O concerto de ontem não podia ter sido mais energizante!
Se no início a coisa parecia querer dar para o torto, uma vez que não havia maneira de pôr os teclados a bombar e ficámos confinados a uma versão totalmente acústica, não passou mesmo de uma ameaça pois foi um espectáculo!
O pessoal que estava a assistir era um verdadeiro mono e não havia maneira de se mexerem. Em contrapartida, o grupinho onde estavam os Tugas fazia a festa e apanhava as canas e acabou por cair nas graças das cantoras que lá se divertiam connosco, riam e até nos deram (a mim e ‘a Xana) o microfone para cantarmos o refrão da música “Too drunk to F**k” (e eu que nem bebo!), que pôs o pessoal (frise-se, os Tugas e Ca.) em completo alvoroço.
‘A pala de tanta energia ainda nos livrámos de um banho de cerveja com que a cantora presenteou a plateia amorfa, ao fim de tantas tentativas para os estimular. Como quem não quer a coisa, começou a dizer que precisava de umas cervejas. Os mongos do bar não se tocaram e ela, sem meias medidas, vai de saltar para o meio do público e ir buscar pessoalmente as cervejas, enquanto a outra cantora (uma total personagem: um misto de Woodstock de collants rosa shock com o ar desgrenhado da Janis Jopplin) continuava com a música. De regresso ao palco, atingia-se o climax da loucura e parvoice total, tanto por parte da banda como do nosso grupinho, onde andávamos aos saltos, como quem curte o Ska dos Primitive Reason, perdidos num riso eufórico e imitando os Cossacos russos (uma mistelada total).
Assim, de repente, a cantora entra em completo desatino e vai de começar aos pulos e aos saltos abanando ao mesmo tempo as cervejas para cima da plateia que, agora sim, se mexia. Nós saímos ilesos pois estávamos a cumprir mais que bem o nosso papel. O mais hilariante foi ver a forma angelical como a Camille, francesa típica, de olhar angelical e tímido, dizia com ar gozão, por baixo da sua peruca fluorescente e com os olhos azuis muito abertos: “Pardon! Pardon! Merci!”… e ria-se como uma santinha (se houvessem legendas para o pensamento dela, de certeza que seria algo como: tomem lá que é para aprenderem”.
A sua inocência era assim dentro desta onda:
O máximo!!
Seguiram-se muitos momentos espectaculares desde uma versão Blues de uma outra versão até vários rebolanços pelo chão, passando por uma música Gótica e outra que imitava uma abelha (acreditem, que é bem mais hilariante assistir do que estar para aqui a ler a descrição), mas este foi, sem dúvida, digno de registo.
Foi uma noite bem passada, com boa música, companhia divertidíssima e muita energia gasta.
Deu para sorrir...
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