4.28.2005

Só para dizer que...

Rodeada de amor assim, estou genuinamente feliz... qual criança!


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4.26.2005

Status: Away

Por alguns dias acho que estarei um pouco afastada das lides do Blog.
Assim, não estranhem a ausência. Volto em breve :)

4.24.2005

Reposiçao da Verdade

Há uns posts atrás coloquei umas fotos onde estava a Marie e ela disse-me que não gostou nada de se ver.
Assim, para que não fiquem quaisquer dúvidas de que é toda giraça, eis a prova.
Esta é a minha querida amiga Marie.
Gosto muito dela.
Bonita, não?


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P.S. - Melhor assim? ;)

Nova Filosofia de Vida

" (...)

- Nem tem planos para o fazer?

Ela olhou para ele de repente, como se aquela pergunta fosse a mais inesperada de todas.
- Eu? Eu não tenho planos de nada. Aprendi a não ter planos de nada. Deixo correr as coisas. Vivo os dias, um de cada vez. Assim, há sempre dias tristes e dias felizes. Se planeasse as coisas, e os meus planos não dessem certo, todos os dias seriam tristes. (...)"

Já há muito tempo que não lia nada tão sensato!

in Equador de Miguel Sousa Tavares

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Quase...

Nesta foto, quase que parece que a tatuagem que tenho, afinal, existe naturalmente!


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4.23.2005

Amon Tobin

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Para os apreciadores de Drum ‘n Bass, misturado com jazz, electrónica, uma pitada de ritmos brasileiros, sons aquático e fluídos, batidas cavas e fundas, num ambiente intimista, de luzes e projecções visuais, roam-se de inveja, pois ontem ‘a noite fui até ao Brooklyn assistir ao concerto de Amon Tobin e foi a isto mesmo que tive direito.

Foi E S P E C T A C U L A R!!!!

O armazém Northsix estava esgotado e o público que acorreu ao evento era conhecedor. A música é de facto extraordinária especialmente por ser muito exploratória. Exploratória não só por parte do DJ mas também por parte de quem ouve. Não havia uma única pessoa a dançar de forma igual ‘a outra. Não se gera uma unidade de movimento, ondulante, como se observa muitas vezes em concertos, mas, em vez disso, algo muito heterogéneo.
Fechando os olhos e ficando a escutar os sons e a sentir as ressonâncias a vibrar cá dentro senti coisas completamente inesperadas e movi-me de formas diferentes.
Toda a envolvência incita ‘a abertura de espírito, ‘a entrega aos sons e aos ritmos (e não, não se preocupem que não estou a falar dos efeitos da ganza, pois não fumo :P).
Olhando ‘a minha volta, estava rodeada de pessoas igualmente de olhos fechados e a curtir a sua própria onda. E gostei mesmo disto: pois acontecia não devido a excessos de álcool ou de charros (não se pode fumar em espaços fechados) mas pura e simplesmente porque o pessoal se estava a entregar ‘a música. E o Amon Tobin sabe aproveitar isso da melhor maneira uma vez que, quais marionetas, leva o público até ao topo de montanhas russas de expectativa musical para depois nos largar em pleno deleite de sons/ritmos.

Como performer, também gostei muito do DJ (e isto não inclui o facto de ele ser muito giro e fazer umas covinhas deliciosas na cara quando se ria, um sorriso amplo e lindo… não fosse ele Sul Americano). E’ discreto e simples, comunica com o público de forma não exuberante mas suficientemente forte para se estabelecer uma ligação.

Adorei!!

P.S. - Impera aqui um grande OBRIGADA 'a Marie, que me "introduziu" ao Amon Tobin. Claro que só alguém tão cool o poderia ter feito :)

Só bebe quem não tem cruz, ah!

