6.14.2005

Quase férias

Este Domingo foi excelente.

Foi passado na praia, na boa companhia de amigos. Para lá chegar, uma agradável viagem de comboio que nos ajuda a fugir dos arranha-céus e cimento da cidade para nos mostrar paisagens com verde, com água e casinhas prazenteiras. Depois, uma passeio de ferry-boat até ao nosso destino: uma praia de dunas, com a típica vegetação atravessada por passadeiras de madeira, areia fina e mar com ondas. Até fazia lembrar Tróia. Claro que o mar não é azul nem transparente como aquele a que estou habituada mas, não se pode querer tudo!

O dia foi passado relaxadamente a apanhar sol, a mordiscar umas cenouras, a conversar, a ler um livro ou a ouvir música. De vez em quando lá se tentava ir ‘a água mas, dada a temperatura gélida, só mesmo 3 corajosos mosqueteiros (o Rui, eu e Mariane), ou doidos (como lhes queiram chamar), se atreveram a mergulhar.

‘A noite, o revelador banho que deixa apreciar o resultado de um dia de exposição ao sol. Cara rosada, umas marcas de bikini, muito creme para hidratar a pele e a sensação de lábios salgados. Vesti umas roupas leves, calcei as sandálias e saí para a noite abafada, só arejada por uma leve brisa.

Fui até ao S.O.B. (Sounds of Brazil) com a Sara, onde nos fartámos de dançar Forró. A noite passou-se ao som de uma banda ao vivo, super animada e agitada, a dançar por entre brasileiros e apreciadores do estilo de dança.

“Would you like to dance?” era a frase que ansiávamos ouvir e lá seguíamos nós para a pista de dança.
Já há muito que não dançava tanto!
A determinada altura dançava com um Americano (a quem de certeza trocaram as voltas pois, a avaliar pela côr da pele e jeito para a dança, mais parecia Baihano) com quem não só pude relembrar o que já sabia como também adquirir novos passos. Roda para aqui, recua para ali, gira, vira... estonteantemente divertido. A determinada altura, numa sequência de músicas sem intervalo, a banda começou a acelerar o ritmo e dancávamos agora no que no Brasil eles chamam de “despencar”, pois basicamente as ancas desconjuntam-se para seguir o ritmo frenético e contageante. Quase que parecia Lambada. Por natureza já estava calor e o facto de se dançar contra o corpo do outro tornava a coisa ainda mais quente. Com toda a velocidade da dança, a determinada altura já sentia o suor escorrer-me pelas costas, pelo pescoço, no queixo... mas nada de parar. Não havia qualquer cansaço. O meu par acabou por exclamar “where do you go get so much energy?”

Acho que vinha do facto de aquele Domingo parecer totalmente um dia de férias, despreocupado, sem pensar em trabalho ou preocupações, só a aproveitar o estar calor, o haver música e dança. Terminei a noite completamente ensopada. Quase que se podia espremer a t-shirt mas... nunca me senti tão fresca!

Segunda-feira nem pareceu muito má :)

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