3.31.2006

Concerto 'a 6a

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E parece que desta é que é!

Se bem se lembram
, já no ano passado tinha tentado ver a Cesária Evora ao vivo, em Nova Iorque, mas o concerto acabou por ser cancelado. Desta vez, e para não permitir qualquer mau agoiro, mantive-me muito caladinha e nem disse nada, não fosse a celebração antecipada estragar o evento. Mas, “so far so good”, e esta noite lá irei eu ver a grande Diva da música Cabo Verdeana (a menos que o metro tenha um furo, hehehe).
Estou ansiosa, dado que há anos que espero por este concerto mas as circunstâncias nunca me permitiram assistir a um. Está visto que a espera compensou pois, para minha grande surpresa e mais que agrado, a primeira parte vais ser feita pelo Seu Jorge, artista Brasileiro para o qual compraria bilhetes para um espectáculo só seu (bem melhor que a “choronita” da Karen Anne, predestinada a preencher o início do show do ano passado).
Vai ser, concerteza, um 2 em 1 espectacular!

3.30.2006

A Miúda das Jardineiras

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Porque o tempo continua lindo e fantástico e as temperaturas rondam, preparem-se, os agradáveis 14ºC (já dá para perceber o quão frio é o Inverno), as pessoas apressam-se a libertar-se do fardo que são os casacos e cachecóis, para darem lugar ‘as sandálias e ‘as mangas curtas.

Hoje de manhã, enquanto especada diante do armário aberto sem saber o que vestir que combinasse com o início do ar Primaveril (sabem como é, ter o armário cheio e sentir que não se tem nada de jeito para vestir), eis que me decidi pelas jardineiras. “Tão velhotas mas sempre tão prácticas” pensei e, ao mesmo tempo, veio-me ‘a ideia o que um amigo me disse há uns tempos, quando cá veio jantar: “Ainda me lembro da menina Inês nos primeiros dias de Faculdade, com as suas Jardineiras e a mandar vir com os veteranos a dizer que não ia ser praxada e não. E não foi mesmo!”

Sorri com ternura.

Algumas coisas não mudam, mesmo volvidos quase 10 anos sobre este episódio. Amizades que se mantêm e manterão, eu, teimosa e resmungona sempre pronta a disparatar quando as coisas não me cheiram, as mesmas Jardineiras e, curiosamente, o mesmo sentimento de outrora.

A menina.

Continuo a sentir-me uma miúda, longe da “Senhora” que, invariavelmente, julguei que os 20 e tal anos significavam (quase 30, quase 30….). Sempre julguei que chegada a esta idade me sentisse mais adulta, “mais grande” mas, rodeiam-me os mesmos medos, receios, inseguranças, sonhos e o conforto que é saber que tenho os pais, amigos e família para o que fôr preciso, para me protegerem e ajudarem. Dizem-me sempre que não, que é só impressão: “Olha só para a tua trajectória? Es pessoas destemida, responsável e aventureira. Mais que independente. Es muito Mulher e Senhora”. E dentro de mim o mesmo pensamento de sempre: ”Eu acho é que ando a brincar aos adultos!”

Algumas coisas realmente nunca mudam…

Felizmente o tempo não obedece a estas minhas constatações :)

3.29.2006

Beleza para Todos



Estou contagiada pelos primeiros sinais de Primavera.
O Sol, o céu azul, a temperatura amena, os pássaros, as pessoas todas com um ar mais feliz e sorridente.
Apeteceu-me dar-vos flores! :)
Aliás, flores, música e poesia! Beleza e mais Beleza!

Boa Primavera!

"perde-se muito tempo
a perguntar quem somos...

quando o que somos
se limita a acontecer"

(Filme tirado daqui)

3.28.2006

Não podia estar melhor!

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A todos MUITO OBRIGADA!!!

Tive um dia de anos repleto de carinho e lembranças de amigos e familiares, que me encheram de alegria. Se há pessoas que não gostam de celebrar o aniversário, eu sou exactamente o oposto, pois neste dia toda a doçura com que telefonemas, emails, abraços, beijos e sorrisos festejam a nossa existência fazem-me sentir especial e querida. Por sua vez, esta percepção torna também tudo e todos ‘a minha volta ainda mais especiais e queridos. E o meu Mundo ilumina-se e é mais bonito e mais colorido.

A todos MUITO OBRIGADA!!!!

