7.23.2005

Uma Noite em NY: Bhangra e Desenhos e Orelhas e Autocarros Ausentes

Ontem fomos até ao SOB, desta vez para dançar Bhangra. Originalmente uma dança rural Indiana do norte do estado do Punjab, hoje em dia o Bhangra está meio modernizado dada a fusão com ritmos e sons de hip-hop e reagge.
Assim, no fim é uma grande miscelânia com uma batida contagiante e cheirinho exótico.

Por uma hora tivemos alguém no palco que nos ensinava os movimentos básicos. A bem ou a mal, ao pessoal lá ia tentando seguir as indicações e o efeito, se não o desejado, pelo menos era divertido. Eu, a Sara e muito boa gente já lá andávamos descalças a tentar abanar os ombros, como se um ataquinho estivessemos a ter.
Fartámo-nos de rir e de suar. Sem dúvida um bom exercício aeróbico.

Por razões óbvias, não há registo fotográfico destas cenas tristes :P

Passada a aula, a música continua a tocar e, basicamente, salve-se quem puder. Toda a gente tenta acompanhar o ritmo executando gestos que, se de alguma forma se assemelham aos antes ensinados, por outro lado têm sempre algo de particular e peculiar. Cada um dá o seu jeito!

Curiosamente, há muitos homens a aderir a este tipo de dança. Penso que nesta noite o número de taxistas em Nova Iorque ficou reduzido, pois muitos deles estavam por aqui.

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A coisa estava a ir muito bem até ao momento em que decidiram anunciar uma banda saída de um beco qualquer, com uma vocalista histérica e a necessitar de um Xanax urgentemente que, em menos de nada, pôs o pessoal em debandada.
Durante os poucos minutos que levámos a decidir para onde iríamos, diverti-me a tirar fotos aos pés do guitarrista. Coisas de quem ainda anda a explorar as potencialidades da “máquina de pelingrafias”.

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Finalmente, decidimo-nos por um bar muito catita no West Side que, por uma razão ou outra…

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… se chama Ear.

E’ um lugar pacato, de aspecto tosco e rústico. Lá dentro, imperam as madeiras, o som dos Beatles e, curiosidade das curiosidades, toalhas de papel branco imaculadas com um copo cheio de lápis de côr em cima, como que a dizer” pintai-me! pintai-me!”
Ninguém se fez rogado e vai de começar as obras artísticas:

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Zás-trás-pás, despachei logo o meu espaço com um mega sorriso. O Josh estava-se a queixar que eu estava muito séria (pudera!! ainda a recuperar do choque musical que foi aquela banda e a verificar que não tinha ficado surda para a vida) e então vai de mostrar que era engano.

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Um desenho já de si bastante típico de “gaija” mas, nada que bata os desenhos destas “gaijas”:

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No lado dos “gaijos”, coisas bem mais profissionais:

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Excepto no lado do Josh, claro, que é sempre do contra. Eis o seu belo desenho :)

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A noite passou-se agradavelmente ‘a volta de umas cervejas, um copo de água fresca (meu, claro), uns desenhos e alguns dedos de conversa. No regresso, eu e a Sara R. estávamos prontíssimas para desatar a pedalar por Manhattan até aos nossos destinos mas, como a Sarita teria que ir de autocarro, lá fizemos de “boas mocinhas” e esperámos com ela na paragem.

Quando lá chegámos, a Sarita verificou que faltavam 4 minutos para o dito autocarro chegar.
- Não está mal – dissemos – esperamos então aqui contigo.
Passaram-se os 4 minutos, passaram 10, 20, muitos minutos, um autocarro na direcção contrária, uns tipos que queriam saber onde é que se dançava em Nova Iorque, uma tipa nuns saltos altos que pareciam um verdadeio desafio ‘as leis da gravidade… mas autocarro para levar a Sarita a casa, nada!

Tentámos até o truque de tirar algo da mala (pois é sempre nessa alturam, quando estamos com as mãos cheias de coisas e não dá jeito nenhum tirar o metrocard, que os autocarros aparecem), mas nem isso funcionou. Fomos destemidas ao ponto de fazer um concurso de fotografia: Quem tira melhores “Self-Pictures”:

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Mas, mesmo assim, o autocarro não apareceu.
Já cansadas de esperar, a Sarita vai de confirmar novamente os horários:
- Oooops, afinal, não há autocarros a esta hora. Vi no dia errado!
- Quê? – Eu e Sara R. olhávamos incrédulas uma para a outra – Depois deste tempo todo?
A Sarita ficou com tamanha telha que, imediatamente esticou o braço, balbuciou algo como um “até amanhã” e talvez um “obrigada!” e desapareceu num táxi.

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Eu e a Sara R. ainda estávamos de boca aberta….

PS - Para que fique na acta, eu ganhei o concurso de fotografia :)

PS2 - Afinal, nem todos os "turbante-man" estavam a dançar Bhangra, pois foi um deles que levou a Sara. Ou então, era um dos que deu de frosques, hehehe.

1 comment:

cuca said...

Alo alo

tiveram uma noite mto animada...parecem mto divertidas.. como se diz na minha terra...ramboia!!!