Aqui, muito embora uma pessoa até já possa ter acima dos 30 anos, mesmo assim, pedem sempre a identificação ‘a entrada de estabelecimetnos públicos, não vá a criancinha embebedar-se.
Isto, inevitavelmente, aconteceu ontem quando, ‘a entrada do concerto de Amon Tobin, e para azar dos azares, o Rich não trazia o B.I. com ele.
O Segurança não esteve com meias medidas. Sacou de imediato de um marcador preto (note-se, um marcador que se encontra em qualquer esquina e que, sem dificuldade, se pode apagar) e diz:

- Well, if you don’t have an I.D. I’ll have to cross your hands so that in the bar they see you can’t drink. (Até me lembrou uma publicidade que houve há alguns anos atrás: não tem cartãozinho, não tem carrinho... mas isso agora não interessa nada :P)

E, ao mesmo tempo que proferia estas palavras, vai de fazer dois X enormes, um nas costas de cada mão do Rich.
Ficámos todos incialmente de boca aberta e depois, como não podia deixar de ser, desatámos a rir e as cruzitas nas mãos foram motivo de chacota para a noite toda, de tão ridicula que era a situação.

No concerto, fartei-me de ver pessoas de cruzes nas mãos a beber cerveja e algumas apenas com uma mão marcada, uma vez que tinham apagado a cruz da mão que mostrariam no bar.

Mais tarde, quando saímos do concerto e tentámos beber algo num bar, o pedido de identificação surgiu de novo e, já conformado e ‘a espera da pergunta, o Rich rapidamente estendeu logo as mãos, apontando-as para o segurança e disse:

- Please, cross me!

Gargalhada geral e o segurança a olhar para nós com cara de parvo.
Infelizmente, esta política inteligentíssima não é aplicada em todos os bares e, nem aceitando ter cruzitas nas mãos, conseguimos entrar naquele bar.

Saia Assombrada

Acho que ando com mau olhado. Bem, eu não! Uma saia que comprei há uns meses atrás.
Só a vesti 2 vezes e, até agora, sempre que o fiz rapei um frio do caraças. Tive tanto frio, tanto frio que acabei mesmo por comprar uns collants na primeira loja que encontrei, para ver se a coisa melhorava.
Note-se que não se trata de uma mini-saia (lamento a desilusão heheh - oh p'ra mim armada em boa) mas sim de uma saia comprida, mas bastante fresca. Apropriada para dias quentes, diria eu mas, sempre que penso que vai ser um desses dias, lá vem o frio.

Usei a saia 2 vezes, rapei frio 2 vezes, acabei por comprar collants 2 vezes (e isto sai caro. Ouch! Em Williamsburg tive que pagar $26... mais que o preço do bilhete para o concerto. Mas estava com taaaanto frio!)
Uma estatistica invejável: 100%!

Vou tentar contrariar esta força mafarriquenta que anda associada 'a saia. Da próxima vez, ponho logo um par de meias dentro da mala, just in case!

(estou mesmo a ver que, com a sorte que tenho, nesse dia perco a mala e não só rapo frio como não posso comprar umas meias :))

Estranho conteúdo

Já a noite ia avançada quando saímos do bar. Distraidamente, ia na conversa e nem reparei que trouxe o copo para a rua (e estava a beber água, ah!). Só quando a Marie me disse é que notei. Não me fiz rogada e acabei por o pôr dentro da mala. Bem jeitoso!

Seguimos para outro bar e, a meio da conversa, vou até 'a mala para tirar algo. Não consegui deixar de rir de tão estranho que era o conteúdo do meu saco: um par de meias usados (as que tinha calçadas antes de comprar os collants*) - "felizmente não cheira Sr.Doutor - e um copo de pint.

Nem parece uma mala de "gaija"!

* ler post anterior

4.21.2005

Atrasado mas Vale a Pena

Ahahahhahahah!!

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Gosto de Amarelo!

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Hoje sinto-me assim...

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Nao sei...

... equilibradamente desequilibrada
ou, desequilibradamente equilibrada?

sem saber para que lado vou
sem saber em que lado estou

direita, esquerda
preto, branco

Não sei... estou perdida
Não sei...

4.20.2005

Anti-Natura

Ontem cheguei ‘a conclusão (embora já tivesse fortes suspeitas) que esta coisa de fazer investigação é muito bonito mas não é lá muito saudável.

Basicamente, passa-se por um deserto de frustração e resultados negativos até que finalmente se consiga obter um resultado positivo.
Uma pequena luz ao fundo do túnel que, ao fim de muitas tentativas, não se trata de um comboio em direcção oposta.