Faço questão de enunciar todos aqueles que me aqueceram a Alma neste dia: agradeço ‘a Madalê, ao Fadalê, ‘a minha Crespita e seu marido Eurico; ‘A Tai-Tai, Duarte, Mané, Sara, Kiki, Zé Manel (pai e filho), Mimi, Ivone, Susana, Zezinha, Nanda, João (pai e filha), Clotilde, Cristina e Marco, Toi, Manel, Odete e Neves; aos Melos Zé, Armandina, Rosarinho, João e Catarina e ao, quase Melo, Jorge.
Agradeço ‘a D.Lizete, Titio João, Teresa Martins, Rui, Cristina e Leonor, ao Patrick, ao Edu e ‘a Dani, Annette, Hartmut, Birgit, Vitor, Sara Brasa, Sara Ricardo, João Nascimento, Liliana, Andreia e Isabel, Daniel, Bernardo, Eduardo, Juliette, André, Cathy, Pedro Beltrão, Pedro Brandão, Casanova, Joana Santos, Diana, Joana Sá, Rita, Miguel, Zé, Inbal, Kika, Cristina, Pedro e rebentinha Inês. Mais agradeço ao Alfredo, Nuno Primo, Nelson, Tiago Relva, “Marie Juon” e Bruno, Ricardo Leite, Gonçalo Crisóstomo, Mariana, Hugo, Ricardo Borges, Marco e Je, Sílvia. Obrigada Alex, António, Sebastian, Holger, Julien, Joon, Wen-Yee, Peng, Margaret, David, Jan, Jason, Steve, Sophie, Albert, Tonny e Lysa. Obrigada Violante, Ana F., Raquel e, onde o virtual se mistura com a realidade, ‘aqueles que se expressaram no Casaco Amarelo, mesmo sem que eu os conheça pessoalmente: Fernando, 270 e Margarida (do Buteco do Edu).

Sorri com muitos emails, quase não tive mãos a medir com tantas janelas do MSN que se abriam em desejos de felicidades, adorei todos os presentes, saboreei com agrado o bolo que me ofereceram no lab e que partilhámos enquanto, em conjunto ou a cappela, se cantavam os “Parabéns”. Guardei cada abraço, cada beijo, cada palavra amiga, mesmo ali ao pé de mim ou trazida imensas vezes de milhares de km de distância. Terminei o dia rodeada de amigos que se reuniram ‘a volta da mesa para celebrar comigo este dia, que cantaram (com direito a versão em Hebreu), bateram palmas e que, com aquele brilhozinho nos olhos, me fizeram brilhar a mim de tanta felicidade. Até mesmo a dorzinha com que o dente do siso me surpreendeu foi bem recebida: mais um anito, mais juizito. A manhã acordou linda. O Sol brilhou sempre, anunciando o primeiro dia de Primavera, dada a temperatura amena, a brisa morna, as mangas curtas e algumas sandálias, o almoço sentados na relva, mais uma vez rodeada de bem querer.
No momento em que escrevo estas linhas sinto-me e estou muito Feliz.

Mais uma vez, a todos MUITO OBRIGADA!!!

Todos se manifestaram de maneira especial mas, não quero deixar de referenciar três que achei muito originais:

- a primeira veio do Edu e da Dani, que já me vêm habituando a um carinho constante. Assim, e como diria o Edu, do alto do banquinho imaginário, celebraram o meu dia publicamente, no Buteco do Edu, com direito a túlipas amarelas e tudo!

- a segunda, de uma amiga que me contagia sempre com a sua boa disposição:

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- a terceira, em forma de email, de um Amigo:

“Para começar desejo-te um feliz aniversário, e claro que não irei perder o tempo a dizer o que todas as pessoas dizem... mas te direi que este dia ficou marcado na minha vida... pelo teu aniversário sim, mas pelo teu carisma, pela tua genuidade, pela tua genialidade, pelo teu brilho, pelo impacto que causas... pelo teu sorriso... “

Se eu sou isto tudo, é porque Vos tenho.
Assim, mais uma vez, MUITO OBRIGADA!!!

3.27.2006

E porque é que hoje estou diferente?

Porque faço anos! :)

Eis-me com alguns meses de idade, pouco depois da caminhada ter sido iniciada:

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Nasci há 28 anos no seio de uma Família com F maiúsculo.
Família na verdadeira acepção da palavra: coesa, sólida, una. E se a Família é importante, imprescindíveis são os seus Pilares, de Amor, Ternura, Compreensão e Carinho com que sempre fui rodeada. Aqueles braços que sempre me seguram e amparam, os olhares vigilantes e sempre presentes.
Mas para quê descrever... nada como olhar para as fotos. Está tudo lá!
Aos meus Pais, muito obrigada por estes 28 anos de pura Felicidade.
Parabéns também!

