Como já referi antes, o tempo aqui em Boston é do mais inconstante que há.
Não fosse isso já algo suficiente para atormentar quaisquer planos que se queiram fazer com mais de um dia de antecedência, as maiores amplitudes metereológicas têm ocorrido ultimamente 'a 6a feira, para começar o fim-de-semana em beleza.
Se não veja-se: há 2 semanas, fazia-se sentir um calor abafado e tropical. Assim, "de repentemente", sem mais nem para quê, sem sequer dar tempo para uma pessoa se abrigar, eis que cai uma chuvada digna de episódios bíblicos.
Como se pode constatar, o pessoal resigna-se. Quem estava a jogar volley no court do instituto, por lá ficou, aproveitando a piscina natural que se formou para patinhar:
E a coisa foi tão rápida que, no meu computador, a previsão metereológica era ainda nada mais nada menos do que:
Na 6a feira passada, para não fugir 'a regra, lá vai o céu de desabar de novo, mas desta vez em proporções ainda mais megalómanas. Aposto que nem o Noé se safava!
Eu, por sorte, combinei com um amigo de o esperar na Crate and Barrel, loja que possui um alpendre suficientemente grande para me proteger da chuva, pois não havia guarda-chuva que resistisse 'a intempérie que se fez sentir.
E enquanto esperava, eis que me deparo com o fenómeno da Critical Mass. Ao que parece, todas as 6as feiras há uma concentração de bicicletas na Mass Av. (daí o nome) e não há mesmo nada que os impeça. Vejam só como estavam entusiasmados com a trovoada, os relâmpagos e a água:
Confesso que até eu estava entusiasmada. Aquela tempestade foi mesmo um espectáculo e a coisa é sempre meio que surreal, pois em 20 minutos tudo amainou, deixou de chover, continuou bastante calor e tivemos um pôr-do-sol belíssimo. Se não acreditam, olhem só como esteve o Sábado, que passei na praia: sol, mar, sol, mar!!!!
7.31.2006
7.30.2006
Netflix
Este é dos métodos para alugar DVDs mais extraordinário e eficiente de que tenho conhecimento.
Uma pessoa só tem que se cadastrar online para começar a receber pelo correio os DVDs escolhidos e que compõem a lista de filmes por nós considerados "a ver" (lista essa também efectuada online).
Os DVDs vêm num envelope que já possui um selo para que o disco possa ser devolvido, sem quaisquer gastos de envio, e o número de filmes que uma pessoa poderá ver depende apenas da rapidez com que os visiona e devolve.
Para além de o sistema ser já bastante conveniente por não incluir quaisquer deslocações e tudo poder ser feito confortavelmente em casa, sentadinhos ao computador, há ainda a adicionar 'a lista de vantagens o facto de se pagar um preço irrisório quando comparado com idas a cinema (eu pago 18.89$ por mês para ter sempre 3 filmes em casa), a selecção de filmes ser impressionantemente vasta, completa e actualizada e, caso mesmo assim não encontremos o filme desejado, doermos pô-lo numa lista de espera e eles comprarem o filme.
O site da Netflix permite-nos ainda classificar os filmes e definir as nossas preferências para que recebamos sugestões que se baseiam nas classificações de toda a comunidade que usa o sistema e que se enquadram com o nosso perfil.
Pese embora toda esta ajuda na escolha dos filmes, escrevo este post essencialmente para pedir que me aconselhem um filme e me digam, sucintamente, porque o seleccionaram.
Achei que seria uma forma curiosa de sondar o perfil cinematográfico do pessoal que de vez enquando gosta de ver como está o Casaco Amarelo!
Que dizem, ajudam-me? :)
PS - Ao ver-me colocar um dos envelopes vermelhos no correio e uma vez elucidado quanto ao método, o David riu-se logo: "No Brasil isso não funcionaria! No momento em que o DVD entrasse na caixa do correio, estaria a ser roubado no segundo seguinte".
Algo que me ocorreu de facto. Penso que em Portugal a coisa também não seria tão linear mas neste país, muito embora os muitos aspectos de que não gosto, tenho que concordar que reina uma noção de civismo e bom senso entre as pessoas que permite que se adoptem sistemas baseados na honestidade e boa fé dos usuários, como este.
