4.04.2006

Concerto ‘a 6a (cont.)

Neste post vou, literalmente, dar-vos música. Isto porque vos vou tentar ilustrar, da melhor maneira possível, o que foi o concerto da Cesária Evora na passada 6a feira, com abertura do Seu Jorge.

Cá fora já se antecipava com excitação o concerto a que dentro de minutos iríamos assistir. Aqui, eu e o meu amigo Tony, exibindo orgulhosamente os nossos bilhetes ‘a entrada do Orpheum Theatre:

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A casa estava cheia e o craque Carioca, no palco apenas com o seu violão, desde logo conquistou a assistência com a sua simplicidadde, boa disposição e capacidade de comunicação. Começou por tocar uma das suas canções mais conhecidas:



Seguindo-se depois um clássico do Samba:




Para quem não sabe, o Seu Jorge, para além de ter sido personagem no filme “Cidade de Deus” (Mané Galinha), tornou-se sobejamente conhecido após ter participado no filme “The Life Aquatic with Steve Zissou”, onde contracenou com Bill Murray e interpretou, em Português, hits do David Bowie. Basicamente, é sobre este último facto que ele aqui fala. Mesmo que num Inglês macarrónico, a plateia percebu tudo, riu com ele e apreciou o esforço:



Para finalizar a sua pequena intervenção, a qual parecia estar ansioso por terminar tal era a excitação com que, tal como nós, esperava ansiosamente pela performance de Cesária, deixou-nos com “Favela”, canção onde refere os problemas sociais do Brasil e que, com tanta Alma, expressou um dia ver solucionados e poder contribuir para esse caminho melhor. Adorei ouvi-lo!



Passado o intervalo, eis que chega o grande momento em que começa o concerto da Diva de Cabo Verde. Como se poderão aperceber, o ângulo dos filmes muda significativamente. Isto porque, ‘a boa Portuguesa, reparei que na primeira parte do espectáculo havia 2 lugares mais ‘a frente e, arrastando um António bastante relutante, fiz com que nos mudássemos para lá. Não tivémos grande sorte e os donos dos assentos apareceram após o intervalo. Pelo menos deu para ver o Seu Jorge. Lá fomos nós recambiados para os nossos lugares mas não quero deixar de dizer que acho muito mal que o pessoal que não aparece logo no início apareça mais tarde. Estávamos tão bem sentadinhos lá ‘a frente, heheh!

Bem, começa o concerto.
A introdução deixou logo o pessoal ao rubro. Ah, é verdade, ao longo dos filminhos vão-me perdoar os guinchos que solto e os abanões que por vezes a câmera sofre. E’ que eu estava tão mas tão entusiasmada que não conseguia deixar de me expressar e de me abanar ao som daqueles ritmos contagiantes. A coisa começava logo pelo saxofonista que, para além de ser um músico exímio, dançava e abanava-se de tal maneira que só me apetecia saltar para o palco e dançar com ele.



Depois, eis que ela aparece:



A voz dela é extraordinária. Sem qualquer esforço, soa tal e qual como nos CDs que já conheço de trás para a frente. Foi com muito agrado e emoção que escutámos clássicos, como “Petit Pays” e “Sodade”:





Sentia-se na plateia uma vontade de dançar que fervilhava. Teria bastado um sinal da Cesária para que todos saltássemos das cadeiras e começássemos a fazê-lo, mas ela é muito quietinha. Só bate o pezinho e pouco mais, mesmo assim não cantando com menos Alma. Por ser tão sossegada, arrancou uma sonora gargalhada do público quando se bambuleou por segundos, mostrando que também dança:



Tanta emoção cansou-a o que fez com que, relaxada e descontriadamente, se sentasse ‘a mezinha situada no meio do palco e, bebendo uma água e fumando um cigarrito, desse lugar aos músicos. Mais uma vez, devo referir, excelentes:



O concerto decorreu num ápice, de tão bom que foi. No final, para “encore”, tivémos ainda direito a uma versão de “Besa-me mucho” que, na voz da Cesária, adquiriu contornos mais quentes.
Saímos os 3 completamente extasiados mas não tanto que não tivessemos conseguido vislumbrar na multidão que agora saía alguns músicos da banda. Claro está que fui logo ter com eles, pedi autógrafos, falei um pouco e, como não podia deixar de ser, tirei uma foto (irmão de um dos músicos, saxofonista e baterista):

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O baterista veio logo com a conversa:
- Dama, qual é o seu nome? A dama é tão bonita!! E’ casada? Se não, casa comigo Dama!!

Fónix, até me assustei. Agarrei-me logo ao Tony e ao António, fingindo que n˜åo ouvi nada e dizendo:
- Estes são os meus amigos!

-Dama, dê-me um abraço?!

Parece que o esquema não funcionou e tive mesmo que voltar costas.
Acho que, tal como nós, ele estava apanhado pela magia da Cesária… só que lhe dava para aquilo! Ainda se fosse o saxofonista a querer dançar comigo! :P

7 comments:

Anonymous said...

A Dama arrasa por onde passa!!
Ehehheheheh...

Ivone

∫nês said...

Goza Goza marreca! :)

Anonymous said...

Ahahahaahhahhahhah

:-DDD

Ivone

Susie said...

Adorei este post.
Por onde andas espalhas o charme :)
Deste um desgosto ao rapazito, coitadinho, deve andar pela casa a choramingar pela Dama :))
As mulheres são assim mm, por onde passam deixam corações partidos eheheheheh.
Bjinho enorme

Anonymous said...

diz lá que n foi a melhor prenda de aniversario que te dei...i'm simply the best (the office hsghsgshgshghs)
jokas meb ;)

C@B said...

E se ele soubesse do teu pífaro, então é não te largava!!!

∫nês said...

Se soubesse do pífaro não! Se soubesse do que faço com a palheta do dito, hehehe :)