Há 28 anos atrás...

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Quando vim para os EUA, há pouco mais de 2 anos, no primeiro aniversário que festejei, a minha Tai-Tai (tia predilecta e a quem desde cedo baptizei com este nome embora nada tenha a ver com Nídia... mas ainda dura até hoje) enviou-me este texto, que achei pura e simplesmente uma delícia.
Como é o meu dia, há que aproveitar para me gabar 'a vontade e partilhar isso convosco:

"Hoje vou contar uma história:


Um dia, uma grávida muito grávida foi ao médico! Depois dos exames de rotina perguntou:

- Então, Sr. Doutor?

- Está tudo bem, mas o parto ainda não é para já.

- Não? Mas eu estou com tanta vontade de conhecer o meu bebé!

- Pois é, mas ainda não está para já. Volte daqui a uma semana...

Uma semana passou. A grávida lá voltou!

- Então Sr. Doutor?

- Está tudo bem, mas ainda não há sinais de parto eminente. Como jé fez mais de 40 semanas de gestação, se o bebé não nascer até à próxima segunda-feira de Páscoa, vamos provocar o parto.

E a grávida veio embora para casa...

Entretanto o bebé, lá no seu ninho quente e fofo, tinha ouvido tudo e pôs-se a pensar:

- Com que então, querem-me expulsar do meu cantinho! E eu que estava aqui tão bem! Mas se pensam que me vão tirar daqui à força estão muito enganados! Hei-de sair daqui pelos meus próprios meios, mas só para chatear só saio mesmo no prazo limite.

E assim fez! Na famosa segunda-feira de páscoa, lá anunciou ele a sua chegada! O parto foi normal e sem problemas, ou não fosse a Mãe uma verdadeira atleta! O Pai também foi um herói! Enfrentou o parto com uma bruta enxaqueca e uma paragem de digestão...Só vacilou um pouquinho ao fim, mas isso agora não interessa nada.
E lá apareceu o tão ansiado bebé! Uma linda menina, com mais de 0,5 m, com uma cara sem rugas e linda de morrer. Veio com as garras afiadas e a fazer co-có, (que é como quem diz a cagar-se) para aqueles abelhudos de bata branca que a obrigaram a sair do seu ninho.
Para os pais uma felicidade sem fim!! A família toda rejubilou! Do lado do Pai: primeira neta e primeira sobrinha. Avós e tios babadíssimos!
Ainda é jovem, mas já com um percurso de fazer inveja a muita gente! Com a sua inteligência, determinação e força de vontade conseguiu sempre tudo aquilo a que se propôs, deixando todos os que a amam felizes e orgulhosos!
Hoje podem encontrá-la em Nova Iorque. De casaco amarelo, um corte de cabelo à maneira e um sorriso que põe os "camones" todos com a cabeça a andar à roda...
Já todos adivinharam o nome da heroína da minha história! E' a Inês, uma "Estrela" Portuguesa concerteza... "

3.26.2006

'As cegas

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Juntei-me a amigos reais e virtuais, e agora também escrevo aqui!
Passem por lá! Embora não seja muito intuitivo, os comentários são aquele número grandão a seguir ao título do post. Feel free to drop your suggestions :)

3.25.2006

Doideiras que só nós percebemos!

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Mais vale tarde do que nunca.
Há uns tempos atrás, o meu amigo Zé lançou o repto. Decidi-me agora a responder:
"Ah, é verdade, é isso mesmo que vou fazer. E' Sábado, estou no lab, tenho agora que ocupar este tempo morto... deixa cá ver". E lá pus mãos 'a obra para enunciar quais as 5 principais manias/hábitos estranhos que tenho. O engraçado é que nunca pensei que fosse tão difícil... e pensa a gente que se conhece minimamente!
Bem, dando muitas voltas 'a cabeça, eis o que me ocorreu:

- sempre que escuto música tendo a escutar por forma a dissecá-la e definir a linha melódica de cada instrumento. Se tento acompanhar a melodia cantarolando, faço-o na maioria das vezes na 2a voz (coisas que me ficaram das aulas de Formação Musical, no conservatório, onde escutávamos uma peça e, 'a nossa frente, tínhamos a partitura onde falatvam porções das linhas melódicas de diferentes intrumentos, que tínhamos que preencher)