Jogos Gay
"Meia centena de atletas portugueses nos 1º. jogos mundiais “gay” no Canadá
Meia centena de atletas portugueses participam na primeira edição dos jogos mundiais "gay", Outgames Montreal 2006, que decorrem a partir de hoje até 5 de Agosto naquela cidade canadiana, revelou à Lusa o porta-voz da organização."
Não vos parece que, em vez de tentar diluir as diferenças e os preconceitos, fazendo de todos nós iguais, actividades como esta promovem mais essas mesmas diferenças e favorecem a discriminação?
Uma Dentada na Rotina
Todos os dias lá pedalo eu ao fim do dia pela Cambridge Street, em direcção a casa e, todos os dias, lá vejo as mesmas coisas:
- alguma animação em Inman Square, com o Punjabidaba (restaurante Indiano) sempre cheio e os bares circundantes com gente sempre fora e dentro para irem fumar;
- o serial killer cá do sítio, uma figura estranha e sinistra, alta, esguia e elegante, sempre vestida de preto, com luvas de couro pretas (não obstante o calor) e com um guarda-chuva preto enorme aberto sobre a sua cabeça, que se encontra sempre no passeio, com um qualquer placard nas mãos, a interpelar os transeuntes. O nariz aquilino, os lábios finos e o olhos pretos inexpressivos não convencem quem o vê. Nunca ninguém lhe liga mas ele continua alegre e pontualmente a ser uma referência do local;
- os 3 velhotes bêbados que se juntam perto dos correios, sempre a cair que nem um cacho, tartamudeando o "can you spare some change" de forma tão destrambelhada que 'as vezes até aos cães perguntam. Mas riem e riem entre eles!
- as paragens de autocarro sempre com gente 'a espera, 'a espera do autocarro com o qual nunca me cruzo, nunca vejo e, deduzo, raramente ou nunca apareça;
- as vaquinhas de Madeira em frente 'a Churrascaria Brasileira "Midwest Grill", nas quais quase sempre existe uma criança a querer empoleirar-se e uma mãe a dizer que não;
- o largo onde as velhotas se reunem, todas sentadinhas 'a sombra, por baixo das árvores frondosas. Mexem-se devagarinho, falam devagarinho e riem-se devagarinho, porque já são muito velhinhas, mas, devagarinho, lá se vão entretendo umas com as outras;
- a Geladaria Christina's, de gelados caseiros, sempre a abarrotar e com os casalinhos de namorados cá fora a saborearem a especialidade do dia;
- as bolinhas de sabão que flutuam pelo ar junto 'a Prospect Street, e que chamam a atenção para o novo bar na esquina que vai abrir "dentro em breve"... já há alguns meses;
- a música e barulho que sai dos vários Pub's, que agora têm todas as paredes amovíveis retiradas e formam um género de esplanada interna;
- o desfile de bandeiras Portuguesas e Brasileiras ao longo das áreas on os orginais destes países vivem, sempre intercaladas com algumas bandeiras Americanas;
- os vários carros que passam de janelas escancaradas, com a música em altos berros devido ao rádio de goelas abertas, que faz estremecer tudo por onde passam com os baixos do Hip-Hop ou R&B. E, lá dentro, o condutor de ar feroz e convencidíssimo de que é muito cool, conduz, impavidamente, como se nada se passasse, recostado no banco exageradamente reclinado para trás e que o faz parece um aleijadinho, com o pescoço em grande esforço para que consiga ver a estrada... mas, há que manter o estilo!
E assim se passam os fins do dia em Cambridge Street... 'a excepção daquele dia, em que grande burburinho e azáfama se desenrolava 'a volta de algo que atravessava a rua, abrandando o tráfego e parando as pessoas na calçada, que se viravam para trás para dar uma olhada.
Nada mais nada menos do que um tubarão, era transportado pelos que penso terem sido os autores da pescaria, sobre uma plataforma com rodas, que o exibiam orgulhosamente.
E eram "Ah!" e "Oh!" que se ouviam pelo ar, quebrando-se a rotina desta pacata rua.
