Eis-me finalmente com algum tempo para falar sobre a minha ida a São Francisco. Só lá tinha estado uma vez, nomeadamente no ano passado em Julho, altura em que até lá me desloquei para ir a uma conferência. Se na altura detestei a cidade por estar confinada ao Financial District e não ter qualquer amigo para me mostrar os recantos da urbe, desta vez, pura e simplesmente, adorei São Francisco. Isto porque, primeiro que tudo, os 4 dias que lá passei foram todos na companhia da minha querida mana Si.
A Si, a quem conheci na Alemanha há já 6 anos, tornou-se uma grande amiga desde o primeiro segundo que nos conhecemos e, volvido todo este tempo, a cada dia se torna mais próxima e mais intíma, daí (Crespita, sem menosprezo para ti), ser a minha outra Mana. Damo-nos extremamente bem, veja-se a “sessão de fotografias” (que acabou mais por ser de risos, quando a Si, artista nata, tentou aproveitar a luz):


Estar na companhia dela e de toda a beleza e boa disposição que emana, tanto na sua maneira de ser e de estar como na maneira de se rodear não só de pessoas super porreiras como também de uma casa linda de morrer com um jardim de fazer chorar de inveja qualquer um, tornou São Francisco um portento.
A cidade transpira relaxamento e descontração.

As pessoas são super simpáticas e afáveis, tendo-me acontecido por diversas vezes receber sorrisos na rua e ter estranhos a oferecer-me o que comiam enquanto deambulava pelas ruas. Isto agradou-me sobremaneira uma vez que, no geral, tanto em NY como em Boston, as pessoas (embora por vezes curiosas) na sua maioria passam por nós sem sequer olharem.
O tempo maravilhoso e solarengo parecia intensificar as cores da cidade, algo que também me agradou particularmente. Há muita côr!! Claro que na zona da Castro, centro gay da cidade, isso não é de surpreender, mas achei que São Francisco era muito mais colorido e luminoso do que a Big Apple (que se torna sombria devido a tantos arranha-céus e cimento) ou Cambridge, onde as pessoas parecem cinzentas por natureza (mas também só as conheci durante o Inverno).




Passeei a pé pela Castro, Mission, Church e Market streets, e zonas circundantes, passando pelo parque.

Sabe bem caminhar pelas ruas. Parece tudo muito familiar e uma pessoa sente-se benvinda. Sendo a cidade o estandarte da movimento Homossexual, achei piada a certos anúncios na rua:


Também no metro se encontram anúncios curiosos, mas esses uma verdadeira ode ao cúmulo do “gosto-de-gastar-dinheiro-com-inutilidades”. Neste caso, anunciam um degrauzito para que o cachorro não se canse muito a subir para o sofá ou a descer do automóvel (acho que a associação defensora dos direitos dos animais devia intervir. Os coitados dos animaizinhos não deveriam ter que aturar estes humanos doidos):

Após uma grande volta “a penantes”, apanhei o Bart (metro) até Ocean Beach, onde pude estar ao pé do mar. Confesso que a praia não é lá muito bonita e o mar estava bastante revolto devido ‘a ventania que se fazia sentir mas, mesmo assim, soube-me pela vida: o cheiro a maresia, o calor na cara, o vento nos cabelos e, por incrível que pareça, o Sol no local certo. Para qualquer Português, faz sentido ver o Sol pôr-se no mar, enterrando-se no azul. Ora, estando na costa Este dos USA, o sol está sempre no sítio errado, escondendo-se em terra. Assim, soube bem ter tudo no sítio, nem que só por um momento. Pela primeira vez, toquei no Oceano Pacífico. Deveria ter sido o pézinho mas, como estava um pouco frio (e não se pode confiar nos tubarões, hehe) fiquei-me pela mão, momento único na história e que aqui partilho convosco. Neste filme curto também os passarocos "speedy Gonzalez":
5 comments:
Nossa! Incrível o filmito! Como você o pôs no blog? Ensina-me! É difícil? Quem ensinou-te?
Hmmm, Nes... acho que foste tu quem levou o coracao de Sao Francisco... ;)
Ansiosa pela tua proxima visita!!
beijos,
Si
Olá! De SF à Figueira é um pulinho ...
Gostámos muito (pá e mã da Si).
Revivemos também os momentos que lá passámos. Divertimo-nos e ficámos ainda com mais vontade de voltar a SF.
Parabéns à realizadora e aos actores!
Beijinhos
De SF 'a Fiqueira é um pulinho bem como de Boston onde, espero, poder receber a Si tão bem quanto fui recebida.
Já sabem que são benvindos também!
Fico feliz por terem gostado do relato e por este ter servido para espicaçar a vontade de voltar lá. Eu também fiquei ainda com mais vontade de viajar de novo para lá 'a medida que escrevia e relembrava todos os bons momentos lá passados.
Mas, também, só podia. A Si é o máximo :)
Um beijo muito grande!
Com esta maravilha descritiva, até eu fiquei com a sensação de ter que ir a S.F. Quem sabe?????
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