- tenho a mania de atribuir cores aos cheiros. Aqueles de que mais gosto são os cheiros verdes ou azuis e detesto os cheiros côr-de-rosa, vermelhos e castanhos (não me perguntem bem como o faço mas o que é certo é que faço)

- quando estou distráida ou concentrada costumo entreter-me com o lobo da orelha entre os dedos ou a passar o dedo entre o espaço que separa as minhas sobrancelhas São os locais onde a textura mais se assemelha a camurça

- tenho a mania dos números e de contar. Sei as matrículas dos carros que temos ou tivemos (nesta puxei ao pai), lembro-me dos números de telefone mais inúteis e entretenho-me, no meu dia a dia, a contar quantos degraus tem aquela escada, quantos vidros tem a janela, quantos pássaros estão no fio... inutilidades! Outra panca do género, é lembrar-me sempre da primeira letra das coisas que não consigo lembrar-me na altura. Digo semrpe algo como: "Sei que começa por um "A"... pah, nao me lembro!"

- sempre que chego a Portugal a primeiríssima coisa que faço (ou tento logo fazer) é ir ver o Mar.

Sei que agora deveria passar o tarefa a alguém mas, pelo que tenho visto, devo ser das últimas a responder a este questionário. Alguns voluntários?

Alma

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Ontem, pela primeira vez, enquanto falava de um filme que vi, apercebi-me que me expressava da forma mais desapropriada. Dizia eu que no filme "chorei quem nem uma desalmada".
Mas será que isto faz algum sentido?
Reflectindo um pouco sobre a expressão cheguei 'a conclusão que sem Alma nem este filme nem nenhum outro me poderiam ter afectado, muito menos fazer-me chorar.
Só tendo Alma se pode ficar emocionado com a beleza de um pôr do sol ou de uma tempestade. Só com Alma nos podem tocar o cheiro a mar, cheiro a casa, dos pais, dos avós, aquela música, os abraço, os sorrisos, as alegrias e tristezas dos que nos reodeiam. Só com Alma se pode ficar com um nó na garganta e com as lágrimas a bailar-nos nos olhos nas despedidas e nos reencontros. Como ficar emocionado quando recordamos o passado, percorrendo fotos que registam partes dos nossos trajectos, sem Alma?
Assim, de agora em diante, passarei a dizer que "chorei que nem uma Almada! Com a minha Alma toda" :)

3.23.2006

Está decidido!

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Ainda me falta fazer o relato da viagem que fiz a semana passada a São Francisco mas, fica desde já o cheirinho daquela que será a grande viagem deste ano.

Eu e a Dianeca (de quem se devem recordar deste post) decidímos (yupiii! consegui convencê-la) ir, em Novembro, passear as nossas mochilas para o Uruguai e para a Argentina, quicá, com uma pssagem pelo Brasil, esta última ainda a decidir.

Com inspirações e filosofias como as dela antecipo desde já uns dias bem divertidos e repletos de discussões profundas. Tenho a certeza que vai ser o máximo! Embora sejamos amigas já desde os tempos da faculdade, miraculosamente, só este ano viemos a descobrir que somos tipo "almas gémeas" do tanto que partilhamos em termos de atitudes e opiniões, gosto, tricas e licas.

Bastaram apenas uns dias, quando cá esteve em Boston de visita, para nos apercebermos disso. Aposto que várias semanas em viagem com ela servirão, não só para fazer descobertas geográficas como muitas outras, daquelas que nos espantam, de tamanha coincidência.

Perspectivas

"MANCHETE- NOTICIA DE ULTIMA HORA

Inês, a Gigante, avistada em Ocean Beach, Sao francisco, Califórnia, a remover uma montanha. Porque o Amor move montanhas, suspeita-se que a Gigante possa estar apaixonada. Pensa-se que o alvo do seu coração seja o Abominável Homem das Neves, que tem andado a Abominar para os lados de Boston, onde frio e neve se têm feito sentir.
E' a Primavera a dar cartas!"

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3.21.2006

Primavera

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Celebro com Alegria o seu início!

3.15.2006

Califórnia

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Após apresentar lab meeting por mais de 2 horas, dou por terminada esta semana de trabalho.
O Casaco Amarelo vai passar uns dias em São Francisco (ou antes, a dona, porque lá está bem mais quentinho do que aqui).
Inté.

