando voei daqui para a Europa, por altura do Natal, o que eu esperava despachar no check-in acabou por vir comigo na cabine, como bagagem de mão.

Com a pressa, filas, horário do embarque quase aí e o inesperado da situação, esqueci-me que transpostava nessa mesma mala uma embalagem de creme para o corpo. Como desde que houve aquela possibilidade de bomba em Inglaterra em Agosto, por causa de uma substância líquida, não se pode levar quase nada que se aproxime dessa consistência e quase nos arriscamos a ser atirados da janela do avião em pleno vôo se chorarmos ou suarmos demais e excedermos o limite máximo de líquido previsto por pessoa, obviamente que depois de passar pelo detector de metais o funcionário me chamou 'a parte e pediu para inspeccionar a minha mala.

Colocou as luvas de latex, correu o fecho eclair pedindo para que eu não tocasse em nada e lá de dentro tirou o frasco outrora rosáceo e agora transparente, apresentando apenas uma pequena camada de creme alaranjado no fundo.

Por outras palavras, um frasco de creme praticamente vazio.

- Lamento mas vou ter que lhe confiscar isto! Excede as 8oz permitidas.

Cara da Inês

- Quê?!?! Mas não vê que o frasco está praticamente vazio? (um par de estalos)

- As ordens que tenho é de que cada passageiro só pode levar 8oz de substâncias de consistência líquida ou géis. Aqui no frasco diz 12oz.

Cara da Inês

- Mas você 'tá parvo ou quê?? (óbvio que não disse isto, mas era, letrinha por letrinha, o que me percorreu a mente durante aquela cena toda)

E lá fiquei eu a ver o marmanjo deitar o creme para o lixo, onde já se amontoavam frascos e frascos de shampoos, géis de banho, batôns, perfumes e sei lá mais o quê.

E porque me lembrei eu desta história? Ora, vi este desenho e tenho a certeza que foi aquele sernhor que o fez :P

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1.07.2007

Tomás

O melhor presente de Natal foi...

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UMA CEGONHA COM GPS!!

Finalmente a caramela encontrou a morada da minha mãna e lá por meados de Agosto/Setembro vou ser tia do Tomás (até parece que ouço o meu cunhado a gritar lá do fundo: Carolina!!!!! Ele insiste que vai ser uma menina... coitado, cada um tem a sua pancazita, heheh)

Foi, é, uma tremenda Alegria a chegada desta criança.
Parabéns aos pais!

Mas não vou para Tia

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Apresento-vos o meu Marido! :)