7.28.2006
7.26.2006
Me and You and Everyone We Know
7.24.2006
Esquecimento Perfeito
David, a minha Primavera, foi para o Brasil há coisa de duas semanas e alguns dias, onde ficará até Setembro.
Uma estada longa, distância que se torna ainda mais acentuada pela Saudade que ficou. Sinto-lhe falta do riso, do olhar, da mão que resvala distraidamente pela minha cintura, dos pequenos gestos que ninguém vê e tanto me dizem, da maturidade inesperada.
A cama ficou estranhamente maior e vazia. Muito mais do alguma vez foi.
O pequeno-almoço voltou a ser apressado e sem piada.
Não consigo evitar olhar para trás cada vez que me cruzo com um carro igual ao dele, na esperança tola de o vislumbrar.
Sendo o olfacto algo tão precioso para mim, poderia dizer que sinto falta do seu cheiro. E sinto, mas um pouquinho menos do que deveria sentir. Na confusão que foi a partida, malas para aqui, roupas para ali, onde vão os sapatos?, acho que não há espaço que chegue!, tens o passaporte?, algo ficou para trás. Vim a descobrir no fim desse dia, a tampa do perfume dele sobre a minha cómoda.
E rejubilei!
Não é o mesmo que sentir o cheiro dele quando o beijo...
Não é o mesmo que sentir o cheiro dele quando mergulho no seu pescoço e sinto os cabelos macios no rosto...
Não é o mesmo que sentir o cheiro dele quando me abraça...
Não é o mesmo que sentir o cheiro dele quando adormeço sobre o peito dele...
Mas... é um pouquinho disso tudo.
Assim, por estes dias, o que é apenas metal, tornou-se o meu pedacinho de céu.
Aproximo-o do nariz, inspiro e tudo é bom por um segundo. Boas recordações, sorrisos, calor.
Cheira a Primavera!
7.23.2006
Dia dos Estrangeirados
E é o 10 de Julho a dar frutos de novo.... coisas da Blogosfera.
Neste meio, é com facilidade que "conhecemos" muita gente de quem nem a côr dos olhos sabemos mas que, pela força do hábito e da presença constante com comentários aqui e ali nos posts dos respectivos blogs, se tornam habitués do nosso dia-a-dia.
Por isso, escrevi neste fim de semana so Tripeiro de Roterdão o seguinte:
" Olá C.,
A propósito do post que fiz acerca do 10 de Julho, ocorreu-me também que foi por essa altura, no ano passado, que te "conheci" e acho sempre curioso e interessante como as pessoas, mesmo sem se conhecerem, 'as vezes se conseguem manter mais em contacto do que com outras com quem tivemos vivências mais próximas.
Também por essa razão, passarei a celebrar esse dia.
Beijinhos e tudo de bom,
Nês"
ao qual recebi uma resposta interessante.
Sugeriu que o 10 de Julho se tornasse o dia dos estrangeirados, coisa que até já deu azo a post no blog dele.
Concordei e, a partir de agora, será sem dúvida uma celebração a manter :)
PS - Tripeiro, não é toda a gente que se pdoe gabar de criar um dia, ah! Ganda pintarola!
Neste meio, é com facilidade que "conhecemos" muita gente de quem nem a côr dos olhos sabemos mas que, pela força do hábito e da presença constante com comentários aqui e ali nos posts dos respectivos blogs, se tornam habitués do nosso dia-a-dia.
Por isso, escrevi neste fim de semana so Tripeiro de Roterdão o seguinte:
" Olá C.,
A propósito do post que fiz acerca do 10 de Julho, ocorreu-me também que foi por essa altura, no ano passado, que te "conheci" e acho sempre curioso e interessante como as pessoas, mesmo sem se conhecerem, 'as vezes se conseguem manter mais em contacto do que com outras com quem tivemos vivências mais próximas.
Também por essa razão, passarei a celebrar esse dia.
Beijinhos e tudo de bom,
Nês"
ao qual recebi uma resposta interessante.
Sugeriu que o 10 de Julho se tornasse o dia dos estrangeirados, coisa que até já deu azo a post no blog dele.