Fish Lounge

Há dias tive que ir até 'a Fish Facility, local onde estão as centenas de tanques e os milhares de peixes que usamos para as nossas experiências, já perto da meia noite. Sei que existe um ciclo de luz/escuridão para que os peixes tenham noite e dia e, portanto, um ciclo circadiano normal. Receava então que já fosse encontrar tudo 'as escuras mas, o que se me deparou, foi uma suspresa. E deslumbrou-me!

Em vez de as luzes brancas diminuirem gradualmente até se apagarem, como sucedia em NY, aqui as luzes brancas são lentamente substituídas por luzes rosa que, em função de um rióstato, perdem luminusidade para, então, darem lugar 'a escuridão.

E o cenário é, pura e simplemente, lindo, quase que surreal, meio espacial. Estar envolta pelas luzes rosa e escutar a água escorrer dos muitos tanques é tranquilizante. Quase que me apeteceu refastelar-me num puff, pedir uma bebida e, ao som de um qualquer chill out, ficar ali a apreciar o cenário. Volta e meia regresso lá só porque sim, porque gosto.

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Ele há peixes com um nível de vida extraordinário: são alimentados 3 vezes por dia, a única obrigação que têm é darem azo 'a paixão e "pinarem" quantas vezes quiserem (oh, que chatice), a água é constantemente reciclada e 'a noite ainda têm direito a um lounge privado.

3.14.2006

Ski Retreat

Uma casa, 14 pessoas, 3 dias!
Big Brother do Schier lab :)

O nosso chefe decidiu alugar uma "casita" no meio da floresta, numa região priveligiada para a práctica do ski e, alternando sessões científicas com lazer, passámos, quase todos os membros do lab, 3 agradáveis dias no Maine.

Iniciámos a viagem na 5a feira e, 'a medida que nos delocávamos para norte, a neve assolou a viagem, proporcionando não só paisagens de Inverno lindas como também precalços cómicos (uma vez que tudo estava controlado). Já em plena trilha campestre, onde só podíamos adivinhar o caminho escondido pelo espesso tapete de neve, várias vezes demos pelo carro já a antecipar os dias de ski, esquiando ele mesmo quando menos esperávamos. Ao que parece (porque eu ia num jeep diferente) o meu chefe tentou fazer uma volta de 180 graus e, em menos de nada, vai de sacar um pião, rodar 360 graus, ficar no mesmo sítio e deixar toda a gente de respiração suspensa :P

Quando finalmente conseguimos encontrar a casa, ficámos "mmmmmmmarabilhados". Era enorme, nova, lindíssima, chiquérrima... o máximo.
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Claro que o quarto do boss era o melhor:
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Mas não nos podíamos quaixar dos nossos. Eram bem quentinhos e aconchegantes:
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Os donos, que nunca conhecemos pessoalmente, foram super simpáticos e receberam-nos com um bilhete de boas vindas que acompanhava uma garrafa de tintol (de quem, escusado será dizer, o pessoal tratou logo da saúde) e ainda amestraram um urso para ficar em permanente serviço de recepção:
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O desgraçado do urso estava estrategicamente colocado num sítio onde, volta e meia, lá levava um chuto e ia de pantanas mas, manteve-se fiel ao seu posto e, passados os três dias, ainda lá estava de pedra e cal (neste caso, de madeira, para ser mais precisa) com o seu cartazito.

Nos dias que se seguiram, algumas horas foram destinadas a esquiar em Sunday River.
Oh p'ra mim e p'ró meu amigão e colega António todos felizes:
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(e o Casaco Amarelo, como não podia deixar de ser)

No lodge, a confusão de skis e pranchas de snowboard:
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E lá nos começámos a apetrechar:
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Os meus bastões e skis (ah, e notem o pormenor de que até os pauzitos são amarelos, para combinar!):
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No topo da montanha, a vista era linda e o sol brilhava. Após uma subida em vários elevadores que nos permitiam aos poucos ir descobrindo a paisagem, o pessoal reunia-se e começava a preparar-se, para a descida:

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'A medida que iámos descendo e deixávamos o topo da montanhas, aproximava-se uma zona de nevoeiro:
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Ao atravessá-la, senti-me qual D.Sebastião, mas este num cavalo não tão perdido, mas bem mais descontrolado. Está claro, mandei um belo tombo numa das curvas (um entre muitos). Já que estava no chão e estava, vai de tirar fotos do que já tinha percorrido e do que ainda me esperava:
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Tendo em conta que, somando tudo, estes foram o nono e décimo dias na minha vida que esquiei, a coisa nem correu nada mal. Comecei logo nas pistas intermédias e, em menos de nada, já descia a montanha a dar-a-dar para a esquerda e para a direita, com os skis paralelos, joelhos quase juntos, a fazer crsh-crsh cada vez que mudava de direcção, a usar o bastaozito para fazer breves apoios e atirando neve para todos os lados. "Muita louco", sem dúvida, mas, quando o cansaço começou a bater nas pernas, a coisa começou a piar de maneira diferente. Já não tinha força para fazer de amortecedor, já não tinha estaleca para travar, já não tinha genica para virar e aí começou o forrobodó. Numa das vezes até me saltou um ski e o pessoal que seguia no elevador, por cima de mim, acompanhou o meu trambulhão com um valente "ouch". Pois, a mim também me doeu, mas nada que abalasse o espírito da coisa e andei toda feliz para cima e para baixo.

As temperaturas estavam anormalmente elevadas. Assim, a juntar ao calor do esforço, andávamos todos esbaforidos. Quando subíamos nos elevadores, naquelas cadeirinhas onde vamos com os skis ao penduro, pelo meio das árvores até ao topo da montanha, o silêncio, que normalmente só é interrompido pelo correr dos cabos ou por uma breve conversa com o nosso vizinho de cadeira, misturava-se com um som idêntico ao da chuva. Era a neve que derretia dos ramos e batia por entre a folhagem.

Ainda a propósito de elevadores, é frequente perguntarem-nos quando estamos prestes a subir se nos importamos de levar connosco na cadeira uma criança. Falo obviamente daqueles putos com 4 anos no máximo, que de certeza que nasceram de cesariana por já virem incorporados com skis nos pés. Destemidos e sem medo, quais pipocas electrónicas, fazem inveja a qualquer um ao passarem a velocidades vertiginosas, enquanto descem a montanha. Porque são tão bons, os pais deixam-nos ir sozinhos enquanto bebem o seu grogue e lá vão eles, acompanhados por quem não se importar de os levar no elevador.
Aqui seguem alguns elementos do meu lab com um desses fenómenos:Image Hosted by ImageShack.us

Tenho que concordar que os putos são mesmo loucos e que os skis deles, "muita pacaninos" são muito engraçados. Já que estava com a camera na mão, decidi tirar uma foto a mim e ao meu colega enquanto íamos no ar... só que me esqueci de retirar o zoom. Ooops :)
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Depois de tantas energias gastas na montanhas, as recompensas merecidas.
Um chocolate quente:
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Uma sessão de convívio e relaxe no jacuzzi, seguido de sauna (abstive-me de pôr fotos desta última parte ;)):
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E depois, encher a barriga com muita e boa comida. Toda a gente participou e contribuiu para os lautos manjares:
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Neste dias tivémos coq-au-vin num jantar, pasta 'a la Anto noutro, esta seguida de mousse de chocolate com morangos. Obviamente que eu fiquei incubida do quê? Mousse de chocolate, acertaram. Fui apetrechada da minha super-batedeira para que, em 3 tempos, fizesse a dose necessária para 14 marmanjos. Já de ingredientes todos preparados, gemas e claras separadas e açucar adicionado, eis que me apercebo que me esqueci das baquetas. Tarefa difícil bater aquilo tudo 'a mão mas, que remédio. Lá meti mãos 'a obras e até calhou bem. Assim, fiquei com dores nos braços e nas pernas, o que indica que vou ficar com musculatura proporcional em todos os membros e não só com umas pernas tipo Hulke, hehehe (ok, já devem ter percebido que me está a dar um ataquinho de parvoíce). A mousse estava, modéstia 'a parte, deliciosamente fofa e com a consistência no ponto. Toda a gente gostou. Eu teria tirado uma foto mas, estava tão cansadita mas tão cansadita que pensei, fica para a próxima.

Ao que parece o evento foi um sucesso tanto a nível científico como social e iremos repetir a dose para o ano.

E "prontos"! Eis o relato prometido.
Uff, estou cansada de tanto escrever e editar fotos. Acho que vou ter que ir correr um pouquinho, para equilibrar os músculos de novo ;) (novo ataque de parvoíce)