A prova disso é a reacção que tive quando, ao fim de 3 longas e penosas tentativas falhadas (mais de 2 semanas de trabalho), consegui ver, finalmente, a in situ a funcionar. Uma simples e vil in situ. Desatei a chorar de felicidade por ver uma porcaria de umas manchinhas côr-de-rosa no embrião (que nem são assim tão informativas quanto isso mas isso é outra história).
Já estava tão desanimada e tão convicta que, mais uma vez não ia funcionar que, dado o resultado positivo, reagi, a meu ver, de maneira completamente anormal e exagerada tendo em conta do que se tratou.

Não é lá muito bom, pois não?

E’ o que dá a investigação não ser, como a Laura diz, “cada tiro cada melro” mas, em vez disso, ”em cada mil tiros, sai uma pena”

Maratona Eclesiástica

E pronto, o novo Papa é Alemão.
Pelo andar da carruagem, está visto que mais 3 rondas de eleição vão ser necessárias até que chegue a vez de ser um Português: Polónia, Alemanha… França, Espanha, Portugal!
Isto porque ainda não percebi bem quais são os critérios de selecção.... este até é facilzinho de perceber :)

E’ o que se arranja!

Há uns post atrás queixava-me que ainda não tinha encontrado por estas bandas ninguém famoso. Afinal, encontrar até encontrei, só que nem dei por isso.
Qual não é o meu espanto quando ontem, num dos raros momentos em que vi televisão, me deparo com a minha médica escarrapachada no Jornal da Noite.
Pronto, não é o Brad Pitt mas ao menos conheço alguém que aparece na TV :P

4.18.2005

Finalmente a Primavera Chegou

Já encontrei destas flores!

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Esta Podia Ser Eu... Vêem?

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Lição de Civismo

A cena passou-se junto ao Ground Zero, onde estacionar não é tarefa fácil.

Um condutor encontrou um lugar vazio, seguiu um pouco ‘a frente para começar a fazer marcha atrás e estacionar quando, vindo de trás, vem um outro carro que se mete no espaço a ocupar pelo primerio em menos de 2 tempos.

“Já vai haver molho”, pensei.

O condutor lesado, calmamente, deixou o outro estacionar, para depois se colocar paralelamente, abrir a janela e, com um sorriso nos lábios, trocar umas palavras.
Não sei o que disse: só sei que o fez pacificamente, em tom civilizado, como se de uma conversa se tratasse e não da “peixarada” que se adivinhava. Para meu espanto, o condutor já estacionado, também muito civilizadamente, retirou-se do lugar ocupado e deu-o a quem a ele tinha direito, ao primeiro condutor.

Fiquei boquiaberta. Talvez porque em Portugal as pessoas se comportem na onda do “salve-se quem puder” e “o mundo é dos espertos”, estando literalmente a borrifar-se para o certo ou errado, quem estava primeiro ou depois.

Mais ou menos assim:

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4.17.2005

Porque Ha Fotos Assim (XIV)

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Actualização Cultural (Parte II)

Há uns fins de semana atrás fui até ao Met (Metropolitan Museum of Art), a um concerto. Fui escutar "The Music of Steve Reich".
Como o Rui me dizia, há quem FALE de Steve Reich (e é então um intelectualóide) e há quem de facto OUÇA Steve Reich e, assim sendo, é um verdadeiro intelectual. Não considero que me inclua em nenhuma destas categorias mas, dado o comentário, fiquei um pouco de pé atrás:
- Querem ver que me vou meter em mais um concerto no género da música experimental japonesa? (ver Post "E NY ficou tão silenciosa!", dia 20 de Março)

Felizmente não. Foi um concerto excelente.

Iniciou-se com um peça de 1972, denominada Clapping Music, onde o próprio Steve Reich e um outro músico tomaram conta do palco e, utilizando apenas as mãos, construiram uma música feita de palmas. Gostei e concordo que, na época, deva ter sido algo bastante inovador. Hoje em dia não me surpreendeu tanto mas, mesmo assim, teve nota positiva.