Concordei e, a partir de agora, será sem dúvida uma celebração a manter :)
PS - Tripeiro, não é toda a gente que se pdoe gabar de criar um dia, ah! Ganda pintarola!
7.21.2006
Good Old America
Ontem ‘a noite, ouvia eu descansadinha a minha música, escrevia eu tranquila no meu blog quando vai de começar um chinfrim enorme na rua.
No início não liguei mas, uma vez que o alarido se vinha a avolumar e a prolongar, a determinada altura fui ver o que se passava.
Bem perto da minha casa, no meio da rua, encontravam-se 4 mafarricos: 2 rapazes e 2 raparigas. Um dos casais assistia de braços cruzados e conformadamente ao que parecia ser uma discussão interminável entre o outro casal.
Ela, esperneava, gritava, chorava, berrava, balia, mugia, gania e sei lá que mais. Ele, ouvia calado todos os desaforos que ela lhe dizia e volta e meia lá mandava um ou outro berro que, juntamente ‘a histeria dela, fazia um par digno de um qualquer nome tipo “Duo Ele e Ela”.
Não me pareceu que tivessem muita pressa em resolver o assunto (especialmente ela que não se calava) uma vez que a discussão já durava há bem mais de meia hora antes que me tivesse decidido a ir espreitar ‘a janela e mais meia hora durou até terminar.
Note-se que já passava da 1 da manhã e, no meio do silêncio que reina na parvalheira de Somerville, os gritos dela soavam quase que lancinantes.
No início fiquei preocupada se seria alguma cena de “violência doméstica” fora de casa (se é que isso é possível) mas depois, já estava tão farta de ouvir a gaja guinchar "I hate you! I love you! Fuck you! Leave me alone! Come back!", que cheguei a desejar que o gajo lhe mandasse um par de tabefes.
- Decide-te minha!!!
Espreitando pela janela admirava-me como é que com um escarcéu daqueles a polícia ainda não tinha aparecido. Para festas os vizinhos, mesmo que não se ouça barulho nenhum cá fora, estão sempre mais que dispostos a chamar a bófia mas, neste caso...:
- Ah pois é, devem estar a gostar do espectáculo e ninguém se queixa!
Caramelos!! Humpf!
Enquanto mal dizia a minha vida (pois se aquilo continuasse não conseguiria por certo dormir) eis que aparece um carro da polícia.
- Finalmente! Pronto, é agora que se acaba a peixeirada!
Qual quê? O carro parou, perguntou se havia algum problema (dahhh!), eles disseram que não (daaaaaaaahhhhh!) o carro foi embora e vai de começar o forrobodó outra vez:
- I hate you! I love you! Fuck you! Leave me alone! Come back!
(e os outros panhonhas de braços cruzados ‘a espera que eles se decidissem)
- Oh bai-m'á benda!!!
Bonito! Vou ter que aturar com estes gajos a noite inteira. Está visto que chamar a bófia não adianta... Olh’a minha vida!!! Só me faltava esta.
Já a deitar contas ‘a vida e a pensar seriamente em atirar-lhes com um balde de água para cima (isto sou eu armada em má), vejo de repente o que parecia ser um OVNI a aterrar lá fora, deixando entrar pelas frestas das persianas raios de luz azul, branco e vermelha.
Pois é, bem que poderia ser uma bela introdução para um encontro do terceiro grau (só faltava o orgão de teclas luminosas a fazer a successão de 5 notas, vide filme de Spielberg), até porque a miúda se calou de imediato, como as actrizes, que ficam mudinhas e de boca a abrir e a fechar sem proferir som, qual peixe for a de água... mas não.
Era, nada mais nada menos, do que o batalhão de intervenção, o esquadrão de choque, a força bruta... o Fungagá Americano. Eis que, em menos de nada, estão neste cú de Judas:
Não UM!!!!
Não DOIS!!!
mas sim
TRES automóveis!!!!!! (juro que agora tive uma visão do Carlos Cruz e da Bota Botilde).
Desculpem, três veículos da polícia, de onde saem os bufos gordalhudos, sacudindo as migalhas de donuts do colo, engolindo o último trago de café e apontando ameaçadoramente o foco da lanterna para a cara dos suspeitos (os que berravam e os que assistiam).
