6.19.2005
A Mística da Frying Pan
Há dias regressei ‘a Frying Pan, barco bar/disco de que já falei no meu antigo blog. Exceptuando essa primeira vez, sempre que lá fui algo de particular aconteceu. Em Novembro, com o Ricardo e com o Hugo, amigos que cá me vieram visitar, tentámos ir até lá. Embora fosse Inverno, pensei que estivesse aberto. Ao chegarmos lá, nada contradisse esta suspeita, uma vez que havia pessoas dentro e fora do barco. Entrámos e deparámos-nos com bastante pessoal de copos na mão e com ar de que toda a gente se conhecia. Estranho, bem como também foi estranho ninguém nos pedir qualquer identificação nem pagamento mas… “olha, estamos com sorte!” e lá continuámos. Continuando a andar pelo barco vimos que nas diferentes divisões havia comida distribuída por mesas. “Olha, viemos parar a uma festa privada!”, disse.
“Ah, sim? Olha que fixe! O pessoal não se importa nada!” brincou o Ricardo, já a servir-se de uns salgados. A malta não se fez rogada e vai de “morfar”… até estávamos com fome. Ao mesmo tempo que deambulávamos por ali entrámos no esquema e cumprimentávamos o pessoal, como se os conhecessemos também. Depois de bebidos e comidos, e porque a música era uma porcaria, decidimos sair da festa.
Já cá fora, com um frio de rachar, batíamos com os pés no chão sem saber para onde ir de seguida. Afinal, era 6a feira ‘a noite! Tinhamos que ir bombar. Vamos para aqui, vamos para ali, entretanto aproximam-se de nós 2 rapazes, bem vestidos e um pouco mais velhos, já um pouco alegres.
- “So, were you at the party!”
Entreolhamos-nos…
- “Eerr… not really! We popped in by mistake and just ate something before leaving!”
- “What? And you didn’t even pay anything?”
Hhehee! Ao que parece aquele pessoal teve todo que contribuir para o aluger do barco mas nós, em grande estilo, tivémos tudo ‘a “borlix”.
- “No!”
- “Well done!!” disseram-nos, a sorrir meio inebriados e a bater nas costas do Hugo. “Were are you guys going now?”
- “We dunno! Any suggestion of a cool place to go?”
- “Sure, just come with us. We’re about to take a cab and go to this place on 6th Av.”
Entreolhamos-nos de novo:
- “ ‘Bora” – disse o Ricardo com o seu ar safado e a esfregar as mãos de satisfação.
Fomos no táxi com eles, pagaram a viagem e, ao chegármos lá, muito embora houvesse uma fila gigantesca, assim que saímos do carro e o porteiro os reconheceu, disse imediatamente: “Come this way”. Em grande estilo outra vez, lá entrámos nós ‘a frente do pessoal todo e, uma vez lá dentro, os rapazes insistiam em continuar a pagar a noite e vai de termos bebidas “ ‘a pala”. No fim da noite, hora de ir embora: “xauzinho, obrigada!” e lá regressámos nós a casa.
“Isto é mesmo “Noiorq”!!! Memo ‘a grande” repetia o Ricardo “over and over”
Desta vez, eu e a Célia, já dentro do barco, fomos ‘a procura das casas-de-banho. No regresso ‘a pista cruzámos-nos com um rapaz alto e algo familiar. “Hhhmm, eu conheço este tipo de algum lado!” pensei. Olhei para ele novamente e reconheci-o:
- “Sorry, aren’t you the DJ of Fauna Flash, the ones playing tonight?”
- “Yes” – respondeu timidamente e com o sotaque que só os “zi Germans” têm.
- “Hi! I am Inês and this is Célia!”. Estendi-lhe a mão prontamente, pois de cumprimentos Alemães sei eu bem. “We came we’re on purpose to hear you guys!”
Pronto, lá estava a situação da noite a acontecer. Blá, blá, blá, comecámos a falar. Ficámos a saber que o outro Fauna Flash (a quem eu e a Célia decidimos chamar Flash, pois este com quem estávamos a falar devia ser o Fauna :P) não iria actuar, porque foi ao médico há 2 dias atrás por causa de um problema no olho, e estava meio zarolhito podendo ficar cego e, portanto, não pode viajar. De certeza que ficámos a saber mais do que muita gente… connections, ppff! Falámos também de uns concertos em karlstorbahnhof, em Heidelberg, onde eu e a Célia vivemos antes. A Célia até disse que os viu lá mas, mais tarde, lembrou-se que afinal foi aqui… mas isso não interessa nada, porque o rapazito até era simpático e gostou das Portuguesitas :)
No fim despediu-se, dizendo que ia dar o seu melhor. Fez e prometeu, pois a noite, para além de ser curiosa pela “típica situação” foi também muito boa e bastante movimentada aos sons das percursões ao vivo e do DJ “Fauna”.
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