Após esta introdução, segui-se, para mim, o momento alto da noite, com a peça Triple Quartet (1998). Dois violinos, uma violeta e um violoncelo acompanharam sonorizações, também estas de cordas, fazendo com que os quatro músicos parecessem ser apenas uma parte de uma conjunto de cordas imenso. A música, muito intensa e minimalista, era linda e foi eximiamente interpretada. A determinada altura emocionou-me de tão forte e melódica.
Como vêm, nada de ruídos ensurdecedores erroneamente chamados de música.

Por fim, segui-se a obra Three Tales (2002), onde uma série de vídeos de Beryl Korot foram projectados ao mesmo tempo que composições de Steve Reich acompanhavam as imagens. As 3 histórias a que o título da obra se refere foram 3 eventos que, na óptica dos autores, constituiram marcos na história da século XX. Uma vez que esse século teve uma componente tecnológica muito forte, os acontecimentos escolhidos foram o Hindenburg (zeppelin cheio de Hidrogénio que se incendiou quando sobrevoava Manhattan/New Jersey), os testes nucleares no atol de Bikini e, por fim, a clonagem da Ovelha Dolly. Antes do visionamento/audição da obra, ambos Steve Reich e Beryl Korot estiveram no palco onde foram questionados sobre vários aspectos da peça, o que ajudou não só a conhecer um pouco dos bastidores da obra como também da personalidade dos autores. Foi interessante.

Porque o mesmo tipo de construção musical e visual foram usados ao longo da peça, a determinada altura acho que se tornou um pouco monótono mas, tivesse sido mais sintético, achei que abordava muito bem os temas e que a música fornecia o suporte emocional necessário. As imagens eram maioritariamente a preto e branco, títulos de manchetes de jornal eram repetidos por vozes que alternavam entre si as mesmas palavras, criando ecos e sons novos, números apareciam a vermelho mantendo presente uma contagem decrescente e criando uma certa tensão, citações de cientistas e testemunhas apareciam de vez em quando interrompendo a cadência já estabelecida... muito interessante.

Gostei particulrmente da peça sobre o testes atómico. Focou-se em todos os preparativos antes dos testes. Viam-se os nativos a arrumar os seus haveres, a partir, ouviam-se os americanos a enaltecer a importância para a Humanidade dos testes prestes a acontecer, viam-se as praias vazias. Criou todo um crescente de expectativa quanto 'a explosão propriamente dita mas, no fim, nada se vê 'a excepção de umas palmeiras que, inicialmente esverdeadas, se movimentam violentamente, perdem a côr, passam a preto e ficam carbonizadas.
Para bom entendedor meia palavra basta, certo?

Foi, mais uma vez, uma noite muito bem passada.
Gostei e parece-me que até passei o teste de intelectualóide para intelectual bastante bem :)

PS - Se ficaram com curiosidade quanto a Steve Reich, nada como dar uma espreitadela a esta página

Vosges

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Qual seria a dúvida com que eu e a Marie nos debatíamos?

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Só podia ser algo quanto ao chocolate a escolher!
Fomos até 'a boutique de chocolates Vosges, onde têm trufas divinais e chocolates deliciosamente exóticos. A loja é também um deleite para a vista, pois tudo tem um "je ne sais quoi" chique!
Para os amantes de chocolates, aconselho vivamente. Para aqueles que não o são, eis uma boa oportunidade de descobrirem que afinal passaram a vida enganados e que chocolate é, de facto, bom.

4.16.2005

Se eu fosse...

... uma pastilha elástica num passeio de NY!

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Vantagens de ser amiga pessoal de uma Artista: Si

Fui afortunada o suficiente para ter conhecido na minha vida a Si.

Quis o destino que nos conhecessemos na Alemanha e que agora, mesmo estando em pontas diferentes dos USA, continuemos unidas, quais "manas, como carinhosamente gostamos de chamar 'a nossa amizade.

E' uma pessoa linda por dentro e por fora.
Para além da beleza que naturalmente emana, presenteia ainda aqueles que a rodeiam com a sua arte: pintura, fotografia... é sem dúvida uma artista!
Eis a espectacular imagem de que é autora e com que me galardoou hoje:

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Até parecia que adivinhava as saudades que eu tenho do mar, da praia e da areia.