Zás trás pás!!!
Pim-pim-pim!!!
Em menos de nada seguiam as gajas para um lado (enquanto que a dama das camélias chorava baba e ranho), os gajos para o outro, os carros desaparecem e voltava o silêncio.
Afinal, a polícia sempre faz algo... tem é que ser, como tudo o que é Americanado, em grande!
Podemos sempre contar com eles: grandes, feios e maus!
7.20.2006
7.19.2006
Aos poucos vai....
Este fim de semana fui pela segunda vez ‘aquela que foi a descoberta mais Fantástica, Maravilhosa, Inesperada e Transcendente que tive desde que me mudei para Boston.
Nada mais nada menos do que a praia de Singing Beach, em Manchester by the Sea, um pequeno vilarejo piscatório a cerca de 45 minutos de comboio de distância, para norte.
Em NY as praias eram execráveis, para além de terem acesso complicado e dispendioso. No entanto, por ser o que se arranjava, eu até me resignei e tinha assumido que por estas bandas nunca encontraria nada melhorzito, uma vez que vim ainda para mais perto do Canadá. Engano!!!
E isto serve já de introdução para o meu ar de felicidade:
Se no Inverno estar perto do Canadá significa de facto muito, mas muito, muito mais frio, o mesmo não se verificou nas águas desta praia. A temperatura é excelente, bastante semelhante ‘aquela que me habituei em Setúbal e em Santo André (essa sim, a MELHOR praia do mundo.... aaaaaaaiiiii, que SAUDADE gigantesca). Para além disso, não existem rochas, o areal é extenso e branco (sim, leram bem, areia branquinha!!) e a água é transparente, permitindo-nos ver sempre o areal sobre o qual nadamos ou pousamos os pés. No primeiro fim de semana tivemos até ondas, perante as quais tínhamos que mergulhar e me deliciei a observar a espuma a passar-me por cima, enquanto os raios de sol escoavam pelo azul.
A praia forma uma espécie de enseada, limitada pelo mar de um lado e por vegetação do outro, quase parecendo, como disse a Sarita quando lhe relatei entusiasmada sobre Singing Beach, a praia da Comporta.
Juro que quando vi a praia, nem queria acreditar. Ainda por cima, da primeira vez que lá fomos, estava quase vazia, devido ‘a final do Mundial de Futebol, para a qual eu e as minhas amigas já nos estávamos a borrifar (gajas!).
E foi tão bom, mas tão bom, que eu só dizia:
- Estou tããããããããããoooo feliz!!!
Até parece que estou de férias em Portugal!!!
E emocionava-me!!
E então, surgiu a frase mais impensável e mafarriquenta ‘a face desta Terra, quase que blasfémica na minha boca, mas que proferi genuína e honestamente:
- Fogo!!! Ainda bem que me mudei para cá!!! Isto é tão melhor que NY!!!
E digam lá que não é mais que merecida esta frase??
E’ só ver o meu ar de satisfação!!
Se tiver Mar, Areia, Sol e Sal nos labios, pouco mais me falta para estar Feliz!
Nada mais nada menos do que a praia de Singing Beach, em Manchester by the Sea, um pequeno vilarejo piscatório a cerca de 45 minutos de comboio de distância, para norte.
Em NY as praias eram execráveis, para além de terem acesso complicado e dispendioso. No entanto, por ser o que se arranjava, eu até me resignei e tinha assumido que por estas bandas nunca encontraria nada melhorzito, uma vez que vim ainda para mais perto do Canadá. Engano!!!
E isto serve já de introdução para o meu ar de felicidade:
Se no Inverno estar perto do Canadá significa de facto muito, mas muito, muito mais frio, o mesmo não se verificou nas águas desta praia. A temperatura é excelente, bastante semelhante ‘aquela que me habituei em Setúbal e em Santo André (essa sim, a MELHOR praia do mundo.... aaaaaaaiiiii, que SAUDADE gigantesca). Para além disso, não existem rochas, o areal é extenso e branco (sim, leram bem, areia branquinha!!) e a água é transparente, permitindo-nos ver sempre o areal sobre o qual nadamos ou pousamos os pés. No primeiro fim de semana tivemos até ondas, perante as quais tínhamos que mergulhar e me deliciei a observar a espuma a passar-me por cima, enquanto os raios de sol escoavam pelo azul.
