7.06.2005

Missão Kamikase

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Saí do lab, pus-me em cima da bicicleta, coloquei os fones nos ouvidos (por esta altura o meu pai já deve estar a abanar a cabeça a dizer que não mas, só assim é que isto poderia ser uma missão Kamikase. Sempre a bombar, meu!), liguei o iPod que começou a debitar Prodigy em grande som - “I’m the Firestarter!!” - e lá me atirei eu para o trânsito de Manhattan em hora de ponta.
Adoro! E’ uma adrenalina enorme. Os carros, o barulho, a confusão, as apitadelas, travar, desviar, acelerar, zigzaguear por entre as filas de trânsito, equilibrar-me enquanto não consigo atravessar, não atropelar a avozinha… E’ o máximo!
Inimigo número Um: Ameaça Amarela - os Táxis.
Arma Secreta: Sorriso Pepsodent que mando através das janelas abertas dos carros enquanto digo “Sir, can you let me pass?” (claro que a eficiência desta arma secreta depende grandemente do sexo de quem vai a guiar. Com gajos, funciona sempre, hehe). Ah, e ‘as vezes mandar uns berros e uns insultos também ajuda… mas isso, só em casos extremos.
Após meia hora verdadeiramente aventureira, eis-me chegada ao Central Park, onde me encontrei com o Stephen. Aí, dirigimos-nos para a parede de escalada. Nada nos parou, nem mesmo a chuvada que desabou passados 5 minutos de estarmos na parede e que nos deixou ensopados que nem pintos. Passado um pouco parou e, com o calor que se fazia sentir, não demorou muito até que nós e a parede estivessemos secos. De início não ia com grande espírito para tropelias. Ia mais numa de conhecer a parede, aprender uns movimentos básicos, nada de mais. Mas, depois, não resisti e, uma vez que não tinha os sapatos apropriados, já andava descalça a tentar-me pendurar na parede. Afinal, Kamikase que se preze trabalha em condições árduas e tem que ficar com as devidas marcas, certo? Assim, fiquei com uns arranhões, os pés pretos e os antebraços a doer. Estava a levar a missão mesmo a sério!
Passaram-se mais de 2 horas sem que dessemos conta. Só mesmo a pouca luz e a fome que já se fazia sentir nos alertou de que já eram horas de voltar. Contudo, ainda bem que lá ficamos até ao fim da tarde pois, no lusco-fusco, deperámos-nos com um espectáculo de luzinhas verdes fluorescentes que invadiam o parque todo. Pirilampos. Lindo! Lindo!
Estes também estavam um pouco no espírito da missão Kamikase uma vez que, volta e meia, lá vinham contra nós e ficavam na roupa. E pronto, para terminar a missão em beleza, nada com um Sushizada ‘a maneira… e até isto se revelou deveras apropriado. E’ verdadeiramente suicída tentar comer com pauzinhos após um período de escalada… não se tem força para segurar o pescado e depois, pimba, alta colisão com pratinho da soja. Kamikaaaaase!! :)

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