Obrigada Si! :)

Até que os Ouvidos Me Doam

As últimas semanas foram muito musicais.
Isto porque adquiri o meu mais recente melhor amigo. Ele é nem mais nem menos do que o fantástico, espectacular, fabulástico, espectaculoso, formidável, admirável, extraordinário... (rufar de tambores)

suspense...

suspense...

suspense...

iPod!!!! Tchanam!!!!!

Uma "sumidade"!!!

Vou com ele para o todo o lado e a minha realidade tem agora sempre uma banda sonora subjacente. Só não nado com ele porque ainda não iventaram a versão anfibia.
Gosto tanto, tanto dele e uso-o tanto, tanto que até fiquei com os ouvidos doridos de usar os auscultadores durante tanto tempo.

E' mesmo caso para adaptar o Fado "Até que a Voz Me Doa" para "Até que os Ouvidos Me Doam". Quis o meu Fado que ficasse viciada neta peuqena maquineta.

Digam lá que não é o máximo!!!

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4.15.2005

Pés e Mãos

Uma coisa em que reparo muito nas pessoas são as mãos.
Gosto de ver o dedos, as articulações, a maneira como gesticulam para ilustrar situações ou como podem descansar esquecidas sobre uma perna ou suspensas no ar. Gosto também de tentar saber um pouco mais acerca da personalidade de alguém através das mãos: unhas roídas ou tratadas, aperto de mão firme ou inseguro, dedos longos ou pequenos, delgados ou papudos...
Há toda uma linguagem inerente 'as mãos que gosto de observar e descodificar. Até as próprias sombras projectadas pelos dedos são interessantes de observar.
Curiosamente, o mesmo se pode aplicar aos pés, embora por não estarem tão expostos acabem por passar um pouco despercebidos.
Reparem como até "podem dar as mãos" :)

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4.12.2005

Azarito

Como alguns de voces ainda devem recordar (para aqueles que acompanham este blog desde o seu nascimento) a determinada altura, apos a minha chegada a NY, decidi comprar uma carpete para o meu quarto.
Branquinha, fofinha, de la, uma delicia... ate ontem!
Um dia e' dia e, como superficie candida e clara que e', estava mesmo a pedir o que? Quem sabe, quem sabe?? Ora pois, uma bela nodoa. Ontem baptizei a desgracada da carpete com uma bela mancha cor-de-laranja. Nao uma mancha qualquer... uma "ganda" mancha, incapaz de passar desperciba ate mesmo ao mais cegueta dos ceguetas.
Hmmm, que fazer?
Primeiro ataquei com o detergente para a loica e com a escova. Esfrega daqui, esfrega dali... nao adiantou muito, antes pelo contrario. A coisa alastrou e ficou uma bela mancha com um gradiente que vai do laranja ao castanho-cor-de-burro-quando-foge, digna de um quadro contemporaneo, daqueles que nada mais sao que uma tela branca salpicada de caganitas de coelho ou com moscas esborrachadas (eu hoje estou inspirada, ah!).
Segui-se a lixivia para cores que uso na maquina de lavar. Novo ataque com a escova mas... nepias.
Ok, vou mandar lavar a seco! - pensei.
Pesquisei na net quanto seria, MAIS OU MENOS, fazer isso e quase que me deu o badagaio.
Que?!?! Tanto?!?!
OK, mais vale comprar uma carpete nova... desta vez tudo menos branca :)

4.11.2005

Qual a relação entre NY e a Mesoderme do Zebrafish?

Em NY é muito fácil uma pessoa orientar-se.

As avenidas correm paralelas, no sentido Norte-Sul, sendo numeradas por ordem crescente de Este para Oeste. As ruas, paralelas entre si também, são perpendiculares ‘as Avenidas e são numeradas por ordem crescente de Sul para Norte. Assim, desde que se saiba contar e onde está o Norte, uma pessoa sabe sempre para onde ir… isto, na maioria das vezes pois, embora os números sejam a regra vigente na cidade, há excepões.