A praia forma uma espécie de enseada, limitada pelo mar de um lado e por vegetação do outro, quase parecendo, como disse a Sarita quando lhe relatei entusiasmada sobre Singing Beach, a praia da Comporta.
Juro que quando vi a praia, nem queria acreditar. Ainda por cima, da primeira vez que lá fomos, estava quase vazia, devido ‘a final do Mundial de Futebol, para a qual eu e as minhas amigas já nos estávamos a borrifar (gajas!).
E foi tão bom, mas tão bom, que eu só dizia:
- Estou tããããããããããoooo feliz!!!
Até parece que estou de férias em Portugal!!!
E emocionava-me!!
E então, surgiu a frase mais impensável e mafarriquenta ‘a face desta Terra, quase que blasfémica na minha boca, mas que proferi genuína e honestamente:
- Fogo!!! Ainda bem que me mudei para cá!!! Isto é tão melhor que NY!!!
E digam lá que não é mais que merecida esta frase??
E’ só ver o meu ar de satisfação!!
Se tiver Mar, Areia, Sol e Sal nos labios, pouco mais me falta para estar Feliz!
7.13.2006
Fado Moderno
7.12.2006
Estás 'a vontade...
... mas não estás 'a vontadinha, meu!
Estou eu no Domingo a preparar-me para ir para a praia, já de bikini e com a kanga, protector solar e sei la que mais a postos para serem levados, e cadê da minha mochila-verde-tao-prática-tão-fixe?
Nada de a encontrar.
Procurei em gavetas, armários, debaixo da cama, atrás da porta, em cima, em baixo, ao lado, fora, dentro e... nada. Então, de repente, ocorreu-me:
- Caramelo!!!!!
Rouba-me o computador, a maquineta fotográfica e mais tudo o que era aparelho electrónico, faz-me passar as férias no Brasil sem tirar qualquer "pelingrafia" e eu, mesmo assim, abstive-me de apresentar uma declaração ao Juíz sobre o quanto toda a situação me prejudicou, pois problemas já o homem devia ter de sobra. E agora e' que vejo que também me levou a mochila?!?!?!
Não há pachorra!!!!
Agora e' que foi a gota de água!
Nuuuuuuunca se rouba a mala a uma gaja! Nuuuuuuuuunca!
Foi a gota de água. Já lá p'ra dentro, vá!!
Pchiu!! Caladinho, ah!
Vá, andor!
7.10.2006
Já dizia o Poeta...
"Tudo vale a pena, se a Alma não é pequena!"
Fernando Pessoa
Há precisamente um ano, conheci M. nesta noite.
Interessámo-nos um pelo outro, demo-nos bem e o mês que se seguiu foi preenchido por bons momentos, sorrisos, fins-de-semana passados entre NY e Boston, aventuras e encontros que pintalgaram o Casaco Amarelo ao longo dos meses de Julho e Agosto de posts românticos, eufóricos, sensuais, eróticos, divertidos, coloridos… como se espera de uma relação do género: colorida!
Surpreendentemente, o que deveria ter durado um só mês prolongou-se por mais uns quantos, culminando na minha ida ao Rio de Janeiro em Dezembro passado, para um visita relâmpago de 5 dias.
Tudo foi bom. Muito bom!
E tudo acabou. Em exacta e precisamente Nada.
E hoje, para mim, M. é somente um Triste. E é pena!
Mas, valeu a pena?
Valeu!
Valeu porque, directa ou indirectamente, M. acabou por estabelecer a ligação entre mim e as muitas pessoas extraordinárias que conheci. E o Rio é agora ainda mais bonito e Amo-o ainda mais. Pois para além da mágica intrínseca ‘a Cidade Maravilhosa, Ela possui agora daquele calor que só o estar entre pessoas que nos querem bem tráz.
Não haverão palavras suficientes para agradecer o carinho e simpatia com que fui recebida por toda a família de M. Da mesma forma, outras pessoas se converteram em lentes e prismas que trago no olhar e me fazem ver a vida de forma mais bonita: Guerreira, Betinha, Maria Paula, Fêfê, Brinco e as suas filhotas adoráveis, Isaac, Mariazinha, Dalton, Vidal.
E se nesta mão cheia de bem querer não há ordem nem preferência, pois todos foram bastiões de um sorriso de acolhimento indescritível, duas pessoas têm direito a lugar de destaque.
São eles a Dani e o Edu, sobre quem já várias vezes ouviram falar e de quem ouvirão, sem qualquer sombra de dúvida, outras tantas, pois mais que Amigos, são Família.
Se nesta foto, em que as menos de 24h que nos separavam das tradicionais apresentações pareciam ser já anos e anos durante os quais sempre nos tivessemos conhecido e vivido em proximidade, que dizer agora, que fui recebida no Rio assim? (e este foi só o primeiro dia, imaginem!!).
Inenarrável será então falar sobre o que se seguiu, com a ida destes meus dois Amigos até Portugal, onde foram adoptados pelos meus Pais, Irmã, Cunhado e Amigos, tornando-se ainda mais família (adopção essa que podem percepcionar um pouco no Buteco do Edu, na “Saga em Portugal”, saga essa que se iniciou em Junho e promete não ter fim - isto quer dizer que têm que ler o Buteco de cima para baixo, ok?).
Por tudo isto, valeu a pena!
E muito, muito mesmo!!!
Assim, a todos vós, e em especial ao Edu e ‘a Dani, ergo o meu copo de sumo de laranja (ainda não me converti ao álcool :)) e celebro o dia 10 de Julho.
Hoje, agora e sempre, pois sem ele não vos teria na minha vida.
Viv'ó 10 de Julho!!!
‘A vossa! (Dani, esta expressão segue especialmente para ti)
Fernando Pessoa
Há precisamente um ano, conheci M. nesta noite.
Interessámo-nos um pelo outro, demo-nos bem e o mês que se seguiu foi preenchido por bons momentos, sorrisos, fins-de-semana passados entre NY e Boston, aventuras e encontros que pintalgaram o Casaco Amarelo ao longo dos meses de Julho e Agosto de posts românticos, eufóricos, sensuais, eróticos, divertidos, coloridos… como se espera de uma relação do género: colorida!
Surpreendentemente, o que deveria ter durado um só mês prolongou-se por mais uns quantos, culminando na minha ida ao Rio de Janeiro em Dezembro passado, para um visita relâmpago de 5 dias.
Tudo foi bom. Muito bom!
E tudo acabou. Em exacta e precisamente Nada.
E hoje, para mim, M. é somente um Triste. E é pena!
Mas, valeu a pena?
Valeu!
Valeu porque, directa ou indirectamente, M. acabou por estabelecer a ligação entre mim e as muitas pessoas extraordinárias que conheci. E o Rio é agora ainda mais bonito e Amo-o ainda mais. Pois para além da mágica intrínseca ‘a Cidade Maravilhosa, Ela possui agora daquele calor que só o estar entre pessoas que nos querem bem tráz.
Não haverão palavras suficientes para agradecer o carinho e simpatia com que fui recebida por toda a família de M. Da mesma forma, outras pessoas se converteram em lentes e prismas que trago no olhar e me fazem ver a vida de forma mais bonita: Guerreira, Betinha, Maria Paula, Fêfê, Brinco e as suas filhotas adoráveis, Isaac, Mariazinha, Dalton, Vidal.
E se nesta mão cheia de bem querer não há ordem nem preferência, pois todos foram bastiões de um sorriso de acolhimento indescritível, duas pessoas têm direito a lugar de destaque.
São eles a Dani e o Edu, sobre quem já várias vezes ouviram falar e de quem ouvirão, sem qualquer sombra de dúvida, outras tantas, pois mais que Amigos, são Família.
Se nesta foto, em que as menos de 24h que nos separavam das tradicionais apresentações pareciam ser já anos e anos durante os quais sempre nos tivessemos conhecido e vivido em proximidade, que dizer agora, que fui recebida no Rio assim? (e este foi só o primeiro dia, imaginem!!).