Algumas ruas e avenidas, vá-se lá saber porque carga de água, têm nomes em vez de números. E aí é que a “porca torce o rabo”. Fico sempre algo confusa cada vez que entram os nomes.
“Hhhmmm… esta rua é para cima ou para baixo desta?”

Eu trabalho na 1st Av. e hoje tive que ir até ‘a Park Av. Lá me pus eu a pensar:
- “OK, há a 1st, 2nd, 3rd e depois há 3 avenidas com nomes: Lexington, Park e Maddison… ou será Park, Maddison e Lexington?? Ou Maddison, Park e Lexington?”

E’ sempre o mesmo, fico sempre com dúvidas.
Hoje prestei atenção e então verifiquei que, tendo em conta a primeira letra de cada uma destas Avenidas, a ordem é L (Lexington) P (Park) M (Maddison): LPM. Ora LPM não é nada mais nada menos do que o mesmo conjunto de letras que uso constantemente no meu dia-a-dia no laboratório para me referir ‘a placa mesodérmica lateral… que em Inglês é a Lateral Plate Mesoderm (basicamente, um dos tecidos que constituem o peixito com que trabalho, o zebrafish).

Impossível esquecer a partir de agora!

Nada como uma boa menemónica para não me esquecer mais da ordem das Avenidas. Agora só me falta arranjar pr’aí mais umas 100 para as ruas do SoHo, Tribeca e afins. Se calhar o melhor mesmo é andar sempre com um mapa :P

Porque Há Fotos Assim (XIII)

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Vou dormir...
Apetece-me ser abraçada assim!

4.08.2005

Actualização Cultural (Parte I)

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Os dias que se passarm foram deveras culturais e intelectualóides. Fui a muitos sítios, vi muitas coisas, sobre as quais quero escrever... sobre todas. Como são bastantes, vamos por partes.

Começando por 6a feira passada, dia 1 de Abril, fui até ao Brooklyn, nomeadamente ao Harvey Theater no BAM (Brooklyn Academy of Music), ver a "Play Without Words". Tratou-se disso mesmo: de uma peça sem palavras, mas sem ser possível definir um estilo em particular. Tinha de tudo: representação, dança, musical, comédia, música ao vivo.. tudo sem palavras. Mas, como "uma imagem vale mais que 1000 palavras", nada se perdeu pela ausência de diálogos, antes pelo contrário.
Era produzida por Matthew Bourne, director e coreógrafo bastante conceituado, de que a maioria das pessoas se lembra por ter feito o "Lago dos Cisnes" só para homens ou, peça representada num das últimas cenas do filme Billy Elliot.
A acção era muito intensa uma vez que várias das personagens eram representadas ao mesmo tempo em triplicado (por 3 bailarinos/actores distintos), dando uma sensação de dinamismo e omnipresença extraordinária. O cenário, embora muito simples (duas escadarias giratórias e umas portas de vai-vem), não podia ter sido mais ideal. O subir e descer de escadas, abrir e fechar de portas conferia 'a acção um ritmo constante e fluído. O jogo de luzes era óptimo e a música ao vivo, excelente. A banda sonora andava muito pelos Blues, Jazz... sons que se ouvem em ruelas escuras, 'a noite, de algum suspense, passando também por múscias tipo Cabaret ou Musical da Broadway.
Teve cenas de humor indescritíveis, desde a rotina de uma das personagens a ser vestida/despida pelo criado até 'as fantasias sexuais que percorriam a mente da personagem enquanto observava a sensual empregada a debruçar-se e a limpar o pó, exibindo umas pernas longas e bem torneadas. Esta passagem em particular era acompanhada de um jogo de luzes e música/ritmos diferentes que ilustravam na perfeição a transição do que ia na cabeça do personagem e do que era a realidade.
Foi também nesta peça que vi uma das melhores representações eróticas, tudo em cima de uma simples mesa de cozinha, de madeira, só com 2 pessoas que, sem fazerem qualquer gesto explícito ou óbvio, transpiravam sensualidade e desejo em cadamovimento.
O teatro onde fui ver este espectáculo era lindo. Uma sala enorme, com um aspecto totalmente não cuidado, no sentido de que se viam falhas nas paredes, alguns tijolos, uns canos, umas cortinas gastas pelo tempo mas quel no seu conjunto, se tornava um cenário muito bonito.
As cadeiras eram altas, como as de um bar (já estão a ver que fui para a galeria, não é, hehhe) pelo que a vista não podia ter sido melhor.
Como vêm, foi uma noite muito bem passada.
Eis uma review que encontrei acerca do assunto:

"With a cast that gets into more positions than there are in the Kamasutra, "Play Without Words" is the hottest show in town -- and it does it all without dialogue. "Inspired by" Joseph Losey's film "The Servant," based on the novel by Robin Maugham, choreographer-director Matthew Bourne's erotic, sinister, witty take on corruption and seduction is setting the Brooklyn Academy of Music's Harvey Theater on fire.

Bourne details that most British of conflicts: class differences as embodied in the aphrodisiac of sex. In his last New York outing, "Swan Lake," Bourne's strategy was to cast only males in the roles of the transformed cygnets. This time, he has two or three performers playing each character, offering a time traveler's view of events that would make Einstein proud.

Breaking down specific actions into several parts both reflects and deepens the physical act. The result is an ambiguous scrambling of motivations so that the story is told on various levels and from shifting perspectives. Occasionally the focus becomes muddied, but the overall through-line is clear.

Ter"ry Davies' jazzy, bluesy music, under Michael Haslam's musical direction, is played by a superb band. Bourne's sinuous choreography ranges from classic ballet to the frug. These are the swinging '60s, with their abundance of anything-goes freedom. For all its mod style, though, this is also the classic theatre of reversals, feeding into everyone's secret schadenfreude as master is toppled by servant.

Using a revolving staircase and a background of tilted London landmarks, set designer Lez Brotherston creates a crazy-quilt environment, lit with dreamlike intensity by Paule Constable. Brotherston's smart costumes pinpoint each character's place in a universe of dark betrayal, sexual ambivalence, and cheerful hedonism.

Bourne doesn't neglect humor, although it's shaped like a stiletto. And his sizzling cast is up to every nuance, teasing the audience into delicious voyeurism."

Porque Há Fotos Assim (XII)

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Para Aqueles que sempre Quiseram Ser médicos...

Ainda há esperança. Afinal só é preciso imaginação :)

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Soluçao 'a vista!

Bem, parece-me que vou conseguir contornar o problema das imagens no Blog. Demorará, contudo, algum tempo a "arrumar a casa". Como já é tarde, trato disso amanhã.
Deixo-vos com a foto de um fim de dia de que sinto falta: com mar, com sol e com horizonte.

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4.07.2005

4.06.2005

Desgraça Eminente?

Hhhmm, já há mais de um dia que a maioria das imagens não aparece no Blog e que o servidor onde normalmente as ponho está em baixo. Será que pifou?? Espero sinceramente que não... se sim, lá se foram horas de trabalho e afinco... e ainda por cima não recebo qualquer indemnização!

NY pode ser uma Seca

Ora ia eu no metro toda lampeira, em plena hora de ponta, com o metro a rebentar pelas costuras de "Noiorquinos" quando, por entre o barulho das conversas, distingo o Português. Prescrutei a multidão e facilmente dei com a fonte: nem mais nem menos que 2 actrizes Portuguesas, das telenovelas.
Mas que azar, ah! Já é a 2ª vez que vou encontrar, aqui em NY, pessoas conhecidas em Portugal que, no país de origem nunca vi. Será que tenho que ir para Portugal para ver os famosos daqui?
Mas onde raio andam o Jack Nicholson, o Moby, a Meryl Strip? Vim eu de tão longe para ver Tugas?
OK, bem sei que, provavelmente, não andam de metro. Isso é para os "pobres' mas, mesmo assim! Bah!

4.03.2005

Hoje Acordei Assim...