Inenarrável será então falar sobre o que se seguiu, com a ida destes meus dois Amigos até Portugal, onde foram adoptados pelos meus Pais, Irmã, Cunhado e Amigos, tornando-se ainda mais família (adopção essa que podem percepcionar um pouco no Buteco do Edu, na “Saga em Portugal”, saga essa que se iniciou em Junho e promete não ter fim - isto quer dizer que têm que ler o Buteco de cima para baixo, ok?).
Por tudo isto, valeu a pena!
E muito, muito mesmo!!!
Assim, a todos vós, e em especial ao Edu e ‘a Dani, ergo o meu copo de sumo de laranja (ainda não me converti ao álcool :)) e celebro o dia 10 de Julho.
Hoje, agora e sempre, pois sem ele não vos teria na minha vida.
Viv'ó 10 de Julho!!!
‘A vossa! (Dani, esta expressão segue especialmente para ti)
7.07.2006
Confesso
Ainda não digeri lá muito bem o facto de os Portugueses já não estarem a competir na final.
Agora mesmo, organizando mentalmente o dia de amanhã, dei por mim a pensar: "quando vai ser o próximo jogo?", para logo depois me bater que este será para disputar o 3º lugar (mas quem é que quer saber disso?).
E foi tão bom acompanhar a progressão da Selecção!!
Embora seja Portista até 'a Alma (O meu coração só tem uma côr: Azul e Branco, como dizia o Fantástico João Pinto, carago), pouco ou nada ligo ao futebol, excepto saber se a minha equipa ganhou ou perdeu e em que lugar da tabela se encontra (gajas!).
No entanto, no que toca a competições Europeias/Mundiais, dá-me uma coisinha e quase morro de ataquinho no meio dos jogos. Veja-se nesta foto, em que a JE (de setinha vermelha sobre a cabeça), na altura em que se celebra o penalty que derrotou a Inglaterra, chora desalmadamente!
Ai, que Saudade....
7.06.2006
4 de Julho dos Nerds
Reunidos junto 'as margens do Charles River, observávamos o fogo de artifício de celebração do dia da Independência dos USA.
A determinada altura, excitadíssima, viro-me para X. e exclamo:
- Não parece um fuso mitótico?
E nesta altura, mais um explosão, mais um efeito especial e eu continuo:
- Olha, agora até já parece a célula em citocinese!!
X. ri-se para mim e consente:
- E' mesmo! E eu que julguei que era a úncia a pensar estas coisas que nada têm a ver com fogo de artifício!
- Deixa lá - disse K., a nossa física - eu quando vejo estas coisas também fico sempre a pensar nos processos físicos que estarão por trás de cada efeito.
- Ena! Agora foi um peixe!!! - exclamei eu novamente (definitivamente, ando a lidar demais com o zebrafish no lab).
Rindo-se e metendo a sua colherada, J. intervem:
- Nada como ser médica! Não vejo nada!
E o fogo prosseguiu.
7.05.2006
Portugal 0 - França 1
E lá tombamos nós outra vez... de cabeça erguida, contudo!
Achei que teria sido justo o jogo ter terminado empatado e resolver-se a coisa mesmo pela sorte das grandes penalidades. Aquele penalty aos 33' não me pareceu correctamente marcado e, embora os Franceses tenham jogado bem, os Tugas lutaram e deram o litro, daí o merecido empate. Houve equilíbrio... menos na sorte!
De qualquer das formas, os meus parabéns 'a Selecção!
E' sempre com emoção, com as lágrimas a dançar nos olhos e a escorreram por fim que, com a mão no peito, escuto e canto o Hino Nacional Português... e sinto orgulho do meu país e de ser Portuguesa, especialmente nas circunstâncias de ter a minha pátria tão longe.
Notícia de última hora
Inpirado pela alma Portuguesa, o meu fatinito acaba de lançar o Hino oficial do match PORTUGAL X FRANCA!
Onde? Aqui :)
Onde? Aqui :)
Ai...
7.03.2006
7.02.2006
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