A precisar da tranquilidade e paz que me trás o Mar, a 'Agua, o Azul!
Ser parte dos elementos: areia, céu, horizonte, sal, água, fluidez, paz, silêncio surdo, mergulho, olhar 'a minha volta, mundo azul, mundo de luz e espuma acima de mim... tranquilidade, conforto. Só azul, só mar, só....
Já fui assim tantas vezes, mas nunca as vezes suficientes... é sempre pouco.
Preciso ser assim, estar assim outra vez...
Só...

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4.02.2005

Será que é aqui a "Luz Vermelha" de NY?

Quando o Ricardo e o Hugo me visitaram em Novembro, surgiu uma dúvida pertinente. Onde é que andam "as meninas" nesta cidade? Quem sabe? Quem sabe?
Pois é, eu não sabia e a resposta que recebi quando inquiri pessoal daqui foi de que não existe um sítio específico. No entanto, olhando com atenção enquanto passeava por Tribeca, verifiquei que existir, existe... está é camuflado!
Ricado, afinal "elas andem aí"! :P

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A Mulher Ideal

Eis uma escultura situada no SoHo que homenageia uma das fantasias sexuais comum a todos os homens (homens que gostam de "gaijas", diga-se): rica em mamas e em traseiro:

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Aliás, o Pedrocas dá provas disso, hehehe (espero bem que não lhe dê um treco ao ver a foto aqui):

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4.01.2005

Agora, uma história com 27 anos

Não resisti a revisitar um texto que publiquei no ano passado aqui, a propósito do meu 26º aniversário.
Esta foi a maneira como a minha querida Tai-Tai expressou os seus votos de "Feliz Aniversário", de que tanto gostei e que tão original achei.
Assim, ficam também a saber da melhor maneira como foi o evento que, após 27 anos, celebrei!

"Hoje vou contar uma história:

Um dia, uma grávida muito grávida foi ao médico! Depois dos exames de rotina perguntou:

- Então, Sr. Doutor?

- Está tudo bem, mas o parto ainda não é para já.

- Não? Mas eu estou com tanta vontade de conhecer o meu bebé!

- Pois é, mas ainda não está para já. Volte daqui a uma semana...

Uma semana passou. A grávida lá voltou!

- Então Sr. Doutor?

- Está tudo bem, mas ainda não há sinais de parto eminente. Como jé fez mais de 40 semanas de gestação, se o bebé não nascer até à próxima segunda-feira de Páscoa, vamos provocar o parto.

E a grávida veio embora para casa...

Entretanto o bebé, lá no seu ninho quente e fofo, tinha ouvido tudo e pôs-se a pensar:

- Com que então, querem-me expulsar do meu cantinho! E eu que estava aqui tão bem! Mas se pensam que me vão tirar daqui à força estão muito enganados! Hei-de sair daqui pelos meus próprios meios, mas só para chatear só saio mesmo no prazo limite.

E assim fez! Na famosa segunda-feira de páscoa, lá anunciou ele a sua chegada! O parto foi normal e sem problemas, ou não fosse a Mãe uma verdadeira atleta! O Pai também foi um herói! Enfrentou o parto com uma bruta enxaqueca e uma paragem de digestão...Só vacilou um pouquinho ao fim, mas isso agora não interessa nada.
E lá apareceu o tão ansiado bebé! Uma linda menina, com mais de 0,5 m, com uma cara sem rugas e linda de morrer. Veio com as garras afiadas e a fazer co-có, (que é como quem diz a cagar-se) para aqueles abelhudos de bata branca que a obrigaram a sair do seu ninho.
Para os pais uma felicidade sem fim!! A família toda rejubilou! Do lado do Pai: primeira neta e primeira sobrinha. Avós e tios babadíssimos!
Ainda é jovem, mas já com um percurso de fazer inveja a muita gente! Com a sua inteligência, determinação e força de vontade conseguiu sempre tudo aquilo a que se propôs, deixando todos os que a amam felizes e orgulhosos!
Hoje podem encontrá-la em Nova Iorque. De casaco amarelo, um corte de cabelo à maneira e um sorriso que põe os "camones" todos com a cabeça a andar à roda...
Já todos adivinharam o nome da heroína da minha história! E' a Inês, uma "Estrela" Portuguesa concerteza... "